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BRICs lideram IPOs no 2º trimestre; China é destaque

Ernst & Young projeta 30 operações no Brasil em 2011 com captação média de US$ 500 milhões; 10 já foram realizadas

Volume captado por países do BRICs em IPOs representa 38,3% do total levantado no mundo durante o 2º trimestre (Marcel Salim/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2011 às 16h40.

São Paulo – Os países do BRIC, as quatro maiores economias emergentes, lideraram as atividades globais de IPOs (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês) durante o segundo trimestre de 2011, totalizando 125 aberturas de capital de um total de 378 registradas ao redor do globo, aponta estudo divulgado nesta quinta-feira (21) pela consultoria Ernst & Young.

O montante levantado pelos BRICS contabilizou 24,8 bilhões de dólares entre abril e junho deste ano. A cifra representa 38,3% de um total de 64,6 bilhões de dólares captados no mundo todo no mesmo período.

Apenas no primeiro semestre, a quantidade de IPOs no mundo ficou em 111,1 bilhões de dólares, com 672 operações. As cifras são 10% maiores frente ao visto nos seis primeiros meses de 2010. O maior pico foi registrado em 2007, quando 2.014 empresas abriram seu capital no mercado de ações, levantando 295 bilhões de dólares no total.

Entre os BRICs, a China foi o grande destaque entre abril e junho de 2011. O país asiático contabilizou 108 operações com volume de 20,4 bilhões de dólares. Em seguida aparece Hong Kong, com 19 IPOs que totalizaram uma captação de 11,3 bilhões de dólares. A principal delas foi a da marca italiana de luxo Prada, que movimentou sozinha 2,15 bilhões de dólares.

A Índia contabilizou 11 operações, embora o montante captado tenha atingido apenas 400 milhões de dólares. A Rússia obteve 6 IPOs, com um volume de 3,8 bilhões de dólares durante o segundo trimestre. O Brasil aparece na sequência: foram 2 bilhões de dólares captados nos últimos três meses por meio de cinco operações.

No ano, o Brasil já acumula 10 IPOs. A cifra é positiva, tendo em vista que foram realizadas apenas 11 operações no total em 2010. A expectativa da Ernst & Young Terco é que o país realize 30 operações com captação média de 500 milhões de dólares até o final de 2011, principalmente em setores como varejo, petróleo e gás e mineração.

O presidente do conselho de administração da BM&FBovespa e ex-presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, compartilha a mesma opinião: prevê que o Brasil terá de 20 a 30 aberturas de capital até o final de 2011, disse ele em maio em entrevista à rede americana CNBC.

Emergentes superam grandes economias

Os países emergentes se destacaram por realizar 6 dos 10 maiores IPOS feitos no segundo trimestre de 2011. Entre os 20 maiores, 7 ocorreram na China, destaca o estudo da Ernst & Young.

“A Ásia foi responsável pelo aquecimento do mercado, contabilizando 173 operações, que levantaram 25,3 bilhões de dólares”, informa André Viola Ferreira, sócio para mercados emergentes da Ernst & Young, em nota. Só essa região recebeu 40% do valor global angariado. Em seguida figuram: Europa, Oriente Médio e África (34%); América do Norte (18%); e América Central e do Sul (8%).

Os três setores que mais colaboraram para os resultados globais foram materiais, que engloba metais, mineração, produtos químicos, material de construção, contêineres e embalagens, papel e celulose, com 15,5 bilhões de dólares; industrial, com 7,5 bilhões de dólares; e energia, com 6 bilhões de dólares. Esses segmentos foram responsáveis por 45% do valor captados em IPOs no mundo.

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São Paulo – Os países do BRIC, as quatro maiores economias emergentes, lideraram as atividades globais de IPOs (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês) durante o segundo trimestre de 2011, totalizando 125 aberturas de capital de um total de 378 registradas ao redor do globo, aponta estudo divulgado nesta quinta-feira (21) pela consultoria Ernst & Young.

O montante levantado pelos BRICS contabilizou 24,8 bilhões de dólares entre abril e junho deste ano. A cifra representa 38,3% de um total de 64,6 bilhões de dólares captados no mundo todo no mesmo período.

Apenas no primeiro semestre, a quantidade de IPOs no mundo ficou em 111,1 bilhões de dólares, com 672 operações. As cifras são 10% maiores frente ao visto nos seis primeiros meses de 2010. O maior pico foi registrado em 2007, quando 2.014 empresas abriram seu capital no mercado de ações, levantando 295 bilhões de dólares no total.

Entre os BRICs, a China foi o grande destaque entre abril e junho de 2011. O país asiático contabilizou 108 operações com volume de 20,4 bilhões de dólares. Em seguida aparece Hong Kong, com 19 IPOs que totalizaram uma captação de 11,3 bilhões de dólares. A principal delas foi a da marca italiana de luxo Prada, que movimentou sozinha 2,15 bilhões de dólares.

A Índia contabilizou 11 operações, embora o montante captado tenha atingido apenas 400 milhões de dólares. A Rússia obteve 6 IPOs, com um volume de 3,8 bilhões de dólares durante o segundo trimestre. O Brasil aparece na sequência: foram 2 bilhões de dólares captados nos últimos três meses por meio de cinco operações.

No ano, o Brasil já acumula 10 IPOs. A cifra é positiva, tendo em vista que foram realizadas apenas 11 operações no total em 2010. A expectativa da Ernst & Young Terco é que o país realize 30 operações com captação média de 500 milhões de dólares até o final de 2011, principalmente em setores como varejo, petróleo e gás e mineração.

O presidente do conselho de administração da BM&FBovespa e ex-presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, compartilha a mesma opinião: prevê que o Brasil terá de 20 a 30 aberturas de capital até o final de 2011, disse ele em maio em entrevista à rede americana CNBC.

Emergentes superam grandes economias

Os países emergentes se destacaram por realizar 6 dos 10 maiores IPOS feitos no segundo trimestre de 2011. Entre os 20 maiores, 7 ocorreram na China, destaca o estudo da Ernst & Young.

“A Ásia foi responsável pelo aquecimento do mercado, contabilizando 173 operações, que levantaram 25,3 bilhões de dólares”, informa André Viola Ferreira, sócio para mercados emergentes da Ernst & Young, em nota. Só essa região recebeu 40% do valor global angariado. Em seguida figuram: Europa, Oriente Médio e África (34%); América do Norte (18%); e América Central e do Sul (8%).

Os três setores que mais colaboraram para os resultados globais foram materiais, que engloba metais, mineração, produtos químicos, material de construção, contêineres e embalagens, papel e celulose, com 15,5 bilhões de dólares; industrial, com 7,5 bilhões de dólares; e energia, com 6 bilhões de dólares. Esses segmentos foram responsáveis por 45% do valor captados em IPOs no mundo.

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