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Bovespa demonstra fraqueza na abertura

Internamente, a Bolsa brasileira segue atenta aos passos da equipe econômica a fim de manter a inflação sob controle


	Bovespa: por volta das 10h10, o Ibovespa caía 0,31%, aos 58.365,23 pontos, na pontuação mínima até então
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: por volta das 10h10, o Ibovespa caía 0,31%, aos 58.365,23 pontos, na pontuação mínima até então (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 11h17.

São Paulo - A realização de lucros ensaiada pela Bovespa durante praticamente todo o dia de segunda-feira (11) foi adiada para esta terça-feira, já a hesitação dos mercados internacionais abre espaço para um embolso dos ganhos recentes por aqui.

A agenda econômica do dia é novamente fraca. Por volta das 10h10, o Ibovespa caía 0,31%, aos 58.365,23 pontos, na pontuação mínima até então.

"Ontem era para a Bolsa ter um dia de ajuste de queda", avalia, em relatório, o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira. Mas, "três fatores mudaram um pouco tudo isso", acrescente ele, referindo-se à melhora das Bolsas norte-americanas na reta final, ao encerramento mais cedo do pregão em Wall Street (17h) e aos ganhos nas ações de Vale e Petrobras.

"Hoje, o dia começou mostrando realizações nas principais bolsas no exterior", completa Bandeira, acreditando que tal movimento deve ser acompanhado pela Bolsa brasileira. Para ele, seria "bom" que o Ibovespa não perdesse a faixa de 58,2 mil pontos ou, "na pior hipótese", dos 57,8 mil pontos.

No horário acima, o futuro do S&P 500 caía 0,11%, neste dia esvaziado em termos de dados econômicos relevantes nos Estados Unidos. Já na Europa, as principais bolsas oscilavam entre ligeiras altas e baixas, com os investidores digerindo os resultados dos leilões de bônus soberanos de Espanha e Itália.

Enquanto o Tesouro do primeiro país vendeu acima do pretendido, a um custo menor de financiamento, o segundo teve de pagar mais caro para conseguiu colocar todo o montante esperado.

Internamente, a Bolsa brasileira segue atenta aos passos da equipe econômica a fim de manter a inflação sob controle.

A nova frente seria uma ofensiva do ministro da Fazenda, Guido Mantega, junto aos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que os parlamentares sejam parceiros do governo e votem na proposta de redução da alíquota do ICMS, em análise no Congresso.

A medida seria um instrumento adicional à redução dos preços. Para o economista da Órama, a impressão que dá é que "o governo está tentando administrada o índice", no caso o IPCA, "ao invés de conter realmente as pressões inflacionárias".

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