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Bovespa recua pelo 2º dia, pressionada por ações de teles

Índice caiu 0,31%, a 54.261 pontos, com giro financeiro de 5,37 bilhões de reais


	Bovespa: investidores se manteram cautelosos diante do impasse orçamentário nos Estados Unidos
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: investidores se manteram cautelosos diante do impasse orçamentário nos Estados Unidos (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 18h09.

São Paulo - A Bovespa teve seu segundo dia de queda nesta quarta-feira, puxada pelos papeis de empresas de telecomunicações e com os investidores cautelosos diante do impasse orçamentário nos Estados Unidos.

O Ibovespa caiu 0,31 por cento, a 54.261 pontos. O giro financeiro do pregão foi reduzido, de 5,37 bilhões de reais.

Os temores de uma possível paralisação do governo dos EUA e a incerteza sobre o futuro da política monetária do país patrocinavam uma postura mais cautelosa dos investidores das principais praças financeiras globais.

"O mercado está de lado, com pouco volume. Está difícil saber como ele vai se comportar daqui para frente (...) e há preocupações afetando o cenário externo", afirmou o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença Corretora.

O Senado dos EUA vota nesta quarta uma proposta para permitir que o governo continue funcionando depois de 30 de setembro, quando termina o ano fiscal norte-americano.

Além disso, no mês que vem, Washington será palco de negociações para aumentar o teto da dívida do país e assim evitar um calote.

"No final das contas, a maior parte do mercado acredita que as coisas vão acontecer como sempre, sem problemas maiores, mas não é garantido, fica a incerteza no ar", disse o analista da Omar Camargo Corretora Felipe Rocha.

Nesta sessão, o setor de telecomunicações foi o maior responsável pela queda do Ibovespa, com investidores ainda digerindo o acordo anunciado pelo grupo espanhol Telefónica, dona da Vivo, para aumentar sua participação indireta na Telecom Italia, dona da TIM Participações.

A ação da TIM devolveu parte dos ganhos da véspera, quando subiu com força em meio à animação de investidores diante da possibilidade de que seja vendida. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que a Telefónica não poderá manter duas concessões no Brasil, o que forçaria a venda da TIM.

A leitura de que uma eventual venda da TIM prejudicaria a Oi, por trazer um novo player ao mercado brasileiro, fez com que as ações ordinárias e preferenciais da operadora de telefonia tivessem as maiores perdas do dia.

"A compra da TIM por uma quinta operadora, de fora, acirraria o mercado competitivo atual, sendo mais prejudicial a empresas piores posicionadas, atingindo a Oi e a Claro de forma mais forte do que a Vivo", afirmou o analista Marcelo Torto, da Ativa Corretora, em relatório.

Ações de bancos e da petroleira OGX também puxaram o Ibovespa para baixo.

No sentido contrário, Embraer teve a valorização mais expressiva do Ibovespa, depois de ter anunciado na véspera que a Embraer Defesa & Segurança acertou comprar 50 por cento das ações da Atech Negócios em Tecnologia, passando a deter a totalidade de suas ações.

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