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Bovespa fecha em alta em dia de vencimentos e ajustes a ADRs

A Bovespa fechou em alta pelo 3º pregão seguido, em sessão marcada por vencimentos do Ibovespa e ajustes ao movimento dos recibos de ações negociados em NY

Bovespa: o Ibovespa encerrou em alta de 1,27%, a 51.280 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 17h22.

SÃO PAULO - A Bovespa teve a terceira alta seguida nesta Quarta-feira de Cinzas e seu principal índice acima dos 51 mil pontos pela primeira vez em mais de dois meses, em sessão marcada por vencimentos do Ibovespa e ajustes aos recibos de ações em Nova York, na véspera.

No exterior, as praças acionárias na Europa e Estados Unidos não mostraram rumo comum, com expectativas pelas negociações entre Grécia e seus credores sobre o resgate ao país que expira no fim deste mês.

No fechamento, o Federal Reserve divulgou a ata da sua última reunião de política monetária, adicionando volatilidade em Wall Street, e respingando um pouco na Bovespa.

Ainda assim, o principal índice da bolsa paulista encerrou em alta de 1,27 por cento, a 51.280 pontos. O giro financeiro da sessão somou 16,5 bilhões de reais, incluindo o adicional do vencimento de opções sobre o índice.

Além do ajuste de ações ao desempenho dos ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) na véspera, e dos vencimentos do Ibovespa (opções e contrato futuro), o gerente de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, citou a participação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em evento nos Estados Unidos.

"A atitude de Levy tentando passar o maior comprometimento possível com as metas estipuladas também ajudou um pouco, embora o dia não teve nada de muito novo", ponderou o profissional.

Em Nova York, Levy afirmou que o país está deixando as medidas anticíclicas para trás e que a política monetária vai se tornar mais restritiva "mais cedo ou mais tarde". Disse também que está confiante na economia brasileira, apesar de compreender os temores dos investidores.

Do noticiário corporativo, Usiminas reportou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 301,8 milhões de reais no trimestre, queda de 41 por cento sobre um ano antes. Ainda assim, a ação subiu 4,17 por cento.

Analistas destacaram em relatórios que parte do resultado se deu por itens não recorrentes, como a venda de energia, e reforçaram o cenário desfavorável para o setor. As ações preferenciais da Petrobras voltaram a fechar acima de 10 reais, o que não acontecia desde o início do ano, com o noticiário da estatal incluindo dados de produção de petróleo e gás natural no Brasil, na sexta-feira, mostrando estabilidade.

Para a equipe do Itaú BBA, contudo, o mercado está olhando pouco para dados de produção neste momento. "O foco segue nos desafios envolvendo a definição das baixas contábeis e se a companhia conseguirá atingir os prazos para publicar as demonstrações financeiras de 2014", escreveram em nota.

A administradora de planos de saúde Qualicorp esteve entre as maiores altas, subindo 7,14 por cento, embora ainda acumule perda de 5,65 por cento em fevereiro com incertezas sobre o setor.

As empresas de educação Kroton e Estácio subiram 2,34 e 4,36 por cento, respectivamente. A aprovação do reajuste reajuste acima da inflação nas matrículas do Fies trouxe esperanças de que o governo também irá ceder em outras mudanças nas regras do programa de financiamento ao ensino.

*Atualizada às 18h22 do dia 18/02/2015

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SÃO PAULO - A Bovespa teve a terceira alta seguida nesta Quarta-feira de Cinzas e seu principal índice acima dos 51 mil pontos pela primeira vez em mais de dois meses, em sessão marcada por vencimentos do Ibovespa e ajustes aos recibos de ações em Nova York, na véspera.

No exterior, as praças acionárias na Europa e Estados Unidos não mostraram rumo comum, com expectativas pelas negociações entre Grécia e seus credores sobre o resgate ao país que expira no fim deste mês.

No fechamento, o Federal Reserve divulgou a ata da sua última reunião de política monetária, adicionando volatilidade em Wall Street, e respingando um pouco na Bovespa.

Ainda assim, o principal índice da bolsa paulista encerrou em alta de 1,27 por cento, a 51.280 pontos. O giro financeiro da sessão somou 16,5 bilhões de reais, incluindo o adicional do vencimento de opções sobre o índice.

Além do ajuste de ações ao desempenho dos ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) na véspera, e dos vencimentos do Ibovespa (opções e contrato futuro), o gerente de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, citou a participação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em evento nos Estados Unidos.

"A atitude de Levy tentando passar o maior comprometimento possível com as metas estipuladas também ajudou um pouco, embora o dia não teve nada de muito novo", ponderou o profissional.

Em Nova York, Levy afirmou que o país está deixando as medidas anticíclicas para trás e que a política monetária vai se tornar mais restritiva "mais cedo ou mais tarde". Disse também que está confiante na economia brasileira, apesar de compreender os temores dos investidores.

Do noticiário corporativo, Usiminas reportou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 301,8 milhões de reais no trimestre, queda de 41 por cento sobre um ano antes. Ainda assim, a ação subiu 4,17 por cento.

Analistas destacaram em relatórios que parte do resultado se deu por itens não recorrentes, como a venda de energia, e reforçaram o cenário desfavorável para o setor. As ações preferenciais da Petrobras voltaram a fechar acima de 10 reais, o que não acontecia desde o início do ano, com o noticiário da estatal incluindo dados de produção de petróleo e gás natural no Brasil, na sexta-feira, mostrando estabilidade.

Para a equipe do Itaú BBA, contudo, o mercado está olhando pouco para dados de produção neste momento. "O foco segue nos desafios envolvendo a definição das baixas contábeis e se a companhia conseguirá atingir os prazos para publicar as demonstrações financeiras de 2014", escreveram em nota.

A administradora de planos de saúde Qualicorp esteve entre as maiores altas, subindo 7,14 por cento, embora ainda acumule perda de 5,65 por cento em fevereiro com incertezas sobre o setor.

As empresas de educação Kroton e Estácio subiram 2,34 e 4,36 por cento, respectivamente. A aprovação do reajuste reajuste acima da inflação nas matrículas do Fies trouxe esperanças de que o governo também irá ceder em outras mudanças nas regras do programa de financiamento ao ensino.

*Atualizada às 18h22 do dia 18/02/2015

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