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Bovespa fecha em alta após sessão volátil com Fed

O Ibovespa fechou em alta, após sessão marcada pela decisão do banco central dos EUA de não alterar os juros

BM&FBovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,47%, a 48.779 pontos (REUTERS/Nacho Doce)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 17h56.

São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice estável nesta quinta-feira, após sessão volátil, marcada pela decisão do banco central norte-americano de não alterar os juros, enquanto o cenário político doméstico seguiu adicionando incertezas para a retomada da economia no Brasil.

O Ibovespa fechou estável, a 48.551 pontos. O giro financeiro totalizou 7,4 bilhões de reais. O Federal Reserve deixou inalteradas as taxas de juros nesta quinta-feira, em um sinal de preocupação com a fraqueza econômica global, mas deixou aberta a possibilidade de um modesto aperto da política monetária ainda este ano.

Em recuo tático, o Fed disse que uma série de riscos globais e outros fatores o convenceu a adiar o que seria o primeiro aumento de juros em quase uma década.

O BNP Paribas avaliou que o Fed emitiu um forte sinal "dovish", ao não elevar os juros, reduzir a sua expectativa de longo prazo para a economia, mudar para baixo a trajetória projetada para os juros e fazer poucas mudanças no comunicado que acompanhou a decisão. O Ibovespa atingiu a máxima da sessão após a decisão, com alta de 1,74 por cento, mas não sustentou os ganhos, mostrando forte volatilidade. A mínima do dia foi registrada pela manhã, quando o índice caiu quase 1 por cento.

As operações domésticas ainda permanecem pressionadas pelo ceticismo quanto a um desfecho para a crise política, enquanto crescem as dificuldades relacionadas ao ajuste fiscal, considerado necessário para a retomada da confiança no país.

Nesta quinta-feira, adicionou ruído reportagem do jornal Valor Econômico afirmando que o Instituto Lula e o PT trabalham para uma guinada na política econômica, que exigiria as saídas do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

DESTAQUES

=VALE respondeu pela principal contribuição positiva ao fechar com as preferenciais de classe A em alta de 3,24 por cento e as ordinárias com ganho de 2,36 por cento, acompanhando a alta dos preços do minério de ferro na China. Agentes financeiros também estão na expectativa acerca do pagamento da segunda parcela de dividendos da empresa, previsto para outubro.

=KROTON EDUCACIONAL ganhou 5,52 por cento, em dia de recuperação de papéis de educação no Ibovespa, com ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES subindo 2,58 por cento. Os papéis acumulam declínio ao redor de 40 por cento no ano.

=OI saltou 8,86 por cento, ainda afetada por operações no mercado de aluguel de ações, em meio ao processo conversão das ações preferenciais da operadora de telecomunicações em ordinárias. Proprietários dos papéis que alugaram as ações e têm interesse em participar da conversão estão pedindo os papéis de volta, o que cria uma demanda de compra no mercado à vista, uma vez que há escassez dos papéis no mercado de aluguel.

=PETROBRAS fechou em queda de 3,44 por cento nas preferenciais e de 2,11 por cento nos papéis ordinários, após alta expressiva das ações na véspera, em meio à debilidade dos preços do petróleo. =PÃO DE ACÚCAR caiu 4,20 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa. O Itaú BBA publicou relatório revisando suas projeções sobre o desempenho da empresa, no qual destacou que a área de varejo do grupo está levando mais tempo para se recuperar, apesar de todas as iniciativas para reacender as vendas nas mesmas lojas. A recomendação "outperform" foi mantida, mas o preço-alvo foi reduzido de 100 para 80 reais.

Texto atualizado às 17h56

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São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice estável nesta quinta-feira, após sessão volátil, marcada pela decisão do banco central norte-americano de não alterar os juros, enquanto o cenário político doméstico seguiu adicionando incertezas para a retomada da economia no Brasil.

O Ibovespa fechou estável, a 48.551 pontos. O giro financeiro totalizou 7,4 bilhões de reais. O Federal Reserve deixou inalteradas as taxas de juros nesta quinta-feira, em um sinal de preocupação com a fraqueza econômica global, mas deixou aberta a possibilidade de um modesto aperto da política monetária ainda este ano.

Em recuo tático, o Fed disse que uma série de riscos globais e outros fatores o convenceu a adiar o que seria o primeiro aumento de juros em quase uma década.

O BNP Paribas avaliou que o Fed emitiu um forte sinal "dovish", ao não elevar os juros, reduzir a sua expectativa de longo prazo para a economia, mudar para baixo a trajetória projetada para os juros e fazer poucas mudanças no comunicado que acompanhou a decisão. O Ibovespa atingiu a máxima da sessão após a decisão, com alta de 1,74 por cento, mas não sustentou os ganhos, mostrando forte volatilidade. A mínima do dia foi registrada pela manhã, quando o índice caiu quase 1 por cento.

As operações domésticas ainda permanecem pressionadas pelo ceticismo quanto a um desfecho para a crise política, enquanto crescem as dificuldades relacionadas ao ajuste fiscal, considerado necessário para a retomada da confiança no país.

Nesta quinta-feira, adicionou ruído reportagem do jornal Valor Econômico afirmando que o Instituto Lula e o PT trabalham para uma guinada na política econômica, que exigiria as saídas do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

DESTAQUES

=VALE respondeu pela principal contribuição positiva ao fechar com as preferenciais de classe A em alta de 3,24 por cento e as ordinárias com ganho de 2,36 por cento, acompanhando a alta dos preços do minério de ferro na China. Agentes financeiros também estão na expectativa acerca do pagamento da segunda parcela de dividendos da empresa, previsto para outubro.

=KROTON EDUCACIONAL ganhou 5,52 por cento, em dia de recuperação de papéis de educação no Ibovespa, com ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES subindo 2,58 por cento. Os papéis acumulam declínio ao redor de 40 por cento no ano.

=OI saltou 8,86 por cento, ainda afetada por operações no mercado de aluguel de ações, em meio ao processo conversão das ações preferenciais da operadora de telecomunicações em ordinárias. Proprietários dos papéis que alugaram as ações e têm interesse em participar da conversão estão pedindo os papéis de volta, o que cria uma demanda de compra no mercado à vista, uma vez que há escassez dos papéis no mercado de aluguel.

=PETROBRAS fechou em queda de 3,44 por cento nas preferenciais e de 2,11 por cento nos papéis ordinários, após alta expressiva das ações na véspera, em meio à debilidade dos preços do petróleo. =PÃO DE ACÚCAR caiu 4,20 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa. O Itaú BBA publicou relatório revisando suas projeções sobre o desempenho da empresa, no qual destacou que a área de varejo do grupo está levando mais tempo para se recuperar, apesar de todas as iniciativas para reacender as vendas nas mesmas lojas. A recomendação "outperform" foi mantida, mas o preço-alvo foi reduzido de 100 para 80 reais.

Texto atualizado às 17h56
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