Exame Logo

Bovespa cai pelo 2º dia por vendas e notícias corporativas

Principal índice da bolsa paulista caiu 0,84 por cento, a 47.812 pontos

Telão da Bovespa: giro financeiro do pregão totalizou 5,7 bilhões de reais (Alexandre Battibugli/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 17h05.

São Paulo - O recuo das vendas no varejo brasileiro em dezembro e notícias corporativas negativas desanimaram investidores e levaram a Bovespa a fechar pelo segundo dia consecutivo em queda nesta quinta-feira.

O Ibovespa , principal índice da bolsa paulista, caiu 0,84 por cento, a 47.812 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou 5,7 bilhões de reais.

Na mínima, o índice chegou a perder mais de 2 por cento, mas desacelerou a queda diante da leve alta do Dow Jones e do S&P 500 nos Estados Unidos, além da redução das perdas da mineradora Vale.

O principal índice da bolsa paulista foi fortemente pressionado pelas ações de Petrobras e do Banco do Brasil.

As ações do banco estatal recuaram 4,93 por cento, em reação à queda de 23,7 por cento no lucro líquido da instituição no quarto trimestre e projeções menores para a expansão do crédito e da rentabilidade em 2014. O resultado do BB foi pressionado pelo aumento de provisões para perdas com crédito, apesar da queda na inadimplência.

O Bradesco BBI rebaixou a ação do Banco do Brasil para "market perform" (em linha com a performance do mercado) ante "outperform" (acima da performance do mercado), "diante dos números mais fracos que o esperado e, especialmente, da surpresa mais negativa em relação às projeções".

As ações da companhia de cosméticos Natura também recuaram após a divulgação do resultado trimestral.

Outro destaque entre as quedas do dia foi o papel da companhia de saneamento Sabesp. A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) divulgou nesta quinta-feira proposta de reajuste de 4,66 por cento da tarifa da empresa, percentual que foi mal recebido pelo mercado.

"A proposta de reajuste tarifário é inferior ao número pleiteado pela Sabesp, de 13,1 por cento, e ficou perto do piso das expectativas de analistas, que variavam entre 4 e 10 por cento", escreveram analistas da XP Investimentos.

No sentido oposto, a ação da Embraer teve a maior alta do Ibovespa, depois da fabricante de aviões anunciar pela manhã seu primeiro grande acordo com uma companhia aérea indiana, a Air Costa, num valor total de 2,94 bilhões de dólares.

O papel da Braskem também fechou em alta, apesar da petroquímica ter divulgado queda de 95 por cento no lucro do quarto trimestre, com analistas avaliando que os resultados poderiam ter sido ainda piores diante da forte valorização do dólar ante o real no período.

"A Braskem tem um custo em dólar muito alto, o que fez as despesas financeiras 'comerem' a parte operacional, mas o operacional foi bom e o mercado vê isso como saudável", disse o analista Henrique Kleine, da Corretora Magliano.

No cenário macroeconômico, as vendas no comércio varejista do Brasil recuaram 0,2 por cento em dezembro sobre o mês anterior e fecharam 2013 com a menor expansão em dez anos, reforçando o pessimismo do mercado com a atividade econômica.

"Não é o cenário básico de ninguém, mas algumas contas já mostram alguma probabilidade de Produto Interno Bruto com resultado negativo no quarto trimestre (de 2013). Estava fora de propósito até sair a produção industrial fraca, mas agora existe uma chance, e as vendas no varejo corroboram isso", disse o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.

Veja também

São Paulo - O recuo das vendas no varejo brasileiro em dezembro e notícias corporativas negativas desanimaram investidores e levaram a Bovespa a fechar pelo segundo dia consecutivo em queda nesta quinta-feira.

O Ibovespa , principal índice da bolsa paulista, caiu 0,84 por cento, a 47.812 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou 5,7 bilhões de reais.

Na mínima, o índice chegou a perder mais de 2 por cento, mas desacelerou a queda diante da leve alta do Dow Jones e do S&P 500 nos Estados Unidos, além da redução das perdas da mineradora Vale.

O principal índice da bolsa paulista foi fortemente pressionado pelas ações de Petrobras e do Banco do Brasil.

As ações do banco estatal recuaram 4,93 por cento, em reação à queda de 23,7 por cento no lucro líquido da instituição no quarto trimestre e projeções menores para a expansão do crédito e da rentabilidade em 2014. O resultado do BB foi pressionado pelo aumento de provisões para perdas com crédito, apesar da queda na inadimplência.

O Bradesco BBI rebaixou a ação do Banco do Brasil para "market perform" (em linha com a performance do mercado) ante "outperform" (acima da performance do mercado), "diante dos números mais fracos que o esperado e, especialmente, da surpresa mais negativa em relação às projeções".

As ações da companhia de cosméticos Natura também recuaram após a divulgação do resultado trimestral.

Outro destaque entre as quedas do dia foi o papel da companhia de saneamento Sabesp. A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) divulgou nesta quinta-feira proposta de reajuste de 4,66 por cento da tarifa da empresa, percentual que foi mal recebido pelo mercado.

"A proposta de reajuste tarifário é inferior ao número pleiteado pela Sabesp, de 13,1 por cento, e ficou perto do piso das expectativas de analistas, que variavam entre 4 e 10 por cento", escreveram analistas da XP Investimentos.

No sentido oposto, a ação da Embraer teve a maior alta do Ibovespa, depois da fabricante de aviões anunciar pela manhã seu primeiro grande acordo com uma companhia aérea indiana, a Air Costa, num valor total de 2,94 bilhões de dólares.

O papel da Braskem também fechou em alta, apesar da petroquímica ter divulgado queda de 95 por cento no lucro do quarto trimestre, com analistas avaliando que os resultados poderiam ter sido ainda piores diante da forte valorização do dólar ante o real no período.

"A Braskem tem um custo em dólar muito alto, o que fez as despesas financeiras 'comerem' a parte operacional, mas o operacional foi bom e o mercado vê isso como saudável", disse o analista Henrique Kleine, da Corretora Magliano.

No cenário macroeconômico, as vendas no comércio varejista do Brasil recuaram 0,2 por cento em dezembro sobre o mês anterior e fecharam 2013 com a menor expansão em dez anos, reforçando o pessimismo do mercado com a atividade econômica.

"Não é o cenário básico de ninguém, mas algumas contas já mostram alguma probabilidade de Produto Interno Bruto com resultado negativo no quarto trimestre (de 2013). Estava fora de propósito até sair a produção industrial fraca, mas agora existe uma chance, e as vendas no varejo corroboram isso", disse o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame