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Brasil Foods sobe 14% e volta ao radar do mercado

Merrill Lynch, Santander, BTG Pactual, Credit Suisse e Raymond James elevaram as estimativas para a empresa

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 17h24.

São Paulo – A Brasil Foods ( BRFS3 ) voltou ao radar dos investidores e dos analistas do mercado financeiro. A aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) da fusão entre a Sadia e a Perdigão, com restrições, animou o mercado e as ações dispararam.

Em dois dias, os papéis da empresa subiram 14,1%, para 29,70 reais. O valor é superior aos 27,90 reais vistos em 7 de junho, um dia antes de a relatoria do Cade pedir a reprovação total da operação.

O mercado avaliou que as restrições impostas à empresa foram mais leves do que o esperado. A decisão do órgão antitruste levou a uma série de revisões das projeções. Merrill Lynch, Santander, BTG Pactual, Credit Suisse e Raymond James elevaram as estimativas para a empresa

“O resultado foi favorável para a BRF, em nossa visão, já que as restrições foram menos rigorosas do que esperávamos e as sinergias esperadas foram na maior parte preservadas”, afirmam os analistas do Santander Gabriel Vaz de Lima e Luis Miranda, em relatório.

A recomendação, que estava em revisão, voltou a ser de compra, mostra a análise. O preço-alvo foi mantido em 34 reais. O Bank of America Merrill Lynch elevou o preço-alvo das ações de 29 reais para 33 reais. A recomendação, contudo, ficou em neutra devido ao limitado potencial de valorização, explicam Fernando Ferreira e Isabella Simonato, que assinam a análise.

“A aprovação do Cade, mesmo com as restrições, marca o final de um processo que se arrastou por mais de dois anos, desencorajando a BRF a investir em crescimento e na incorporação das possíveis sinergias da operação”, dizem Renato Prado e Ronaldo Kasinsky, da Fator Corretora.

Os analistas reafirmaram a recomendação de compra, com um preço-alvo de 33,60 reais. “Acreditamos que o mercado irá agora olhar para os resultados operacionais da companhia e continuamos otimistas sobre a capacidade de crescimento, tanto no mercado interno quanto externo”, ressaltam.


"Consideramos esse desfecho muito positivo para a BRF, pois as restrições não são tão onerosas quanto poderiam ter sido", dizem Pedro Herrera, Diego Maia e Ravi Jain, do HSBC. Eles lembram, contudo, que ainda há questões a serem esclarecidas.

"Ainda precisamos entender problemas como: timing das vendas de ativos, avaliação de ativos a serem vendidos, possíveis compradores, alternativas caso não surja nenhum comprador, detalhes em relação à implementação real das suspensões das marcas e possíveis restrições de investimentos, dentre outros", explicam.

Os analistas do Banco BTG Pactual SA, Fabio Monteiro e Thiago Duarte elevaram a recomendação de neutra para compra. Marcel de Moraes, do Credit Suisse, alterou a indicação de neutra para outperform (desempenho acima da média do mercado). Na quarta-feira, a analista Daniela Bretthauer, da Raymond James, elevou a recomendação de underperform para market perform.

As restrições

A companhia precisará alienar as marcas Rezende, Wilson, Texas, Tekitos, Patitas, Escolha Saudável, Light Ellegant, Fiesta, Freski, Confiança, Doriana e Delicata.

Além disso, a Brasil Foods terá que vender todos os bens e direitos relacionados à unidades produtivas (incluindo funcionários, instalações e equipamentos), que compreendem 10 fábricas de alimentos processados, 2 abatedouros de suínos, 2 abatedores de aves, 4 fábricas de ração, 12 granjas de matrizes de frangos, 2 incubatórios de aves e 8 centros de distribuição.

A empresa irá ainda ceder toda a carteira de contratos com produtores integrados de aves e suínos. A marca Perdigão será suspensa por 3 anos nos produtos presunto suíno cozido, apresuntado e afiambrado, kit festa suínos, linguiça curada e paio. Para os produtos de salames, a suspensão chega a 4 anos e de 5 anos para lasanhas, pizzas congeladas, kibes, almôndegas e frios saudáveis.

