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BOVESPA-Tensão externa faz índice cair 3,8% na semana

(Texto atualizado com mais informações e fechamento oficial) SÃO PAULO, 26 de novembro (Reuters) - O ambiente externo ainda tenso com o perigo de conflito aberto entre as Coreias e a amplitude da crise financeira na Europa derrubaram o Ibovespa nesta sexta-feira, fazendo o índice encerrar a semana no vermelho. O Ibovespa , principal índice […]

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 17h42.

(Texto atualizado com mais informações e fechamento
oficial)

SÃO PAULO, 26 de novembro (Reuters) - O ambiente externo
ainda tenso com o perigo de conflito aberto entre as Coreias e
a amplitude da crise financeira na Europa derrubaram o Ibovespa
nesta sexta-feira, fazendo o índice encerrar a semana no
vermelho.

O Ibovespa , principal índice da bolsa brasileira,
fechou em baixa de 1,64 por cento, para 68.226 pontos. Na
semana o Ibovespa acumulou queda de aproximadamente 3,8 por
cento.

O volume financeiro da sessão foi de 4,42 bilhões de reais,
abaixo da média diária recente

A instabilidade internacional voltou a desfavorecer o
mercado doméstico, com a agenda vazia no Brasil e nos Estados
Unidos dando espaço para mais peso nas notícias vindas da
Europa e Ásia.

"Agora não tem muito jeito de recuperar enquanto você não
acertar esses dois fatores, Coreia e Irlanda, e não creio que
tenha surgido grandes desenvolvimentos sobre esses temas",
afirmou Álvaro Bandeira, economista-chefe da Ágora Corretora.

No Velho Continente fontes afirmaram que um plano de
socorro à Irlanda deve ser acertado no fim de semana. Contudo,
os investidores temem que os 85 bilhões de euros oferecidos ao
país não sejam o bastante para sanear o sistema bancário do
país.

Além da Irlanda, o mercado está de olho em Portugal,
temendo que o país seja o próximo alvo de ajuda financeira.

"Portugal está com o mesmo discurso que mostraram Grécia e
Irlanda antes de reconhecerem necessidade de ajuda, isso gera
suspeitas", afirmou Bandeira.

Nesta sexta-feira o premiê português disse que Portugal tem
todas as condições para continuar a financiar-se nos mercados e
a aprovação do austero orçamento para 2011 deve contribuir no
aumento da confiança.

Em Wall Street o mercado acionário encerrou suas atividades
às 16h (horário de Brasília) nesta "Sexta-Feira Negra", após
permanecer fechado na véspera por conta do feriado de Ação de
Graças.

O desempenho ruim de papéis ligados a commodities derrubou
Nova York , com o mercado ainda pressionado por receios de que
os problemas de dívida na zona do euro possam continuar se
espalhando, além das preocupações com a situação na península
corena.

No Ibovespa as ações preferenciais da Vale
fecharam em baixa de 1,48 por cento, para 48,52
reais, enquanto que as ordinárias cederam 1,51 por
cento, em 54,09 reais.

Os papéis preferenciais da Petrobras cederam
1,01 por cento, para 24,60 reais, enquanto que os ordinários
recuaram 0,98 por cento, para 27,23 reais.

O setor siderúrgico teve um novo dia de perdas agudas, um
dia após o IABr divulgar os números do setor de aço relativos a
outubro. [ID:nN25289203]

"Os dados de outubro confirmam que a atual fraqueza do
mercado deve continuar até do fim de 2010 e começo de 2011",
afirmou a analista Claudia Elisabeth Feddersen, do Citi, em
relatório.

As ações da Gerdau caíram 2,43 por cento, para
20,07 reais, enquanto que as preferenciais da Usiminas
perderam 3,15 por cento, para 19,35 reais.

A BM&FBovespa terminou em baixa de 1,01 por
cento, para 13,67 reais, no dia que o Merrill Lynch reduziu seu
preço-alvo para a empresa de 19 para 18 reais, mantendo
recomendação de compra.

(Reportagem de Rodolfo Barbosa; Edição de Eduardo Simões)

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