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Bovespa abre sob a ameaça de perder os 56 mil pontos

A agenda forte em termos de indicadores nos Estados Unidos parece proporcionar maior volatilidade


	Bovespa: por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,21%, aos 55.910,92 pontos, na pontuação mínima da sessão
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,21%, aos 55.910,92 pontos, na pontuação mínima da sessão (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 10h45.

São Paulo - O ambiente externo não está nada favorável à Bovespa nesta quinta-feira, que incorre no risco de encostar nos níveis mais baixos do ano nesta sessão, em meio ao prolongamento das incertezas sobre a ajuda financeira ao Chipre e aos dados econômicos ruins já anunciados na zona do euro.

A agenda forte em termos de indicadores nos Estados Unidos parece proporcionar maior volatilidade. Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,21%, aos 55.910,92 pontos, na pontuação mínima da sessão.

Com o radar totalmente voltado à questão do Chipre, os investidores internacionais voltam a mostrar nervosismo na manhã desta quinta-feira, em meio aos poucos sinais de solução à ilha.

O Banco Central Europeu (BCE) deu um prazo até a próxima segunda-feira para que o governo cipriota chegue a um acordo com a troica - formada pela própria autoridade monetária, a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) - ou então irá cortar os financiamentos emergenciais aos bancos do país. A Rússia continua em negociações com seu aliado.

Para piorar, a queda do índice dos gerentes de compras (PMI) composto na zona do euro para 46,5 na leitura preliminar de março, contrariando a previsão de alta, pavimentou os receios de que a atividade na região seguiu em território de contração nos três primeiros meses de 2013.

Além disso, o dado turva as previsões de autoridades europeias de que a economia do bloco da moeda única engataria uma recuperação nos meses à frente. Também às 10h05, a Bolsa de Paris cedia 1,18% e a de Frankfurt recuava 0,91%.


Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve reiterou ontem o compromisso de manter os agressivos esforços para estimular a economia norte-americana, mas a retirada, no comunicado que seguiu à decisão de manutenção, de observações que indicavam melhora nas condições financeiras prejudica Wall Street. Também devem atrapalhar os desempenho dos negócios com risco os dados econômicos do dia no país.

Há pouco foi informado que os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA subiram para 336 mil, menos que a previsão de alta para 340 mil. Porém, as solicitações feitas na semana anterior foram revisada para 334 mil, de 332 mil originalmente.

Ainda no mesmo horário, o futuro do S&P 500 tinha leve baixa de 0,06%, no aguardo também das vendas de moradias usadas nos EUA em fevereiro e do índice regional de atividade na Filadélfia em março.

Do outro lado do mundo, a melhora no PMI industrial da China, medido pelo HSBC, falhou em convencer os investidores de que a recuperação na segunda maior economia do mundo permanece intacta.

O dado subiu a 51,7 na leitura preliminar de março, ante o dado final de 50,4 em fevereiro, mas não deve trazer alívio às ações das empresas brasileiras exportadoras de commodities.

Ao contrário, depois da mais recente atuação do governo no setor elétrico, referente à revisão das tarifas remuneradas às distribuidoras, os investidores voltaram a ficar arredios com o Brasil.

"Voltou-se a falar sobre a desconfiança do mercado com a intervenção do governo", afirma o operador-sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro. Até por isso, ele acha provável o Ibovespa perder os 56 mil pontos nesta quinta-feira, testando o menor patamar de 2013, atingindo na sessão de 21 de fevereiro, aos 55.430 pontos.

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