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Briga pelo aço mineiro esquenta e Usiminas vive dia volátil na bolsa

Ações ordinárias atingiram a máxima de 7,3% após a oferta da Ternium, mas fecharam em queda

Fábrica da Usiminas: CSN e Gerdau estariam na briga para comprar a empresa (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano/Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 17h58.

São Paulo – As ações da Usiminas tiveram um dia bastante volátil na bolsa nesta quinta-feira. Os investidores reagiram à notícia de que a Ternium, que pertence ao grupo ítalo-argentino Techint, teria ofertado 40 reais por cada ação em mãos da Camargo Corrêa e Votorantim. Ambas possuem 26% dos papéis ordinários da Usiminas. A notícia é do blog Faria Lima, de EXAME.com.

A Ternium confirmou em um comunicado enviado nesta tarde que está em negociações com membros do bloco de controle da Usiminas. Segundo a nota, as negociações envolvem uma "potencial aquisição pela Ternium ou de suas subsidiárias de uma participação minoritária no grupo". A empresa disse que ainda não chegou a uma decisão final.

Na máxima do dia, os papéis ordinários (USIM3) da Usiminas subiam 7,3%, negociados a 24,95 reais, e os preferenciais de classe A (USIM5) 3,5%, a 12,41 reais. Ao longo do dia, no entanto, os papéis inverteram o sinal e começaram a avançar no campo negativo. As ações ordinárias terminaram em baixa de 2,9% e as preferenciais classe A caíram 0,58%.

Em um relatório publicado ontem, os analistas do banco Barclays mostraram “muito ceticismo” em relação à potencial compra de uma participação pela Ternium.

Para os analistas Leonardo Correa, Pedro Grimaldi e Luiz Fornari, o preço de 40 reais por ação é “muito caro” e os benefícios estratégicos são limitadas para as companhias se a compra for concluída. O Barclays manteve a recomendação “underweight” (alocação abaixo da média do mercado) para Usiminas e “overweight” (alocação acima da média) para Ternium. Acompanhe as cotações de USIM3 no pregão de hoje:


A oferta representa uma reviravolta na disputa pelo controle da siderúrgica. Até agora, a CSN ( CSNA3 ) era a mais cotada para entrar no bloco de controle. A empresa de Benjamin Steinbruch tem comprado ações da rival em circulação na Bovespa. Entre janeiro e setembro, a participação saltou de 5,03% das ordinárias e 4,99% das preferenciais para 11,29% e 15,15%, respectivamente.

Mas a ampliação para chegar ao bloco de controle esbarrava no acordo de acionistas. Por ele, qualquer oferta precisaria de um aval dos japoneses da Nippon Steel (também sócia com 27,8% das ações ordinárias). A empresa tem o direito de preferência e pode adquirir os papéis da Camargo e Votorantim pelo mesmo valor lançado pelo ofertante.

Além disso, a compra pela CSN poderia incomodar os órgãos de defesa da concorrência. A Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, já pediu explicações sobre o aumento da participação. As duas produzem aços planos, usados na fabricação de veículos.

Segundo o blog Faria Lima, um executivo que participa das negociações disse que os japoneses já avisaram que não exercerão seu direito de preferência caso o novo sócio seja a Ternium. A expectativa é de que o anúncio da transação pode ser feito até o fim deste mês.

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São Paulo – As ações da Usiminas tiveram um dia bastante volátil na bolsa nesta quinta-feira. Os investidores reagiram à notícia de que a Ternium, que pertence ao grupo ítalo-argentino Techint, teria ofertado 40 reais por cada ação em mãos da Camargo Corrêa e Votorantim. Ambas possuem 26% dos papéis ordinários da Usiminas. A notícia é do blog Faria Lima, de EXAME.com.

A Ternium confirmou em um comunicado enviado nesta tarde que está em negociações com membros do bloco de controle da Usiminas. Segundo a nota, as negociações envolvem uma "potencial aquisição pela Ternium ou de suas subsidiárias de uma participação minoritária no grupo". A empresa disse que ainda não chegou a uma decisão final.

Na máxima do dia, os papéis ordinários (USIM3) da Usiminas subiam 7,3%, negociados a 24,95 reais, e os preferenciais de classe A (USIM5) 3,5%, a 12,41 reais. Ao longo do dia, no entanto, os papéis inverteram o sinal e começaram a avançar no campo negativo. As ações ordinárias terminaram em baixa de 2,9% e as preferenciais classe A caíram 0,58%.

Em um relatório publicado ontem, os analistas do banco Barclays mostraram “muito ceticismo” em relação à potencial compra de uma participação pela Ternium.

Para os analistas Leonardo Correa, Pedro Grimaldi e Luiz Fornari, o preço de 40 reais por ação é “muito caro” e os benefícios estratégicos são limitadas para as companhias se a compra for concluída. O Barclays manteve a recomendação “underweight” (alocação abaixo da média do mercado) para Usiminas e “overweight” (alocação acima da média) para Ternium. Acompanhe as cotações de USIM3 no pregão de hoje:


A oferta representa uma reviravolta na disputa pelo controle da siderúrgica. Até agora, a CSN ( CSNA3 ) era a mais cotada para entrar no bloco de controle. A empresa de Benjamin Steinbruch tem comprado ações da rival em circulação na Bovespa. Entre janeiro e setembro, a participação saltou de 5,03% das ordinárias e 4,99% das preferenciais para 11,29% e 15,15%, respectivamente.

Mas a ampliação para chegar ao bloco de controle esbarrava no acordo de acionistas. Por ele, qualquer oferta precisaria de um aval dos japoneses da Nippon Steel (também sócia com 27,8% das ações ordinárias). A empresa tem o direito de preferência e pode adquirir os papéis da Camargo e Votorantim pelo mesmo valor lançado pelo ofertante.

Além disso, a compra pela CSN poderia incomodar os órgãos de defesa da concorrência. A Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, já pediu explicações sobre o aumento da participação. As duas produzem aços planos, usados na fabricação de veículos.

Segundo o blog Faria Lima, um executivo que participa das negociações disse que os japoneses já avisaram que não exercerão seu direito de preferência caso o novo sócio seja a Ternium. A expectativa é de que o anúncio da transação pode ser feito até o fim deste mês.

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