A marca Batavo será suspensa por 4 anos para os mesmos produtos da Perdigão, além de margarinas, peru in natura, mortadela, kit festa aves, hambúrguer, empanadas e salsichas.

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São Paulo – A Brasil Foods ( BRFS3 ) voltou ao radar dos investidores e dos analistas do mercado financeiro. A aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) da fusão entre a Sadia e a Perdigão, com restrições, animou o mercado e as ações dispararam.

Em dois dias, os papéis da empresa subiram 14,1%, para 29,70 reais. O valor é superior aos 27,90 reais vistos em 7 de junho, um dia antes de a relatoria do Cade pedir a reprovação total da operação.

O mercado avaliou que as restrições impostas à empresa foram mais leves do que o esperado. A decisão do órgão antitruste levou a uma série de revisões das projeções. Merrill Lynch, Santander, BTG Pactual, Credit Suisse e Raymond James elevaram as estimativas para a empresa

“O resultado foi favorável para a BRF, em nossa visão, já que as restrições foram menos rigorosas do que esperávamos e as sinergias esperadas foram na maior parte preservadas”, afirmam os analistas do Santander Gabriel Vaz de Lima e Luis Miranda, em relatório.

A recomendação, que estava em revisão, voltou a ser de compra, mostra a análise. O preço-alvo foi mantido em 34 reais. O Bank of America Merrill Lynch elevou o preço-alvo das ações de 29 reais para 33 reais. A recomendação, contudo, ficou em neutra devido ao limitado potencial de valorização, explicam Fernando Ferreira e Isabella Simonato, que assinam a análise.

“A aprovação do Cade, mesmo com as restrições, marca o final de um processo que se arrastou por mais de dois anos, desencorajando a BRF a investir em crescimento e na incorporação das possíveis sinergias da operação”, dizem Renato Prado e Ronaldo Kasinsky, da Fator Corretora.

Os analistas reafirmaram a recomendação de compra, com um preço-alvo de 33,60 reais. “Acreditamos que o mercado irá agora olhar para os resultados operacionais da companhia e continuamos otimistas sobre a capacidade de crescimento, tanto no mercado interno quanto externo”, ressaltam.


"Consideramos esse desfecho muito positivo para a BRF, pois as restrições não são tão onerosas quanto poderiam ter sido", dizem Pedro Herrera, Diego Maia e Ravi Jain, do HSBC. Eles lembram, contudo, que ainda há questões a serem esclarecidas.

"Ainda precisamos entender problemas como: timing das vendas de ativos, avaliação de ativos a serem vendidos, possíveis compradores, alternativas caso não surja nenhum comprador, detalhes em relação à implementação real das suspensões das marcas e possíveis restrições de investimentos, dentre outros", explicam.

Os analistas do Banco BTG Pactual SA, Fabio Monteiro e Thiago Duarte elevaram a recomendação de neutra para compra. Marcel de Moraes, do Credit Suisse, alterou a indicação de neutra para outperform (desempenho acima da média do mercado). Na quarta-feira, a analista Daniela Bretthauer, da Raymond James, elevou a recomendação de underperform para market perform.

As restrições

A companhia precisará alienar as marcas Rezende, Wilson, Texas, Tekitos, Patitas, Escolha Saudável, Light Ellegant, Fiesta, Freski, Confiança, Doriana e Delicata.

Além disso, a Brasil Foods terá que vender todos os bens e direitos relacionados à unidades produtivas (incluindo funcionários, instalações e equipamentos), que compreendem 10 fábricas de alimentos processados, 2 abatedouros de suínos, 2 abatedores de aves, 4 fábricas de ração, 12 granjas de matrizes de frangos, 2 incubatórios de aves e 8 centros de distribuição.

A empresa irá ainda ceder toda a carteira de contratos com produtores integrados de aves e suínos. A marca Perdigão será suspensa por 3 anos nos produtos presunto suíno cozido, apresuntado e afiambrado, kit festa suínos, linguiça curada e paio. Para os produtos de salames, a suspensão chega a 4 anos e de 5 anos para lasanhas, pizzas congeladas, kibes, almôndegas e frios saudáveis.

A marca Batavo será suspensa por 4 anos para os mesmos produtos da Perdigão, além de margarinas, peru in natura, mortadela, kit festa aves, hambúrguer, empanadas e salsichas.

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