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Bovespa fecha em baixa de 0,06%, aos 71.638,38 pontos

Por Sueli Campo São Paulo - A Bovespa bem que tentou virar o jogo na última hora de negócios sintonizada com as Bolsas norte-americanas, que migraram para o lado positivo após a notícia de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) vai comprar US$ 105 bilhões em Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) nos […]

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2010 às 17h44.

Por Sueli Campo

São Paulo - A Bovespa bem que tentou virar o jogo na última hora de negócios sintonizada com as Bolsas norte-americanas, que migraram para o lado positivo após a notícia de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) vai comprar US$ 105 bilhões em Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) nos próximos 30 dias. Desse total, US$ 75 bilhões fazem parte do programa de recuperação da economia anunciado no começo do mês e os US$ 30 bilhões restantes já haviam sido anunciados em agosto. A notícia é boa porque os recursos devem alimentar a cambaleante economia dos EUA.

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No entanto, o anúncio do Fed assim como os indicadores econômicos benignos apresentados nos EUA logo cedo não apagaram a cautela com o que pode sair da reunião de cúpula do G-20 que começa amanhã em Seul. E a Bovespa acabou se deixando contaminar pela hesitação do índice Dow Jones e fechou em baixa de 0,06%, aos 71.638,38 pontos, o que não foi de todo um desempenho ruim considerando-se que na mínima do dia chegou a cair 1,13%, voltando momentaneamente à faixa dos 70 mil pontos. O volume negociado cresceu para R$ 7,3 bilhões.

Em Nova York, às 18h26, o Dow Jones cedia 0,02%, enquanto o S&P 500 subia 0,28% e o Nasdaq avançava 0,48%.

Na Bovespa, que passou o dia grudada em Nova York, o setor bancário esteve na berlinda, especialmente os bancos menores depois do anúncio do aporte de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) no Banco Panamericano, controlado pelo Grupo Silvio Santos. As ações do Panamericano, que ficaram em leilão durante toda a primeira hora do pregão, desabaram 29,54% e estiveram entre as mais negociadas da Bolsa. Em nota a imprensa divulgada à tarde, o Panamericano informou que com o aporte de R$ 2,5 bilhões passa a contar com caixa de R$ 3,8 bilhões. Esse total, diz o banco, "cobre com bastante folga todos os seus compromissos e mantém a solvência e segurança da instituição com tranquilidade".

Embora seja considerado um caso isolado pelos analistas, essa notícia é negativa no curto prazo pois gera desconfiança especialmente sobre os bancos menores. Tanto que os papéis das instituições de médio porte foram castigados por ordens de vendas hoje. BicBanco (-5,36%) Paraná Banco (-4,44%), Sofisa (-4,81%), Daycoval (-2,98%) e Pine (-2,60%).

Na outra frente, os bancos grandes, que ontem sofreram com os rumores e a queda do setor em Nova York, hoje viram suas ações ensaiarem recuperação, o que pode estar associado também a um movimento de "flight-to-quality', ou seja, migração de depósitos de instituições menores para maiores. Bradesco PN subiu 1,39%; Santander units teve alta de 1,06%; Itaú Unibanco avançou 1,16%. Banco do Brasil ON teve ligeira baixa de 0,09%.

Segundo uma fonte, a ação do controlador do Panamericano de garantir os recursos para evitar uma intervenção na instituição é muito positiva. "É como se o Grupo Silvio Santos estendesse essa garantia a todos os acionistas", ilustrou. Havia o temor ontem de que o mercado colocasse em xeque a credibilidade do BC em termos de controle e regulação, o que seria nocivo para o setor financeiro.

As blue chips tiveram um desempenho pálido. Petrobras, que divulga balanço do terceiro trimestre amanhã após o fechamento do pregão, oscilou ao longo do dia. A ON fechou em ligeira alta de 0,13% e a PN +0,04%.

No caso de Vale, a alta foi limitada pelo fraco desempenho das commodities metálicas e redução de 19% nas importações de minério de ferro pela China em outubro ante setembro (de 56,2 milhões de toneladas para 45,72 milhões), segundo dados preliminares divulgados pela Administração Geral da Alfândega. A PNA subiu 0,32% e a ON cedeu 0,18%.

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