Bovespa tenta manter recuperação, de olho no exterior
A carência de medidas efetivas, por parte do G20 e de bancos centrais, ainda inibe uma melhora consistente e fortalece o vaivém nos mercados
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2012 às 10h27.
São Paulo - Enquanto o exterior deixar, a renda variável brasileira vai reconquistando terreno. Mas, apesar de ter subido em sete dos 11 pregões de junho, confirmando ontem a retomada dos 56 mil pontos, a Bovespa segue vulnerável e qualquer tempestade nos mercados internacionais pode provocar turbulência nos negócios locais. A carência de medidas efetivas, por parte do G20 e de bancos centrais, ainda inibe uma melhora consistente e fortalece o vaivém. Por volta das 10h10 desta terça-feira, o Ibovespa subia 0,72%, aos 56.601,94 pontos.
"Ainda não é o momento para sair comprando qualquer coisa", pondera o analista gráfico da Ágora Investimentos, Daniel Marques. Segundo ele, embora o Ibovespa tenha uma sequência de altas importantes no mês, ainda é preferível realizar operações isoladas. O profissional chama a atenção para o comportamento do volume financeiro a partir desta terça-feira, após os vencimentos de derivativos entre a última quarta-feira e ontem inflarem o giro.
Para Marques, seria "interessante" se a Bolsa realizasse um pouco dos ganhos recentes, criando pontos de entrada para os investidores. "A Bolsa ainda precisa de uma configuração ascendente", diz, acrescentando que o rompimento do topo anterior, em 56,7 mil pontos, deixaria o quadro bem mais favorável, mas "não é o ideal".
O analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira ressalta, em relatório, que os mercados financeiros permanecem cautelosos, aguardando, por exemplo, o pronunciamento final da cúpula do G20 e o desfecho da reunião do Federal Reserve, nesta quarta-feira. Nesse sentido, pondera Oliveira, os investidores devem seguir receosos e a volatilidade, latente.
A Europa, principalmente, ainda demanda cuidados. A Espanha realizou nesta terça-feira leilão de títulos de curto prazo, no qual captou um pouco mais que a quantidade desejada, mas pagou um retorno ao investidor (yield) bem mais elevado, na casa de 5%. Já a Grécia enfrenta hoje mais um dia de negociações para a formação de um governo de coalizão, liderado pelo conservador Nova Democracia.
Já Wall Street só tem olhos para o Fed. Apesar de as apostas de adoção de uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo (QE3) estarem mais fracas, há chances de que a Operação Twist seja renovada, estimulando, mesmo assim, a economia norte-americana.
Na agenda do dia, a construção de moradias nos EUA caiu 4,8% em maio, contrariando a previsão de alta de 0,4%. Já as permissões para novas construções subiram 7,9% no mês passado, acima da estimativa de avanço de 1,0%. O dado de construção de moradias em abril foi revisado em alta, de +2,6% para +5,4%.
São Paulo - Enquanto o exterior deixar, a renda variável brasileira vai reconquistando terreno. Mas, apesar de ter subido em sete dos 11 pregões de junho, confirmando ontem a retomada dos 56 mil pontos, a Bovespa segue vulnerável e qualquer tempestade nos mercados internacionais pode provocar turbulência nos negócios locais. A carência de medidas efetivas, por parte do G20 e de bancos centrais, ainda inibe uma melhora consistente e fortalece o vaivém. Por volta das 10h10 desta terça-feira, o Ibovespa subia 0,72%, aos 56.601,94 pontos.
"Ainda não é o momento para sair comprando qualquer coisa", pondera o analista gráfico da Ágora Investimentos, Daniel Marques. Segundo ele, embora o Ibovespa tenha uma sequência de altas importantes no mês, ainda é preferível realizar operações isoladas. O profissional chama a atenção para o comportamento do volume financeiro a partir desta terça-feira, após os vencimentos de derivativos entre a última quarta-feira e ontem inflarem o giro.
Para Marques, seria "interessante" se a Bolsa realizasse um pouco dos ganhos recentes, criando pontos de entrada para os investidores. "A Bolsa ainda precisa de uma configuração ascendente", diz, acrescentando que o rompimento do topo anterior, em 56,7 mil pontos, deixaria o quadro bem mais favorável, mas "não é o ideal".
O analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira ressalta, em relatório, que os mercados financeiros permanecem cautelosos, aguardando, por exemplo, o pronunciamento final da cúpula do G20 e o desfecho da reunião do Federal Reserve, nesta quarta-feira. Nesse sentido, pondera Oliveira, os investidores devem seguir receosos e a volatilidade, latente.
A Europa, principalmente, ainda demanda cuidados. A Espanha realizou nesta terça-feira leilão de títulos de curto prazo, no qual captou um pouco mais que a quantidade desejada, mas pagou um retorno ao investidor (yield) bem mais elevado, na casa de 5%. Já a Grécia enfrenta hoje mais um dia de negociações para a formação de um governo de coalizão, liderado pelo conservador Nova Democracia.
Já Wall Street só tem olhos para o Fed. Apesar de as apostas de adoção de uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo (QE3) estarem mais fracas, há chances de que a Operação Twist seja renovada, estimulando, mesmo assim, a economia norte-americana.
Na agenda do dia, a construção de moradias nos EUA caiu 4,8% em maio, contrariando a previsão de alta de 0,4%. Já as permissões para novas construções subiram 7,9% no mês passado, acima da estimativa de avanço de 1,0%. O dado de construção de moradias em abril foi revisado em alta, de +2,6% para +5,4%.