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Bovespa recua sob influência da Ásia e da Europa

Por Olívia Bulla São Paulo - A tensão vivida na Ásia e na Europa pode ecoar na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) hoje, diante da escalada dos conflitos entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte e a pressão sobre a Península Ibérica. Nem mesmo os EUA, que voltam aos negócios […]

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 10h15.

Por Olívia Bulla

São Paulo - A tensão vivida na Ásia e na Europa pode ecoar na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) hoje, diante da escalada dos conflitos entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte e a pressão sobre a Península Ibérica. Nem mesmo os EUA, que voltam aos negócios hoje depois do feriado de ontem, mas com um pregão reduzido, mostram-se livres desse ambiente de maior aversão ao risco. Às 11h11 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 1,32%, aos 68.446 pontos.

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A temporada de compras de fim de ano nos EUA começa hoje, quando as varejistas promovem descontos de até 90% em seus produtos para atrair os consumidores. É a chamada Black Friday - ou Sexta-feira Negra. No entanto, nos mercados internacionais, o clima é outro. As principais bolsas europeias e os índices futuros das bolsas norte-americanas operavam em baixa ao redor de 1% nesta manhã, refletindo o acirramento da tensão na Ásia. A Coreia do Norte declarou que está "disposta a aniquilar a fortaleza sul-coreana" ante qualquer sinal de violação da sua soberania.

Os mercados também sofrem com as preocupações com a solvência dos bancos europeus e o risco de calote em países da periferia da zona do euro. Portugal e Espanha surgem, agora, como os próximos alvos. Há ainda expectativas de mais medidas de aperto monetário na China. As commodities também estão em baixa. "São os mesmos vetores de antes que estão atingindo os mercados, mas eles não foram resolvidos e estão piorando", avalia o economista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Para ele, o cenário de negócios para o dia "já está dado", uma vez que a agenda econômica está esvaziada hoje.

Com isso, o mau humor externo e a piora na percepção de risco devem prevalecer sobre o noticiário corporativo no Brasil. O destaque vai para as novidades envolvendo a Petrobras. A estatal petrolífera anunciou nesta manhã que o teste de longa duração (TLD) na Amazônia confirmou a existência de acumulação de óleo leve (46º API) e gás natural em um poço na região. Segundo a companhia, os dados do teste indicam que a capacidade de produção do poço é de 2,5 mil barris de óleo por dia.

Além disso, o fundo de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras, fechou ontem a compra, por mais de US$ 1,6 bilhão, da participação que a Camargo Corrêa possui na Itaúsa, holding que controla o Itaú Unibanco, a Itautec, a Duratex e a empresa química Elekeiroz. A operação envolve cerca de 11% do capital votante, ou 4,4% do capital total. A participação da Camargo Corrêa na Itaúsa só era menor que a das famílias controladoras da empresa. Isso significa que a Petros será sócia importante das famílias Setúbal, Villela e Moreira Salles.

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