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Bovespa retoma os 68 mil pontos, contagiada por exterior

Por Sueli Campo São Paulo - A aprovação dos investidores às novas regras do setor bancário global e a divulgação de indicadores econômicos chineses benignos entusiasmaram os investidores e a Bovespa recobrou os 68 mil pontos, encerrando em alta de 1,83%. Este é o primeiro fechamento nesse nível desde 6 de agosto, quando registrou 68.094 […]

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2010 às 15h04.

Por Sueli Campo

São Paulo - A aprovação dos investidores às novas regras do setor bancário global e a divulgação de indicadores econômicos chineses benignos entusiasmaram os investidores e a Bovespa recobrou os 68 mil pontos, encerrando em alta de 1,83%. Este é o primeiro fechamento nesse nível desde 6 de agosto, quando registrou 68.094 pontos. Com essa valorização de hoje, falta apenas 0,81% para a Bovespa zerar as perdas no ano. Neste mês, o ganho acumulado subiu para 4,43%. O volume negociado cresceu para R$ 6,3 bilhões.

Em termos porcentuais, o setor bancário, que tem participação de quase 10% na carteira teórica do Ibovespa, foi a sensação do dia. Bradesco subiu 4,05%; Itaú Unibanco se apreciou 3,52% ; Banco do Brasil ON +3,57% e Santander units +2,22%.

Entre as novas regras definidas durante o final de semana na Suíça para limitar a tomada de risco e novas turbulências financeiras, chamadas de Basileia 3, está o aumento de 2% para 7% da exigência de capital mínimo para os bancos, além da criação de colchões de proteção. Mas a exigência de capital total será mantida em 8%. As regras serão adotadas progressivamente entre 2013 e 2019.

As ações das empresas produtoras de matérias-primas, cujo peso no Ibovespa é bem maior - chega a quase 40% - também subiram, repercutindo os números apresentados pela China no sábado, que abafaram, pelo menos por ora, o temor de desaceleração do principal parceiro comercial do Brasil. Vale PNA avançou 2,63% e a ON +2,86%. Do lado das siderúrgicas, Gerdau PN teve alta de 0,89%; CSN ON se apreciou 1,83% e Usiminas PNA 0,87%. As ações PN da Petrobras subiram 2,83% a R$ 28,30 e as ON avançaram 1,61% a R$ 31,52.

A produção industrial chinesa cresceu vigorosos 13,9% em agosto, ante uma alta de 13,4% em julho. As vendas no varejo subiram 18,4% em agosto em relação a agosto do ano passado, acima da alta de 17,9% de julho. A inflação ao consumidor (CPI) subiu 3,5%, a maior alta em quase dois anos, mas dentro das estimativas.

Os números chineses tiveram efeito muito positivo nas commodities, com o cobre registrando alta acentuada e o petróleo na máxima em um mês, acima de US$ 77 por barril em Nova York.

As compras de ativos de risco receberam ainda o suporte da União Europeia, que elevou sua previsão de crescimento para os 27 países do bloco, devido a um desempenho melhor do que o esperado no segundo trimestre. A Comissão Europeia espera que o PIB da zona do euro aumente para 1,8% neste ano, ante previsão anterior de 0,9%.

O rali no mercado de ações e commodities começou na Ásia, onde a Bolsa de Hong Kong avançou 1,89% e o índice Xangai Composto subiu 0,9%, e foi sendo reproduzido mundo afora. A Bolsa de Londres teve alta de 1,16%. Em Nova York, o índice Dow Jones escalou 0, 78%; o S&P 500 se valorizou 1,11% o Nasdaq +1,93%.

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