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Com 3a alta, índice alcança maior nível em 3 semanas

Para profissionais do mercado, o arrefecimento da saída de recursos de estrangeiros dos mercados emergentes seguiu dando fôlego à recuperação do Ibovespa

Um dos destaques, Lojas Renner subiu 2,63 por cento, a 53,05 reais, após o Credit Suisse elevar a recomendação do papel de "neutro" para "acima da média do mercado" (Antonio Milena/EXAME)

Um dos destaques, Lojas Renner subiu 2,63 por cento, a 53,05 reais, após o Credit Suisse elevar a recomendação do papel de "neutro" para "acima da média do mercado" (Antonio Milena/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 18h25.

São Paulo - O investidor seguiu na ponta compradora de ações pela terceira sessão seguida na Bovespa, cujo principal índice fechou esta sexta-feira no maior nível em mais de três semanas, apoiado nos ganhos de empresas ligadas ao mercado doméstico e da Petrobras.

Também refletindo o desempenho positivo de Wall Street, o Ibovespa <.BVSP> avançou 0,56 por cento, para 68.066 pontos, o maior patamar de fechamento desde 26 de janeiro. O giro financeiro da sessão somou 5,66 bilhões de reais.

Para profissionais do mercado, o arrefecimento da saída de recursos de estrangeiros dos mercados emergentes seguiu dando fôlego à recuperação do Ibovespa, que fechou a semana com alta acumulada de 3,5 por cento. Em fevereiro, até o dia 16, o fluxo de estrangeiros na Bovespa é negativo em 2,1 bilhões de reais.

"Os investidores internacionais estão ressabiados com os emergentes, por conta da piora nos fundamentos", disse Carlos Levorin, sócio da Grau Gestão de Recursos.

Segundo o banco Fator, a reunião dos ministros das finanças do G-20 em Paris, que começou nesta sexta-feira e continua no sábado, será monitorada. No encontro estão sendo discutidas propostas para corrigir desequilíbrios globais, incluindo mecanismos para impedir a volatilidade das commodities.

O dia começou com tendência negativa, após a China anunciar nova elevação de 0,5 ponto do depósito compulsório bancário para tentar conter o ritmo de expansão da economia.

A mineradora Vale, que tem na China um dos seus principais mercados, viu sua ação preferencial cair 0,73 por cento, para 50,24 reais.

Ao longo do dia, no entanto, prevaleceu no índice os ganhos de papéis de companhias ligadas a varejo, construção civil e meios de pagamentos.

Um dos destaques, Lojas Renner subiu 2,63 por cento, a 53,05 reais, após o Credit Suisse elevar a recomendação do papel de "neutro" para "acima da média do mercado".

Dentre as construtoras, MRV puxou a fila, com alta de 4,47 por cento, a 13,80 reais. A empresa de cartões Cielo ganhou 3,11 por cento, a 13,25 reais.

O papel preferencial da Petrobras , um dos alvos principais do mercado de opções de ações, que tem exercício na segunda-feira, subiu 0,44 por cento, a 27,37 reais.

Na ponta de baixo, BM&FBovespa foi alvejada por realização de lucros após ter reportado na quinta-feira à noite lucro de 261,5 milhões no quarto trimestre. O papel caiu 1,76 por cento, a 11,69 reais, também na esteira de relatório do Credit Suisse que reduziu o preço-alvo do papel de 17 para 15 reais.

(Edição de Isabel Versiani)

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