CÂMBIO-Apetite por risco lá fora faz dólar cair pelo 2o dia
SÃO PAULO, 18 de janeiro (Reuters) - O dólar operava em baixa nesta terça-feira, ampliando o movimento da véspera, enquanto os investidores acompanhavam o maior apetite por risco nos mercados internacionais. Às 10h40, o dólar era vendido a 1,672 real, em queda de 0,65 por cento. Frente a uma cesta de moedas, o dólar cedia […]
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 09h40.
SÃO PAULO, 18 de janeiro (Reuters) - O dólar operava em
baixa nesta terça-feira, ampliando o movimento da véspera,
enquanto os investidores acompanhavam o maior apetite por risco
nos mercados internacionais.
Às 10h40, o dólar era vendido a 1,672 real, em queda
de 0,65 por cento. Frente a uma cesta de moedas, o dólar
cedia 0,57 por cento, enquanto o euro ganhava 0,69 por
cento, a 1,3389 dólar.
A moeda única europeia recebia suporte de compras de fundos
soberanos e do dado que mostrou forte melhora no sentimento
econômico na Alemanha [ID:nN18112296], o que acabou colocando
as preocupações com a crise de dívida na zona do euro em
segundo plano.
Por aqui, a desvalorização do dólar encontra limite na
cautela dos investidores frente às atuações do Banco Central.
"Não deve cair muito além do que já está. Por um lado, o
cenário internacional com o euro lá fora se valorizando é
favorável para que o real também se valorize, mas por outro
lado essa expectativa de medidas (de intervenção) deve conter
uma apreciação mais forte", explicou Miriam Tavares, diretora
de câmbio da AGK Corretora.
Segundo ela, o receio do mercado não é apenas quanto a
novas medidas a serem tomadas, mas também de que o governo
fique mais agressivo nas medidas em vigor, como as compras em
dólares no mercado à vista e a intervenção no mercado futuro,
via swap cambial reverso. Ela acredita que o dólar deve oscilar
entre 1,67 e 1,68 real por algum tempo.
Na véspera, havia uma expectativa de que o BC pudesse
anunciar mais um leilão de swap para esta sessão, depois de ter
retomado essas operações na semana passada, o que não se
confirmou.
Ainda no tema swap cambial, o BC publicou uma resolução na
segunda-feira em que isenta de contratação simultânea de câmbio
determinadas migrações de valores feitas por investidores
não-residentes, incluindo contratos de swap. [ID:nN18106473]
A diretora da AGK esclareceu que essa resolução não tem
impacto no mercado em termos de cotação. "O BC apenas está
desamarrando, desburocratizando as operações", esclareceu.
Depois do feriado nos EUA na véspera, os mercados voltam a
contar com a referência dos ativos norte-americanos. Na agenda
do dia por lá, destaque para o índice de atividade Empire State
e os dados de fluxo de capital.
(Por Nathália Ferreira; Edição de Vanessa Stelzer)
SÃO PAULO, 18 de janeiro (Reuters) - O dólar operava em
baixa nesta terça-feira, ampliando o movimento da véspera,
enquanto os investidores acompanhavam o maior apetite por risco
nos mercados internacionais.
Às 10h40, o dólar era vendido a 1,672 real, em queda
de 0,65 por cento. Frente a uma cesta de moedas, o dólar
cedia 0,57 por cento, enquanto o euro ganhava 0,69 por
cento, a 1,3389 dólar.
A moeda única europeia recebia suporte de compras de fundos
soberanos e do dado que mostrou forte melhora no sentimento
econômico na Alemanha [ID:nN18112296], o que acabou colocando
as preocupações com a crise de dívida na zona do euro em
segundo plano.
Por aqui, a desvalorização do dólar encontra limite na
cautela dos investidores frente às atuações do Banco Central.
"Não deve cair muito além do que já está. Por um lado, o
cenário internacional com o euro lá fora se valorizando é
favorável para que o real também se valorize, mas por outro
lado essa expectativa de medidas (de intervenção) deve conter
uma apreciação mais forte", explicou Miriam Tavares, diretora
de câmbio da AGK Corretora.
Segundo ela, o receio do mercado não é apenas quanto a
novas medidas a serem tomadas, mas também de que o governo
fique mais agressivo nas medidas em vigor, como as compras em
dólares no mercado à vista e a intervenção no mercado futuro,
via swap cambial reverso. Ela acredita que o dólar deve oscilar
entre 1,67 e 1,68 real por algum tempo.
Na véspera, havia uma expectativa de que o BC pudesse
anunciar mais um leilão de swap para esta sessão, depois de ter
retomado essas operações na semana passada, o que não se
confirmou.
Ainda no tema swap cambial, o BC publicou uma resolução na
segunda-feira em que isenta de contratação simultânea de câmbio
determinadas migrações de valores feitas por investidores
não-residentes, incluindo contratos de swap. [ID:nN18106473]
A diretora da AGK esclareceu que essa resolução não tem
impacto no mercado em termos de cotação. "O BC apenas está
desamarrando, desburocratizando as operações", esclareceu.
Depois do feriado nos EUA na véspera, os mercados voltam a
contar com a referência dos ativos norte-americanos. Na agenda
do dia por lá, destaque para o índice de atividade Empire State
e os dados de fluxo de capital.
(Por Nathália Ferreira; Edição de Vanessa Stelzer)