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Bovespa cai 0,88% com Petrobras e siderúrgicas

Por Rosangela Dolis São Paulo - Pressionada por novas quedas das ações da Petrobras e por recuos expressivos também de ações do setor de siderurgia, a Bovespa fechou em baixa bem maior que a verificada pelo Dow Jones em Nova York. Aqui, as perdas de Petrobras determinadas desde o início da semana por relatórios de […]

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2010 às 14h42.

Por Rosangela Dolis

São Paulo - Pressionada por novas quedas das ações da Petrobras e por recuos expressivos também de ações do setor de siderurgia, a Bovespa fechou em baixa bem maior que a verificada pelo Dow Jones em Nova York. Aqui, as perdas de Petrobras determinadas desde o início da semana por relatórios de bancos e corretoras com avaliações negativas a respeito do desempenho dos papéis foram alavancadas hoje também por rumores em irregularidades em contratos. Em Nova York, a cautela mostrada por investidores com os dados sobre o mercado de trabalho (payroll) que saem amanhã mantiveram as bolsas oscilando entre negativo e positivo, sempre perto da linha de estabilidade.

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A Bovespa fechou em queda de 0,88%, aos 69.918,40 pontos. Ao longo da sessão, o Ibovespa oscilou da mínima de 69.313,57 pontos, em queda de 1,74%, à máxima de 70.738,87 pontos, com variação positiva de 0,28%. No mês, acumula ganho de 0,70% e no ano sobe 1,94%. O volume financeiro cresceu hoje para R$ 11,013 bilhões, ante R$ 8,750 bilhões ontem.

Petrobras reduziu as perdas à tarde, depois de afundar até 5,5% pela manhã, mas ainda assim fechou em queda expressiva. A PN cedeu 2,17%, cotada a R$ 25,30, e a ON 2,98%, a R$ 28,31. Em baixa desde segunda-feira, as ações da estatal acumulam forte desvalorização nesta semana, de 7,48% na ON e de 8,00% na PN. No mesmo período, o Ibovespa cai 0,44%.

Os relatórios negativos sobre a estatal divulgados esta semana foram elaborados por Bradesco, Itaú BBA, Morgan Stanley, Deutsche Bank, Bank of America/Merril Lynch e Barclays. Destes, o Bradesco foi o líder da capitalização da estatal e apenas o Barclays não teve participação direta na oferta.

Itaú e Barclays rebaixaram as recomendações da Petrobras para uma classificação em linha com o mercado e reduziram suas projeções de preço das ações da estatal. Os outros quatro bancos reduziram as projeções de preços. As justificativas dadas giram em torno do aumento da base de acionistas, dos altos preços pagos pela empresa pelas reservas do pré-sal compradas do governo e das perspectivas de custos para exploração do pré-sal. Como resultado, desde ontem, as ações da empresa estão cotadas por valores abaixo do definido para a oferta (R$ 29,65 para a ON e de R$ 26,30 para a PN).

Fontes ouvidas pela Agência Estado disseram que além da pressão vinda pelo rebaixamento da recomendação das ações de Petrobras e do preço dos ativos por vários bancos e corretoras nos últimos dias, questões políticas têm afastado os investidores da estatal, em meio a maior participação do governo na companhia e especulações sobre irregularidades em contratos.

Além de Petrobras, papéis de siderúrgicas também se desvalorizaram acima do Ibovespa, diante da queda dos preços dos metais básicos no mercado internacional. Gerdau PN caiu 1,40%, Gerdau Metalúrgica PN, -1,71%, CSN ON, -0,66%, Usiminas PNA, -2,58% e Usiminas ON, -5,73%. O setor também é prejudicado por relatórios que rebaixam preço-alvo e recomendação de papéis.

Em Nova York, o Dow Jones caiu 0,17%, para 10.948,58 pontos; o Nasdaq subiu 0,13%, para 2.383,67 pontos; e o S&P 500 perdeu 0,16%, a 1.158,06 pontos.

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