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Caged fraco soma-se ao exterior e tira prêmios dos DIs

São Paulo - Em mais um dia de indefinição da crise externa, a notícia de menor criação de vagas formais de emprego indicada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada hoje pelo Ministério do Trabalho, contribuiu para dar sequência à devolução de prêmios na curva a termo de juros futuros. Diante disso, as […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2011 às 19h56.

São Paulo - Em mais um dia de indefinição da crise externa, a notícia de menor criação de vagas formais de emprego indicada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada hoje pelo Ministério do Trabalho, contribuiu para dar sequência à devolução de prêmios na curva a termo de juros futuros. Diante disso, as apostas em um ciclo maior de afrouxamento monetário permanecem nos preços, ainda que os investidores se embasem nas declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para manter a projeção de que os cortes da Selic seguirão o ritmo de 0,50 ponto porcentual por reunião. De qualquer forma, há quem jogue uma pequena parte de suas fichas na possibilidade de uma aceleração do ritmo no próximo encontro do Copom, em 29 e 30 de novembro.

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 (266.675 contratos) estava em 10,984%, de 11,00% na véspera. O DI janeiro de 2013, com giro de 159.430 contratos, apontava 9,93%, e o DI janeiro de 2014 (97.470 contratos) marcava 10,16%, ambos nivelados ao ajuste. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (32.510 contratos) caía a 10,72%, de 10,77% ontem, e o DI janeiro de 2021 (2.425 contratos) recuava a 10,82%, ante 10,86%.

Hoje, o Ministério do Trabalho informou que a criação líquida de postos de trabalho com carteira assinada foi de 126.143 em outubro. Trata-se do menor saldo para o mês desde 2008. Também no que diz respeito à atividade, segundo o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do quinto bimestre de 2011, divulgado pelo Ministério do Planejamento, a previsão do crescimento em 2011 caiu de 4,5% para 3,8%, ainda acima dos 3,16% projetados na Focus. Houve ainda nova projeção para o IPCA neste ano, que passou de 5,8% para 6,4%.

E por falar em inflação, os dois indicadores conhecidos hoje sugerem arrefecimento das pressões no atacado e avanço de preços no varejo. O IGP-10, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), desacelerou para 0,44% em novembro, ante 0,64% em outubro. O IPC da Fipe, que mede a inflação ao consumidor na cidade de São Paulo, acelerou para 0,59% na segunda quadrissemana de novembro, de 0,53% no levantamento semanal anterior.

Por mais que a atividade dê sinais de enfraquecimento, o mesmo não se pode dizer das receitas do governo. Segundo a Receita Federal, a arrecadação somou R$ 88,741 bilhões em outubro. O valor, que é recorde para o mês, superou em 9,05% o desempenho de outubro de 2010. Em relação a setembro deste ano, o crescimento real foi de 17,66%.

No exterior, os mercados seguem indicando desconfiança em relação a possíveis soluções para a crise de dívida na zona do euro. As taxas dos bônus italianos e espanhóis tiveram mais um dia de altas e, segundo notícia do jornal El País, o spread entre os bônus de 10 anos da Espanha e os similares alemães superou 500 pontos-base nesta manhã pela primeira vez desde 1997. O periódico lembra que Grécia, Irlanda e Portugal foram obrigados a solicitar resgate internacional após os spreads dos seus bônus ultrapassarem essa marca. Por isso, o BCE voltou à carga hoje e comprou bônus de Espanha e Itália.

São Paulo - Em mais um dia de indefinição da crise externa, a notícia de menor criação de vagas formais de emprego indicada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada hoje pelo Ministério do Trabalho, contribuiu para dar sequência à devolução de prêmios na curva a termo de juros futuros. Diante disso, as apostas em um ciclo maior de afrouxamento monetário permanecem nos preços, ainda que os investidores se embasem nas declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para manter a projeção de que os cortes da Selic seguirão o ritmo de 0,50 ponto porcentual por reunião. De qualquer forma, há quem jogue uma pequena parte de suas fichas na possibilidade de uma aceleração do ritmo no próximo encontro do Copom, em 29 e 30 de novembro.

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 (266.675 contratos) estava em 10,984%, de 11,00% na véspera. O DI janeiro de 2013, com giro de 159.430 contratos, apontava 9,93%, e o DI janeiro de 2014 (97.470 contratos) marcava 10,16%, ambos nivelados ao ajuste. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (32.510 contratos) caía a 10,72%, de 10,77% ontem, e o DI janeiro de 2021 (2.425 contratos) recuava a 10,82%, ante 10,86%.

Hoje, o Ministério do Trabalho informou que a criação líquida de postos de trabalho com carteira assinada foi de 126.143 em outubro. Trata-se do menor saldo para o mês desde 2008. Também no que diz respeito à atividade, segundo o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do quinto bimestre de 2011, divulgado pelo Ministério do Planejamento, a previsão do crescimento em 2011 caiu de 4,5% para 3,8%, ainda acima dos 3,16% projetados na Focus. Houve ainda nova projeção para o IPCA neste ano, que passou de 5,8% para 6,4%.

E por falar em inflação, os dois indicadores conhecidos hoje sugerem arrefecimento das pressões no atacado e avanço de preços no varejo. O IGP-10, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), desacelerou para 0,44% em novembro, ante 0,64% em outubro. O IPC da Fipe, que mede a inflação ao consumidor na cidade de São Paulo, acelerou para 0,59% na segunda quadrissemana de novembro, de 0,53% no levantamento semanal anterior.

Por mais que a atividade dê sinais de enfraquecimento, o mesmo não se pode dizer das receitas do governo. Segundo a Receita Federal, a arrecadação somou R$ 88,741 bilhões em outubro. O valor, que é recorde para o mês, superou em 9,05% o desempenho de outubro de 2010. Em relação a setembro deste ano, o crescimento real foi de 17,66%.

No exterior, os mercados seguem indicando desconfiança em relação a possíveis soluções para a crise de dívida na zona do euro. As taxas dos bônus italianos e espanhóis tiveram mais um dia de altas e, segundo notícia do jornal El País, o spread entre os bônus de 10 anos da Espanha e os similares alemães superou 500 pontos-base nesta manhã pela primeira vez desde 1997. O periódico lembra que Grécia, Irlanda e Portugal foram obrigados a solicitar resgate internacional após os spreads dos seus bônus ultrapassarem essa marca. Por isso, o BCE voltou à carga hoje e comprou bônus de Espanha e Itália.

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