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Calendário do investidor: cinco assuntos quentes para o Brasil na próxima semana

O mercado buscará afinar as expectativas sobre a Selic na ata do Copom, na terça-feira

Ata do Copom é destaque na agenda do investidor da próxima semana (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Ata do Copom é destaque na agenda do investidor da próxima semana (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

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Agência de notícias

Publicado em 17 de dezembro de 2023 às 14h10.

Ata do Copom e entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, após relatório de inflação, balizam apostas do mercado nos juros. Governo avança com agenda no Congresso e, nos EUA, o deflator PCE testa visão dovish sobre o Fed. Veja destaques:

Ata, RTI, Campos Neto e Guillen

O mercado buscará afinar as expectativas sobre a Selic na ata do Copom, na terça-feira. O comunicado da reunião desta semana manteve o guidance de cortes da mesma magnitude nas “próximas reuniões”. Ainda assim, a curva de juros projeta redução perto de 58 pontos em janeiro, o que sugere uma aposta, ainda marginal, em passo mais acelerado. “O Banco Central pode usar a ata para ajustar sua mensagem”, diz Adriana Dupita, da Bloomberg Economics. O mercado ainda monitora o relatório de inflação, que sai no dia 21, seguido por falas do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e do diretor Diogo Guillen.

Focus pós-Copom e IBC-Br

O BC divulga na segunda-feira a Focus, com projeções dos economistas para indicadores como inflação e Selic, na primeira pesquisa semanal após o Copom que cortou a Selic para 11,75%. A penúltima semana do ano ainda inclui a divulgação do IBC-Br, tido como uma proxy mensal do PIB, no dia 20. Últimos dados de atividade frustraram as expectativas.

Agenda do governo

O governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira, avançaram com votações nesta sexta-feira, depois da derrota do Executivo com o veto da desoneração da folha.A reforma tributária foi aprovada na última sexta-feira e seguirá para promulgação após 30 anos de discussões. A Câmara aprovou o texto-base da medida provisória que altera a tributação federal sobre subvenções de ICMS dada a grandes empresas — uma das principais apostas do ministro Fernando Haddad para zerar o déficit fiscal em 2024 — e limita os juros sobre capital próprio (JCP).

PCE testa Fed dovish

O calendário externo será relativamente mais fraco, após esta semana repleta de decisões de bancos centrais. Depois do aumento das apostas em alívio monetário em 2024, investidores avaliam no dia 22 o PCE de novembro, que deve ficar estável na comparação mensal e desacelerar de 3% para 2,8% em termos anuais. “Inflação está caindo rapidamente e permite a Powell discutir corte de juro”, diz a Bloomberg Economics. Dados americanos na semana incluem ainda consumo pessoal e PIB. Os próximos dias também reservam decisões sobre taxas de juros no Japão, Chile e Turquia.

Americanas e Sabesp

Os credores da Americanas se reúnem na terça-feira em primeira convocação para discutir o plano de recuperação da companhia. Na véspera, alguns detentores de debêntures já se encontram para avaliar as opções. Na mesma terça-feira, a Sabesp começa a ouvir potenciais coordenadores da oferta de ações, depois de lançar um pedido de proposta aos bancos do mercado, segundo o Valor.

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