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Bovespa abre em queda pressionada pelo exterior

Por Olívia Bulla São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, sob a influência dos mercados no exterior e das ações de primeira linha. O índice de atividade industrial em Nova York contrariou as previsões e caiu em setembro, deixando um cenário nebuloso para o dado da […]

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2010 às 07h19.

Por Olívia Bulla

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, sob a influência dos mercados no exterior e das ações de primeira linha. O índice de atividade industrial em Nova York contrariou as previsões e caiu em setembro, deixando um cenário nebuloso para o dado da produção nos EUA como um todo em agosto, que ainda será divulgado hoje. No Brasil, a volatilidade das ações da Petrobras deve continuar. Às 10h16 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,67%, aos 67.237 pontos.

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Nova York informou hoje que o índice Empire State de atividade regional caiu a 4,14 neste mês, de 7,10 no mês anterior. A previsão era de que o dado ficasse em 7,00. Ainda hoje, o Fed divulga a produção industrial norte-americana no mês passado, além da taxa de utilização da capacidade instalada. Ainda na agenda do dia, será publicado o relatório semanal sobre estoques de petróleo bruto e derivados no país.

No Brasil, o mercado deve continuar acompanhando o movimento da Petrobras. Depois do recuo de ontem, quando as ações ON e PN da estatal caíram cerca de 5%, especialistas não descartam que os papéis da estatal sigam voláteis, pelo menos até a semana que vem, quando ocorre a determinação de preços dos papéis no âmbito da capitalização que a companhia está realizando. Antes da data estimada para a coleta de intenções de investimento, em 23 de setembro, ocorre o vencimento de opções sobre ações, na próxima segunda-feira, deixando as ações de primeira linha sob observação.

A opção é um contrato que confere ao portador o direito de compra ou venda de um ativo a um preço predeterminado. O vencimento de opções é a data de validade desses contratos. A partir do dia seguinte, o detentor da opção não pode mais exercê-la. Por isso, no dia de vencimento das opções e nos dias imediatamente anteriores, o movimento da Bolsa pode sofrer distorções, com os investidores atuando de forma tal que os preços das ações se aproximem daqueles valores que mais os favorecem quando a opção for exercida.

Os investidores devem pressionar por novas reduções no preço de Petrobras, em uma tentativa de obter um valor mais baixo da ação na oferta pública. A pressão para reduzir o preço das ações na oferta faz parte do jogo entre o mercado - que deseja pagar o mínimo possível - e os bancos que coordenam a operação e a própria Petrobras - que esperam captar o máximo possível. O poder de barganha dos investidores deve se intensificar caso haja a percepção de que a demanda pelos papéis na oferta será fraca. Com base no fechamento das ações ontem, a operação pode movimentar R$ 108 bilhões, mas pode chegar a R$ 124 bilhões caso sejam colocados os lotes adicional e suplementar.

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