Mercados

Bovespa cai 1,7% com piora em Wall Street e Deutsche Bank

A agência de notícias Bloomberg noticiou que fundos retiraram parte do dinheiro em excesso e desmontaram posições mantidas junto ao Deutsche Bank


	Bovespa: o Ibovespa caiu 1,69%, a 58.350 pontos e perdendo o patamar dos 59 mil pontos reconquistados na véspera
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: o Ibovespa caiu 1,69%, a 58.350 pontos e perdendo o patamar dos 59 mil pontos reconquistados na véspera (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2016 às 18h25.

São Paulo - A bolsa paulista fechou com seu principal índice em queda nesta quinta-feira, pressionada pela piora no mercado acionário nos Estados Unidos e com as preocupações com o Deutsche Bank aumentando a aversão a risco.

O Ibovespa caiu 1,69 por cento, a 58.350 pontos e perdendo o patamar dos 59 mil pontos reconquistados na véspera.

O giro financeiro da sessão foi de 6,3 bilhões de reais.

A agência de notícias Bloomberg noticiou que fundos retiraram parte do dinheiro em excesso e desmontaram posições mantidas junto ao Deutsche Bank, o que levou a uma queda de mais de 6 por cento dos ADRs do banco alemão.

A causa imediata da crise do Deutsche é uma multa, questionada pelo banco alemão, de até 14 bilhões de dólares aplicada pelo Departamento de Justiça dos EUA, por conta de operações com títulos lastreados em hipotecas.

O mau humor contaminou a bolsa paulista de forma generalizada, com a maioria das ações que operavam no azul mais cedo não conseguindo sustentar o fôlego até o fim do pregão.

A preocupação com a saúde o banco alemão também pressionou Wall Street, onde o S&P 500 caiu 0,93 por cento, ofuscando a recuperação dos preços do petróleo, que firmaram-se em alta durante a tarde e fecharam com ganhos acima de 1 por cento.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 3,03 por cento e PETROBRAS ON teve baixa de 1,7 por cento, na contramão dos preços do petróleo que fecharam em alta após alguma volatilidade durante a manhã. Como pano de fundo, estava ainda a notícia de que os funcionários da petrolífera rejeitaram proposta de acordo coletivo e aprovaram indicativo de estado de greve.

- VALE PNA recuou 1,58 por cento e VALE ON perdeu 1,1 por cento. A sessão foi marcada por diversas notícias envolvendo a mineradora, como a aprovação de novos termos para a venda de fatia na mina de carvão de Moatize e do Corredor Logístico de Nacala (CLN), em Moçambique, à japonesa Mitsui. Além disso, a Vale havia informado que não houve deliberação sobre a venda de seu negócio de fertilizantes na reunião desta quinta-feira do conselho de administração, depois que o colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, informou que a Vale tinha aprovado a venda da área de fertilizantes para a norte-americana Mosaic e a norueguesa Yara.

- QUALICORP caiu 3,67 por cento, entre as maiores baixas do Ibovespa. No radar estava a notícia publicada pelo jornal O Globo de que a assembléia geral extraordinária da Unimed-Rio não aprovou o aporte de 500 milhões de reais e que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai notificar a cooperativa para que apresente outra forma de capitalização ou vai liquidar a Unimed-Rio extrajudicialmente.

- GERDAU recuou 0,22 por cento, CSN teve queda de 2,58 por cento e USIMINAS fechou estável. As ações das siderúrgicas operaram no azul durante boa parte do pregão, recebendo impulso da notícia que o governo brasileiro vai questionar na Organização Mundial do Comércio (OMC) as sobretaxas impostas pelos Estados Unidos às importações de aço laminado brasileiro.

- FIBRIA subiu 1,97 por cento, e a SUZANO PAPEL E CELULOSE avançou 2,5 por cento, entre os poucos papéis a conseguir se manter em território positivo. A Fibria anunciou aumento de 20 dólares no preço da tonelada de celulose vendida para a Ásia, com o novo valor válido a partir de 1º de outubro.

- BRASKEM ganhou 0,51 por cento, ampliando os ganhos de 10 por cento na véspera, após a aprovação de pagamento dividendos intermediários e beneficiada também pela prorrogação de imposição de tarifas antidumping a importações de resina de policloreto de vinila obtido por processo de suspensão (PVC-S) dos Estados Unidos e do México.

Acompanhe tudo sobre:B3bancos-de-investimentobolsas-de-valoresBraskemCapitalização da PetrobrasDeutsche BankEmpresasEmpresas abertasEmpresas alemãsEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasFibriaGás e combustíveisGerdauIndústria do petróleoMadeiraMercado financeiroMineraçãoPapel e CelulosePetrobrasPetróleoQualicorpQuímica e petroquímicaSetor de saúdeSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasValewall-street

Mais de Mercados

Apostas para próximo corte de 50 pb quase zeram após fala de ex-secretário do Tesouro dos EUA

Com projeção de Selic a 13,5%, Felipe Guerra, da Legacy, vê Ibovespa mais caro que a bolsa americana

Payroll forte chancela aposta em corte de 25 bps e aumenta expectativa por pouso suave

Ibovespa fecha no positivo após payroll aumentar expectativa por pouso suave nos EUA