Bovespa reverte ganhos iniciais com S&P
A agência de classificação de risco S&P afirmou o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em "BBB-" e manteve a perspectiva estável
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2015 às 12h59.
São Paulo - A bolsa paulista recuava no início da tarde desta terça-feira, um dia após a Standard & Poor's afastar o risco imediato de retirar sua avaliação de grau de investimento do Brasil, com os papéis da Vale e da BM&FBovespa pressionando negativamente o principal índice de ações brasileiro.
Às 12h28, o Ibovespa caía 0,48 por cento, a 51.660 pontos. O volume financeiro somava 2,1 bilhões de reais.
A agência de classificação de risco S&P afirmou o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em "BBB-" e manteve a perspectiva estável, por conta da mudança de rumo na condução da política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
A agência, contudo, afirmou nesta terça-feira que pode rebaixar o rating do Brasil caso o país se afaste do compromisso fiscal.
A S&P também manteve a nota de longo prazo da Petrobras em "BBB-", último nível considerado como grau de investimento, mas cortou a perspectiva para negativa e rebaixou o rating individual da companhia.
As ações da estatal oscilavam ligeiramente no negativo.
O potencial efeito benigno da decisão da S&P sobre o Brasil, contudo, era limitado pela pressão negativa de alguns papéis, em meio a expectativas específicas às empresas, com o movimento no mercado de câmbio também no radar.
BM&FBovespa registrava queda de 3 por cento, com agentes na expectativa de julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) sobre a operação de incorporação de ações e suas implicações na retenção em fonte do imposto de renda (goodwill), previsto para quarta-feira.
A empresa reuniu-se com analistas nesta manhã, tendo como tema principal da conversa a parceria com a CME Group.
Em nota a clientes, o UBS relatou comentário do diretor financeiro da BM&FBovespa, afirmando que a parceria com a CME é muito benéfica e a fatia é essencial.
As ações da mineradora Vale também pesavam no índice, apesar da alta do minério de ferro na China, em meio a dados mais fracos do que o esperado sobre a indústria chinesa.
Bancos privados reforçavam a pressão negativa, com Bradesco recuando 1,4 por cento e Itaú Unibanco cedendo 0,8 por cento.
O movimento do dólar também respingava na Bovespa, embora a moeda tenha passado a mostrar alguma volatilidade frente ao real e passado a subir, com agentes acompanhando a participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em comissão no Senado.
A queda do dólar mais cedo enfraqueceu ações de algumas empresas exportadoras, como Embraer, além de siderúrgicas como Gerdau e Usiminas, que têm receita impactada pela moeda, bem como se beneficiam na disputa de preço com o real depreciado.
O setor de papel e celulose, particularmenre Suzano e Fibria, contrabalançava o efeito do câmbio com dados de estoque divulgados pelo PPPC (Conselho de Produtos de Papel e Celulose), considerados razoavelemnte positivos por analistas.
Na ponta de alta estavam ações do setor elétrico, entre elas Energias do Brasil e Cemig, enquanto investidores seguem avaliando o cenário hidrológico e os riscos de racionamento no país.
São Paulo - A bolsa paulista recuava no início da tarde desta terça-feira, um dia após a Standard & Poor's afastar o risco imediato de retirar sua avaliação de grau de investimento do Brasil, com os papéis da Vale e da BM&FBovespa pressionando negativamente o principal índice de ações brasileiro.
Às 12h28, o Ibovespa caía 0,48 por cento, a 51.660 pontos. O volume financeiro somava 2,1 bilhões de reais.
A agência de classificação de risco S&P afirmou o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em "BBB-" e manteve a perspectiva estável, por conta da mudança de rumo na condução da política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
A agência, contudo, afirmou nesta terça-feira que pode rebaixar o rating do Brasil caso o país se afaste do compromisso fiscal.
A S&P também manteve a nota de longo prazo da Petrobras em "BBB-", último nível considerado como grau de investimento, mas cortou a perspectiva para negativa e rebaixou o rating individual da companhia.
As ações da estatal oscilavam ligeiramente no negativo.
O potencial efeito benigno da decisão da S&P sobre o Brasil, contudo, era limitado pela pressão negativa de alguns papéis, em meio a expectativas específicas às empresas, com o movimento no mercado de câmbio também no radar.
BM&FBovespa registrava queda de 3 por cento, com agentes na expectativa de julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) sobre a operação de incorporação de ações e suas implicações na retenção em fonte do imposto de renda (goodwill), previsto para quarta-feira.
A empresa reuniu-se com analistas nesta manhã, tendo como tema principal da conversa a parceria com a CME Group.
Em nota a clientes, o UBS relatou comentário do diretor financeiro da BM&FBovespa, afirmando que a parceria com a CME é muito benéfica e a fatia é essencial.
As ações da mineradora Vale também pesavam no índice, apesar da alta do minério de ferro na China, em meio a dados mais fracos do que o esperado sobre a indústria chinesa.
Bancos privados reforçavam a pressão negativa, com Bradesco recuando 1,4 por cento e Itaú Unibanco cedendo 0,8 por cento.
O movimento do dólar também respingava na Bovespa, embora a moeda tenha passado a mostrar alguma volatilidade frente ao real e passado a subir, com agentes acompanhando a participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em comissão no Senado.
A queda do dólar mais cedo enfraqueceu ações de algumas empresas exportadoras, como Embraer, além de siderúrgicas como Gerdau e Usiminas, que têm receita impactada pela moeda, bem como se beneficiam na disputa de preço com o real depreciado.
O setor de papel e celulose, particularmenre Suzano e Fibria, contrabalançava o efeito do câmbio com dados de estoque divulgados pelo PPPC (Conselho de Produtos de Papel e Celulose), considerados razoavelemnte positivos por analistas.
Na ponta de alta estavam ações do setor elétrico, entre elas Energias do Brasil e Cemig, enquanto investidores seguem avaliando o cenário hidrológico e os riscos de racionamento no país.