Bovespa monitora exterior, mas ensaia alta na abertura
As ações dos bancos chamam atenção após a decisão do Banco de Compensações Internacionais (BIS) sobre Basileia 3
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 09h42.
São Paulo - Apesar de iniciar 2013 garantindo ganho de 2,6%, a Bovespa abriu o pregão desta segunda-feira tentando dar continuidade à trajetória de alta, interrompida após a realização de lucros na última sexta-feira (04).
No exterior, porém, os investidores fazem uma pausa nos negócios com risco, depois de mostrarem apetite elevado por esses ativos, em reação ao acordo que evitou o abismo fiscal nos Estados Unidos.
As pendências que ficaram sobre essa questão e a fraca agenda econômica do dia contribuem para uma acomodação dos mercados internacionais. Por aqui, as ações dos bancos chamam atenção após a decisão do Banco de Compensações Internacionais (BIS) sobre Basileia 3. Por volta das 10h10, o Ibovespa tinha leve alta de 0,20%, aos 62.651 pontos.
Um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista tem dúvidas, porém, se o setor financeiro doméstico irá acompanhar a alta verificada entre as ações dos bancos negociadas no exterior, uma vez que, no Brasil, as exigências de capital já são mais rígidas. Tanto que a decisão do BIS de flexibilizar cronograma e regras para Basileia 3 era acompanhada com certa tranquilidade pelo Banco Central brasileiro, que já monitorava o indicador diariamente.
Com isso, o foco dos negócios domésticos deve ficar direcionado ao cenário macroeconômico externo, onde os investidores buscam uma acomodação depois de tomarem risco nos primeiros dias do novo ano em reação ao desfecho que evitou o abismo fiscal nos EUA.
Porém, como ficaram pendências à frente - principalmente em relação ao corte de gastos de programas sociais e à elevação do teto da dívida norte-americana - as atenções se voltam para as novas discussões em Washington sobre tais pontos que ficaram em aberto.
No horário acima, em Wall Street, os índices futuros do S&P 500 e do Dow Jones exibiam perdas de 0,09% e 0,12%, em dia sem previsão de divulgação de indicadores nos EUA. Na Europa, apesar dos ganhos do setor financeiro, as Bolsas de Paris e de Frankfurt cediam 0,56% e 0,50%, nesta ordem.
Em comentário diário, o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, afirma que "o ano de 2013 começa mesmo, para valer, a partir de hoje". Ele lembra, porém, que mesmo com os mercados financeiros "meio enforcados" na semana passada, a Bolsa subiu 2,58%, o que, segundo ele, "não é exatamente ruim". O especialista destaca ainda que os recursos estrangeiros continuam migrando para a Bolsa neste início de ano, o que pode içar a Bolsa para patamares mais elevados.
São Paulo - Apesar de iniciar 2013 garantindo ganho de 2,6%, a Bovespa abriu o pregão desta segunda-feira tentando dar continuidade à trajetória de alta, interrompida após a realização de lucros na última sexta-feira (04).
No exterior, porém, os investidores fazem uma pausa nos negócios com risco, depois de mostrarem apetite elevado por esses ativos, em reação ao acordo que evitou o abismo fiscal nos Estados Unidos.
As pendências que ficaram sobre essa questão e a fraca agenda econômica do dia contribuem para uma acomodação dos mercados internacionais. Por aqui, as ações dos bancos chamam atenção após a decisão do Banco de Compensações Internacionais (BIS) sobre Basileia 3. Por volta das 10h10, o Ibovespa tinha leve alta de 0,20%, aos 62.651 pontos.
Um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista tem dúvidas, porém, se o setor financeiro doméstico irá acompanhar a alta verificada entre as ações dos bancos negociadas no exterior, uma vez que, no Brasil, as exigências de capital já são mais rígidas. Tanto que a decisão do BIS de flexibilizar cronograma e regras para Basileia 3 era acompanhada com certa tranquilidade pelo Banco Central brasileiro, que já monitorava o indicador diariamente.
Com isso, o foco dos negócios domésticos deve ficar direcionado ao cenário macroeconômico externo, onde os investidores buscam uma acomodação depois de tomarem risco nos primeiros dias do novo ano em reação ao desfecho que evitou o abismo fiscal nos EUA.
Porém, como ficaram pendências à frente - principalmente em relação ao corte de gastos de programas sociais e à elevação do teto da dívida norte-americana - as atenções se voltam para as novas discussões em Washington sobre tais pontos que ficaram em aberto.
No horário acima, em Wall Street, os índices futuros do S&P 500 e do Dow Jones exibiam perdas de 0,09% e 0,12%, em dia sem previsão de divulgação de indicadores nos EUA. Na Europa, apesar dos ganhos do setor financeiro, as Bolsas de Paris e de Frankfurt cediam 0,56% e 0,50%, nesta ordem.
Em comentário diário, o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, afirma que "o ano de 2013 começa mesmo, para valer, a partir de hoje". Ele lembra, porém, que mesmo com os mercados financeiros "meio enforcados" na semana passada, a Bolsa subiu 2,58%, o que, segundo ele, "não é exatamente ruim". O especialista destaca ainda que os recursos estrangeiros continuam migrando para a Bolsa neste início de ano, o que pode içar a Bolsa para patamares mais elevados.