Exame Logo

Bovespa volta a cair, em meio a impasse dos EUA

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, indicando que o fôlego de alta apresentado ontem é curto. Em meio ao impasse sobre a elevação do teto da dívida dos Estados Unidos, os investidores evitam assumir posições em ativos de risco e ficam na defensiva. Enquanto isso, […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 10h30.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, indicando que o fôlego de alta apresentado ontem é curto. Em meio ao impasse sobre a elevação do teto da dívida dos Estados Unidos, os investidores evitam assumir posições em ativos de risco e ficam na defensiva. Enquanto isso, a negociação entre congressistas democratas e republicanos dos EUA deve se prolongar durante o fim de semana. Para piorar, os dados econômicos norte-americanos já anunciados hoje mostraram resultados abaixo do esperado, corroendo as expectativas em relação aos indicadores que ainda serão divulgados nesta manhã. Com este cenário, às 10h11, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 1,03%, aos 58.102 pontos.

A economia dos EUA parece ter crescido menos que o esperado no segundo trimestre deste ano. Segundo a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do país, a expansão da atividade foi de 1,3% entre abril e junho de 2011, abaixo da previsão de crescimento de 1,8%. O custo da mão de obra, porém, foi maior que o esperado no mesmo período, em alta de 0,7%, de uma expectativa de alta 0,5%.

Imediatamente após a divulgação dos números, os índices futuros das Bolsas de Nova York aprofundaram a queda. Ainda nesta manhã, às 10h45 (horário de Brasília), é a vez do índice ISM de atividade industrial regional em Chicago (gerentes de compras). Dez minutos depois, às 10h55, a Universidade de Michigan publica o dado final do sentimento do consumidor em julho.

Os mercados internacionais seguiam fracos nesta manhã, após a Câmara dos Representantes dos EUA adiar a votação da proposta do presidente da Casa, John Boehne, alimentando as incertezas sobre se haverá um consenso até a terça-feira da semana que vem, última dia para que se chegue a um acordo. Por via das dúvidas, começam a vazar as estratégias que o Tesouro norte-americano deve adotar a fim de evitar um "default tumultuado" (moratória), honrando alguns dos compromissos de agosto, que somam US$ 500 bilhões.

Para o analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira, a Bolsa deve seguir o pessimismo do exterior, na esteira da falta de solução para esse grave problema. "Caso nada seja votado ou concluído até o fim da tarde de hoje, os mercados seguirão negativos e podem acentuar as perdas, já que o prazo final é na próxima terça-feira e o fim de semana promete ser bastante intenso no cenário político norte-americano", comenta, em relatório.

Já no Brasil, os investidores devem repercutir o balanço robusto da Vale, anunciado ontem à noite. No segundo trimestre deste ano, a mineradora registrou lucro líquido de R$ 10,275 bilhões, o que representa uma alta de 54,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi o melhor desempenho para o período apresentado pela companhia.

Em relatório, os analistas do BB Investimentos Victor Penna e Carlos Daltozo avaliam que o resultado foi "muito bom", movido pela forte demanda global de minerais e pelos preços elevados dos metais. "O faturamento e as margens de rentabilidade da empresa acabaram apresentando um crescimento bastante expressivo", afirmam. "Para os próximos trimestres, a companhia ainda deve apresentar evolução em seus resultados operacionais", concluem.

Veja também

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, indicando que o fôlego de alta apresentado ontem é curto. Em meio ao impasse sobre a elevação do teto da dívida dos Estados Unidos, os investidores evitam assumir posições em ativos de risco e ficam na defensiva. Enquanto isso, a negociação entre congressistas democratas e republicanos dos EUA deve se prolongar durante o fim de semana. Para piorar, os dados econômicos norte-americanos já anunciados hoje mostraram resultados abaixo do esperado, corroendo as expectativas em relação aos indicadores que ainda serão divulgados nesta manhã. Com este cenário, às 10h11, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 1,03%, aos 58.102 pontos.

A economia dos EUA parece ter crescido menos que o esperado no segundo trimestre deste ano. Segundo a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do país, a expansão da atividade foi de 1,3% entre abril e junho de 2011, abaixo da previsão de crescimento de 1,8%. O custo da mão de obra, porém, foi maior que o esperado no mesmo período, em alta de 0,7%, de uma expectativa de alta 0,5%.

Imediatamente após a divulgação dos números, os índices futuros das Bolsas de Nova York aprofundaram a queda. Ainda nesta manhã, às 10h45 (horário de Brasília), é a vez do índice ISM de atividade industrial regional em Chicago (gerentes de compras). Dez minutos depois, às 10h55, a Universidade de Michigan publica o dado final do sentimento do consumidor em julho.

Os mercados internacionais seguiam fracos nesta manhã, após a Câmara dos Representantes dos EUA adiar a votação da proposta do presidente da Casa, John Boehne, alimentando as incertezas sobre se haverá um consenso até a terça-feira da semana que vem, última dia para que se chegue a um acordo. Por via das dúvidas, começam a vazar as estratégias que o Tesouro norte-americano deve adotar a fim de evitar um "default tumultuado" (moratória), honrando alguns dos compromissos de agosto, que somam US$ 500 bilhões.

Para o analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira, a Bolsa deve seguir o pessimismo do exterior, na esteira da falta de solução para esse grave problema. "Caso nada seja votado ou concluído até o fim da tarde de hoje, os mercados seguirão negativos e podem acentuar as perdas, já que o prazo final é na próxima terça-feira e o fim de semana promete ser bastante intenso no cenário político norte-americano", comenta, em relatório.

Já no Brasil, os investidores devem repercutir o balanço robusto da Vale, anunciado ontem à noite. No segundo trimestre deste ano, a mineradora registrou lucro líquido de R$ 10,275 bilhões, o que representa uma alta de 54,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi o melhor desempenho para o período apresentado pela companhia.

Em relatório, os analistas do BB Investimentos Victor Penna e Carlos Daltozo avaliam que o resultado foi "muito bom", movido pela forte demanda global de minerais e pelos preços elevados dos metais. "O faturamento e as margens de rentabilidade da empresa acabaram apresentando um crescimento bastante expressivo", afirmam. "Para os próximos trimestres, a companhia ainda deve apresentar evolução em seus resultados operacionais", concluem.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasservicos-financeiros

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame