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Bovespa fecha em queda e renova mínima em quase 7 anos

O Ibovespa caiu 1,08 por cento, a 37.645 pontos, renovando a mínima desde 9 de março de 2009

Bovespa: o Ibovespa caiu 1,08 por cento, a 37.645 pontos, renovando a mínima desde 9 de março de 2009 (Marcos Issa/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 18h37.

São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em queda de 1 por cento nesta quarta-feira, afetada pela forte aversão a risco no ambiente financeiro global, em meio à queda do preço do petróleo para menos de 27 dólares o barril.

O Ibovespa caiu 1,08 por cento, a 37.645 pontos, renovando a mínima desde 9 de março de 2009. Durante o pregão, o índice de referência do mercado acionário chegou a desabar 2,66 por cento. O volume financeiro somou 5,26 bilhões de reais.

No ano, a queda do Ibovespa supera 13 por cento.

Em nota a clientes, o banco UBS destacou que agentes financeiros estão assustados com a ausência de qualquer estímulo relevante do governo chinês para contrabalançar a desaceleração daquela economia após bateria recente de dados fracos.

No caso das commodities, o barril de petróleo WTI nos Estados Unidos despencou quase 7 por cento, para 26,55 dólares, em meio a preocupações com a ampla oferta e à desaceleração da economia global.

Em Wall Street, os principais índices desaceleraram fortemente as perdas perto do encerramento do pregão, ajudando a reduzir a queda na Bovespa. Na cena doméstica, também pesou o ruído gerado por comentários do presidente do Banco Central na terça-feira, que adicionaram incertezas sobre o rumo da taxa básica de juros e eventual interferência política.

Em véspera de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, em um movimento raro, o titular da instituição, Alexandre Tombini, avaliou como "significativas" as revisões para o crescimento do Brasil feitas pelo FMI e acrescentou que o comitê irá considerar todas as informações disponíveis e relevantes ao definir os juros.

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em queda de 4,94 por cento, a 4,43 reais, mínima desde 16 de abril de 2003, diante de novo tombo dos preços do petróleo e persistentes apreensões com o futuro da companhia, dado o elevado endividamento e o risco de necessidade de capitalização. Os papéis ordinários caíram 3,58 por cento, a 5,93 reais. Em 2016, Petrobras PN já contabiliza declínio de 33,88 por cento e Petrobras ON, de 30,81 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO caiu 1,41 por cento, também pesando no Ibovespa dada a relevante fatia que detém no índice, em meio ao ambiente global desfavorável e incertezas domésticas. - VALE teve queda de 1,28 por cento nas preferenciais de classe A, a 6,95 reais, piso desde 13 de julho de 2004. Além de preocupações com o cenário para os preços do minério de ferro na China, os papéis da mineradora também seguem pressionados por temores sobre desdobramentos do desastre envolvendo a Samarco, joint venture da Vale e da a anglo-australiana BHP Billiton. Os papéis ordinários fecharam com acréscimo de 0,33 por cento. No ano, os papéis acumulam perda ao redor de 30 por cento.

- RUMO ALL desabou 9,84 por cento, ampliando o recuo em 2016 para quase 65 por cento, conforme permanecem as apreensões com o nível de endividamento da empresa de logística ferroviária em meio a provável cancelamento de capitalização. A empresa convocou na véspera acionistas para Assembleia Geral Extraordinária em 4 de fevereiro para deliberar sobre o cancelamento do aumento de capital.

- BM&FBOVESPA perdeu 2,66 por cento e também pesou no índice. A equipe de analistas da corretora J.Safra cortou a recomendação das ações para "neutra" e o preço-alvo de 14 para 12,60 reais, citando que vê risco de a operadora da bolsa paulista pagar a mais pela Cetip em uma possível aquisição. "Além disso, 2016 deve ser um ano desafiador em termos de crescimento de lucro, com volumes e despesa sob pressão", disseram os analistas. A ação da Cetip avançou 1,54 por cento - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR reverteu as perdas na parte final do pregão e fechou em alta de 0,63 por cento, tendo disparado quase 7 por cento na máxima, em meio a especulações sobre eventual anúncio de mudança no corpo executivo da companhia. Após o fechamento, a companhia anunciou a nomeação de dois executivos para os negócios de multivarejo do grupo, que incluem hipermercados, supermercados e lojas de proximidade.

- BRASKEM subiu 1,43 por cento, na esteira do recuo dos preços do petróleo em razão do efeito baixista no nafta, principal custo para a petroquímica, além da valorização do dólar sobre o real.

Texto atualizado às 19h36

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São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em queda de 1 por cento nesta quarta-feira, afetada pela forte aversão a risco no ambiente financeiro global, em meio à queda do preço do petróleo para menos de 27 dólares o barril.

O Ibovespa caiu 1,08 por cento, a 37.645 pontos, renovando a mínima desde 9 de março de 2009. Durante o pregão, o índice de referência do mercado acionário chegou a desabar 2,66 por cento. O volume financeiro somou 5,26 bilhões de reais.

No ano, a queda do Ibovespa supera 13 por cento.

Em nota a clientes, o banco UBS destacou que agentes financeiros estão assustados com a ausência de qualquer estímulo relevante do governo chinês para contrabalançar a desaceleração daquela economia após bateria recente de dados fracos.

No caso das commodities, o barril de petróleo WTI nos Estados Unidos despencou quase 7 por cento, para 26,55 dólares, em meio a preocupações com a ampla oferta e à desaceleração da economia global.

Em Wall Street, os principais índices desaceleraram fortemente as perdas perto do encerramento do pregão, ajudando a reduzir a queda na Bovespa. Na cena doméstica, também pesou o ruído gerado por comentários do presidente do Banco Central na terça-feira, que adicionaram incertezas sobre o rumo da taxa básica de juros e eventual interferência política.

Em véspera de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, em um movimento raro, o titular da instituição, Alexandre Tombini, avaliou como "significativas" as revisões para o crescimento do Brasil feitas pelo FMI e acrescentou que o comitê irá considerar todas as informações disponíveis e relevantes ao definir os juros.

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em queda de 4,94 por cento, a 4,43 reais, mínima desde 16 de abril de 2003, diante de novo tombo dos preços do petróleo e persistentes apreensões com o futuro da companhia, dado o elevado endividamento e o risco de necessidade de capitalização. Os papéis ordinários caíram 3,58 por cento, a 5,93 reais. Em 2016, Petrobras PN já contabiliza declínio de 33,88 por cento e Petrobras ON, de 30,81 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO caiu 1,41 por cento, também pesando no Ibovespa dada a relevante fatia que detém no índice, em meio ao ambiente global desfavorável e incertezas domésticas. - VALE teve queda de 1,28 por cento nas preferenciais de classe A, a 6,95 reais, piso desde 13 de julho de 2004. Além de preocupações com o cenário para os preços do minério de ferro na China, os papéis da mineradora também seguem pressionados por temores sobre desdobramentos do desastre envolvendo a Samarco, joint venture da Vale e da a anglo-australiana BHP Billiton. Os papéis ordinários fecharam com acréscimo de 0,33 por cento. No ano, os papéis acumulam perda ao redor de 30 por cento.

- RUMO ALL desabou 9,84 por cento, ampliando o recuo em 2016 para quase 65 por cento, conforme permanecem as apreensões com o nível de endividamento da empresa de logística ferroviária em meio a provável cancelamento de capitalização. A empresa convocou na véspera acionistas para Assembleia Geral Extraordinária em 4 de fevereiro para deliberar sobre o cancelamento do aumento de capital.

- BM&FBOVESPA perdeu 2,66 por cento e também pesou no índice. A equipe de analistas da corretora J.Safra cortou a recomendação das ações para "neutra" e o preço-alvo de 14 para 12,60 reais, citando que vê risco de a operadora da bolsa paulista pagar a mais pela Cetip em uma possível aquisição. "Além disso, 2016 deve ser um ano desafiador em termos de crescimento de lucro, com volumes e despesa sob pressão", disseram os analistas. A ação da Cetip avançou 1,54 por cento - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR reverteu as perdas na parte final do pregão e fechou em alta de 0,63 por cento, tendo disparado quase 7 por cento na máxima, em meio a especulações sobre eventual anúncio de mudança no corpo executivo da companhia. Após o fechamento, a companhia anunciou a nomeação de dois executivos para os negócios de multivarejo do grupo, que incluem hipermercados, supermercados e lojas de proximidade.

- BRASKEM subiu 1,43 por cento, na esteira do recuo dos preços do petróleo em razão do efeito baixista no nafta, principal custo para a petroquímica, além da valorização do dólar sobre o real.

Texto atualizado às 19h36
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