Mercados

Bovespa avança, após dados positivos dos EUA

São Paulo - A Bolsa de Valores de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta, influenciada pelo movimento de recuperação das bolsas globais hoje, após a divulgação de dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos. Por outro lado, a alta pode ser limitada ao longo do dia diante da expectativa pelo relatório oficial […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 10h28.

São Paulo - A Bolsa de Valores de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta, influenciada pelo movimento de recuperação das bolsas globais hoje, após a divulgação de dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos. Por outro lado, a alta pode ser limitada ao longo do dia diante da expectativa pelo relatório oficial sobre o mercado de trabalho norte-americano (payroll), que será anunciado amanhã, e a divulgação desta manhã do índice de inflação no Brasil no teto do intervalo das previsões. Às 10h16, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,87%, aos 63.110 pontos.

Dois importantes dados sobre o mercado de trabalho nos EUA foram anunciados hoje, aquecendo as expectativas para o principal relatório de emprego no país, amanhã. Segundo a pesquisa ADP, foram criadas 157 mil vagas pelas empresas norte-americanas em junho, bem acima da previsão de elevação de 95 mil. Além disso, o número de trabalhadores que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu em 14 mil na semana passada, ante previsão de queda de 3 mil solicitações.

Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, os números de hoje afastam os receios de um payroll decepcionante amanhã, muito embora a expectativa pelo documento possa limitar o fôlego de alta dos negócios hoje. "Mas o dia é de recuperação", diz.

Para ele, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, que desacelerou para 0,15% ante alta de 0,47% em maio - situando-se no teto do intervalo das estimativas coletadas pela Agência Estado - talvez não seja outro fator inibidor para os negócios locais. "Já há um consenso de um aperto de 0,25 ponto porcentual na Selic (taxa básica de juros) neste mês. O dado de hoje deve apenas reforçar a aposta de um novo aumento de mesma magnitude em agosto", avalia. Ele acrescenta que "já está no preço" das ações a grande concorrência com a renda fixa brasileira, que tem se mostrado mais atrativa em termos de rendimento.

Já na Europa, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, disse "não" a um crédito seletivo na região e suspendeu a exigência mínima para as garantias (colateral) de Portugal. Trichet afirmou ainda que a política monetária europeia é acomodatícia. A autoridade apertou o juro básico em 0,25 ponto porcentual, para 1,50% ao ano, conforme esperado.

No noticiário corporativo, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, disse que a empresa tem todo interesse em comprar a fatia da Camargo Corrêa ou da Votorantim no capital da Usiminas, se essas empresas decidirem se desfazer do negócio. "A Usiminas é uma boa empresa, mas comprar a participação depende do interesse da Camargo e da Votorantim de vender", afirmou o executivo. A CSN vem anunciando contínuas investidas para ampliar sua participação no capital da Usiminas.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Dólar em queda e bolsa em alta: as primeiras reações no mercado após desistência de Biden

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Mais na Exame