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Bovespa perde quase 2% e devolve ganhos acumulados em maio

Índice caiu 1,91 por cento nesta sexta, a 51.239 pontos, seu menor patamar em um mês e meio

Sede da Bovespa: na semana, o índice acumulou baixa de 2,64 por cento (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 18h19.

São Paulo - A Bovespa fechou em queda de quase 2 por cento nesta sexta-feira, o que levou seu principal índice a anular ganhos acumulados em maio e pôr fim a uma série de dois ganhos mensais consecutivos.

Para o mês que vem, que será marcado pela Copa do Mundo no Brasil, especialistas preveem poucos catalisadores de novas altas e baixo volume de negócios nos dias de jogos da seleção brasileira.

O Ibovespa caiu 1,91 por cento nesta sexta, a 51.239 pontos, seu menor patamar em um mês e meio. O giro financeiro do pregão somou 8,8 bilhões de reais. Na semana, o índice acumulou baixa de 2,64 por cento e, em maio, de 0,75 por cento.

Em maio, a bolsa rendeu menos que o CDI, cujo rendimento acumulado foi de 0,82 por cento. A bolsa foi arrastada para baixo neste pregão pela queda superior a 3 por cento das ações da mineradora Vale, após o preço do minério de ferro na China fechar o mês com a sexta baixa consecutiva.

Foi a mais longa trajetória de queda já registrada, diante da ampla oferta da commodity e preocupações com a desaceleração da economia chinesa.

A China continuará como um dos principais itens no radar do mercado em junho e ainda poderá pesar sobre a Vale, cujo papel preferencial tem o quinto maior peso do Ibovespa.

"Eventuais melhoras na bolsa vão depender ou de uma pesquisa eleitoral muito favorável para quem quer a oposição no poder ou de números bons da China com alta no preço do minério. Mas não é o que deve acontecer", disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.

Para Oliveira, é possível que o Ibovespa registre alguma recuperação depois de romper alguns suportes técnicos no final de maio, mas dificilmente deve superar em junho as máximas do mês, na faixa dos 54 mil pontos.

O analista sênior do BB Investimentos, Hamilton Alves, também afirma que o mercado deve mostrar pouco entusiasmo.

"Os papéis de maior peso no índice estão um pouco travados para junho, sem catalisadores de alta. Tem mais papéis defensivos subindo e faltam notícias econômicas favoráveis", disse.

Nesta sexta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país desacelerou para 0,2 por cento no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses do ano passado.

Caso o mercado opte por realizar lucros acumulados nos dois meses anteriores e a bolsa recue mais expressivamente, o patamar de 50 mil pontos será uma referência importante.

"O nível dos 50 mil pontos seria um divisor de águas. Se o índice bater nele e voltar, terá um respiro. Se não, deve cair mais forte", disse Alves.

O comportamento da bolsa no mês que vem dependerá ainda da atividade de investidores estrangeiros, cuja entrada líquida de recursos na Bovespa ficou em 5,2 bilhões de reais em maio até o dia 28, segundo os dados mais recentes, e ajudou a segurar o Ibovespa em meio a vendas de investidores institucionais e pessoas físicas.

Destaques de Alta

No pregão desta sexta, enquanto Vale e Petrobras, puxaram o Ibovespa para baixo, Marfrig e Embraer se destacaram no azul.

A empresa de alimentos foi favorecida por relatório do Citi que elevou a recomendação do papel para "compra". A Embraer subiu após a concorrente Bombardier informar que seu jato CSeries sofreu um incidente relacionado com motor na quinta-feira e o teste de voo do avião foi interrompido.

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São Paulo - A Bovespa fechou em queda de quase 2 por cento nesta sexta-feira, o que levou seu principal índice a anular ganhos acumulados em maio e pôr fim a uma série de dois ganhos mensais consecutivos.

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O Ibovespa caiu 1,91 por cento nesta sexta, a 51.239 pontos, seu menor patamar em um mês e meio. O giro financeiro do pregão somou 8,8 bilhões de reais. Na semana, o índice acumulou baixa de 2,64 por cento e, em maio, de 0,75 por cento.

Em maio, a bolsa rendeu menos que o CDI, cujo rendimento acumulado foi de 0,82 por cento. A bolsa foi arrastada para baixo neste pregão pela queda superior a 3 por cento das ações da mineradora Vale, após o preço do minério de ferro na China fechar o mês com a sexta baixa consecutiva.

Foi a mais longa trajetória de queda já registrada, diante da ampla oferta da commodity e preocupações com a desaceleração da economia chinesa.

A China continuará como um dos principais itens no radar do mercado em junho e ainda poderá pesar sobre a Vale, cujo papel preferencial tem o quinto maior peso do Ibovespa.

"Eventuais melhoras na bolsa vão depender ou de uma pesquisa eleitoral muito favorável para quem quer a oposição no poder ou de números bons da China com alta no preço do minério. Mas não é o que deve acontecer", disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.

Para Oliveira, é possível que o Ibovespa registre alguma recuperação depois de romper alguns suportes técnicos no final de maio, mas dificilmente deve superar em junho as máximas do mês, na faixa dos 54 mil pontos.

O analista sênior do BB Investimentos, Hamilton Alves, também afirma que o mercado deve mostrar pouco entusiasmo.

"Os papéis de maior peso no índice estão um pouco travados para junho, sem catalisadores de alta. Tem mais papéis defensivos subindo e faltam notícias econômicas favoráveis", disse.

Nesta sexta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país desacelerou para 0,2 por cento no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses do ano passado.

Caso o mercado opte por realizar lucros acumulados nos dois meses anteriores e a bolsa recue mais expressivamente, o patamar de 50 mil pontos será uma referência importante.

"O nível dos 50 mil pontos seria um divisor de águas. Se o índice bater nele e voltar, terá um respiro. Se não, deve cair mais forte", disse Alves.

O comportamento da bolsa no mês que vem dependerá ainda da atividade de investidores estrangeiros, cuja entrada líquida de recursos na Bovespa ficou em 5,2 bilhões de reais em maio até o dia 28, segundo os dados mais recentes, e ajudou a segurar o Ibovespa em meio a vendas de investidores institucionais e pessoas físicas.

Destaques de Alta

No pregão desta sexta, enquanto Vale e Petrobras, puxaram o Ibovespa para baixo, Marfrig e Embraer se destacaram no azul.

A empresa de alimentos foi favorecida por relatório do Citi que elevou a recomendação do papel para "compra". A Embraer subiu após a concorrente Bombardier informar que seu jato CSeries sofreu um incidente relacionado com motor na quinta-feira e o teste de voo do avião foi interrompido.

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