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Calendário do investidor: cinco assuntos quentes para o Brasil na próxima semana

Mercado precifica redução de 0,50 ponto percentual da Selic na próxima quarta-feira. Antes do Brasil, Chile deve fazer corte agressivo

Petrobras: estatal divulga resultado no dia 3 (SOPA Images/Getty Images)
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 29 de julho de 2023 às 07h12.

Última atualização em 29 de julho de 2023 às 13h29.

Mercado precifica redução de 0,50 ponto percentual da Selic na próxima quarta-feira. Antes do Brasil, Chile deve fazer corte agressivo. Semana tem ainda payroll nos EUA, decisão do BOE, PMIs na China e balanço e dividendos da Petrobras. Veja destaques:

Copom inicia corte da Selic

O Copom deve iniciar o ciclo de cortes de juros monetário na quarta-feira. O mercado precifica majoritariamente uma redução de 0,50 ponto percentual, para 13,25%, com o alívio da inflação combinado à melhora do sentimento após o sinal de parada do Fed e melhora do rating do Brasil pela Fitch. Já os economistas estão divididos entre 0,25pp e 0,50pp, em pesquisa da Bloomberg. “Um corte de 0,50pp pode levar a taxa de juros real ex-ante para 8,7% - perto do dobro da taxa neutra que o BC assume em suas projeções e ainda profundamente em território contracionista”, diz Adriana Dupita, da Bloomberg Economics. Agenda semanal ainda traz Focus pré-Copom, produção industrial e balança. De 31 de julho a 10 agosto ocorre o hiato de dealers no Tesouro.

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Chile decide juros

O BC do Chile deve cortar sua taxa nesta sexta-feira, tomando a frente no processo de alívio monetário da América Latina. Dezessete de 26 economistas consultados pela Bloomberg esperam corte de 0,75pp, para 10,5%, e os demais estimam redução de 0,50pp ou 1pp. O Chile deve se juntar ao Uruguai na flexibilização de sua política diante da atividade econômica estagnada, desaceleração da inflação e expectativas inflacionárias perto da meta de 3%. O BC da Colômbia deve manter sua taxa na segunda-feira.

Payroll nos EUA, PMIs na China e BOE

O payroll de julho, na próxima sexta-feira, deve mostrar desaceleração, em um desenvolvimento bem-vindo para o Fed, segundo a Bloomberg Economics. Estimativa mediana para o dado é criação de 200.000 vagas, ante 209.000 em junho. As expectativas sobre os juros americanos, no entanto, ainda dependem de outros dados, incluindo os indicadores de emprego JOLTS e ADP. Na China, onde as especulações sobre estímulo não têm sustentado os preços do minério de ferro, serão divulgados PMIs industrial e de serviços, com expectativas de desaceleração. Na quinta-feira, o Banco da Inglaterra deve elevar sua taxa em 0,25pp, para 5,25%.

Balanços da Petrobras e Bradesco

A safra de balanços do 2º trimestre ganha volume nos próximos dias. A Petrobras divulga resultado no dia 3. As ações da estatal caíram mais de 5% ontem, na véspera da reunião do conselho que pode discutir uma nova política de dividendos e de uma possível recompra de ações da companhia, segundo o Valor, que não revela como obteve a informação. Bradesco, Ambev, Tim e CSN também divulgam seus números. A Copel definiu o volume de ações e o calendário da oferta com que pretende pulverizar seu capital.

Congresso de volta

O Congresso volta do recesso informal na próxima terça-feira, com a agenda econômica do governo como prioridade. A reforma tributária e o projeto do Carf aguardam votação no Senado. Já a proposta do arcabouço fiscal foi alterada pelos senadores e precisa ser novamente analisada pela Câmara, o que deve ocorrer no próximo mês, segundo o site da casa. A agenda ainda deve incluir o Orçamento de 2024 e as propostas para aumentar a arrecadação que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu para agosto. Presidente do BC, Roberto Campos Neto, foi convidado a falar sobre juros no Senado. Data ainda não está confirmada, mas espera-se que seja depois do Copom.

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