Bovespa abre em queda, penalizada por fatores internos
A Bolsa tem apresentado dificuldades para acompanhar o comportamento dos mercados no exterior, que resistem a uma onda mais forte de realização de lucros
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2013 às 11h01.
São Paulo - A queda da produção industrial brasileira em maio superou a pior das estimativas ente os analistas consultados pelo AE Projeções e define uma trajetória de queda da Bovespa , ao menos na abertura do pregão desta sexta-feira.
Porém, a reação dos negócios domésticos de dólar e juros futuros ao dado frágil sobre a atividade nacional pode atrapalhar a tentativa da renda variável em acompanhar o ligeiro viés de alta que prevalece em Wall Street, antes da agenda econômica do dia nos Estados Unidos. Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,70%, aos 46.898,42 pontos, na mínima.
"Em termos internos, considerando-se o cenário macroeconômico e o noticiário corporativo, não tem como a Bolsa escapar", afirma o operador sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro.
O profissional refere-se à divulgação da produção da indústria, que caiu 2% em maio ante abril, ficando abaixo do piso do intervalo das estimativas, que iam desde uma queda de 1,70% à estabilidade (0,00%). No acumulado do ano até maio, a indústria tem alta de 1,7%, mas queda de 0,5% nos últimos 12 meses.
Para ele, esses números mostram que o problema é interno e tem reflexo também em uma pressão de queda das taxas de depósitos interfinanceiros (DIs) e de alta da taxa de câmbio. Além disso, ele lembra que permanece o mau estar com as "empresas X", o que eleva a desconfiança entre os investidores nas aplicações em ações brasileiras.
Hoje, o Bank of America Merrill Lynch reduziu o preço-alvo das ações da OGX de R$ 1,00 para R$ 0,10 e reiterou recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para a empresa devido à redução drástica das perspectivas de produção dos seus principais ativos. Entre alternativas possíveis para a empresa, o banco cogita a venda total da petroleira e até mesmo sua liquidação.
Em meio a esse panorama interno, a Bolsa tem apresentado dificuldades para acompanhar o comportamento dos mercados no exterior, que resistem a uma onda mais forte de realização de lucros.
Ainda assim, a expectativa pelos grandes eventos da semana - previstos para quinta-feira na Europa e sexta-feira nos Estados Unidos - envolve de cautela os negócios com risco. Por volta das 10h05, o futuro do S&P 500 tinha leve baixa de 0,02%, antes da divulgação dos indicadores do dia.
São Paulo - A queda da produção industrial brasileira em maio superou a pior das estimativas ente os analistas consultados pelo AE Projeções e define uma trajetória de queda da Bovespa , ao menos na abertura do pregão desta sexta-feira.
Porém, a reação dos negócios domésticos de dólar e juros futuros ao dado frágil sobre a atividade nacional pode atrapalhar a tentativa da renda variável em acompanhar o ligeiro viés de alta que prevalece em Wall Street, antes da agenda econômica do dia nos Estados Unidos. Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,70%, aos 46.898,42 pontos, na mínima.
"Em termos internos, considerando-se o cenário macroeconômico e o noticiário corporativo, não tem como a Bolsa escapar", afirma o operador sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro.
O profissional refere-se à divulgação da produção da indústria, que caiu 2% em maio ante abril, ficando abaixo do piso do intervalo das estimativas, que iam desde uma queda de 1,70% à estabilidade (0,00%). No acumulado do ano até maio, a indústria tem alta de 1,7%, mas queda de 0,5% nos últimos 12 meses.
Para ele, esses números mostram que o problema é interno e tem reflexo também em uma pressão de queda das taxas de depósitos interfinanceiros (DIs) e de alta da taxa de câmbio. Além disso, ele lembra que permanece o mau estar com as "empresas X", o que eleva a desconfiança entre os investidores nas aplicações em ações brasileiras.
Hoje, o Bank of America Merrill Lynch reduziu o preço-alvo das ações da OGX de R$ 1,00 para R$ 0,10 e reiterou recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para a empresa devido à redução drástica das perspectivas de produção dos seus principais ativos. Entre alternativas possíveis para a empresa, o banco cogita a venda total da petroleira e até mesmo sua liquidação.
Em meio a esse panorama interno, a Bolsa tem apresentado dificuldades para acompanhar o comportamento dos mercados no exterior, que resistem a uma onda mais forte de realização de lucros.
Ainda assim, a expectativa pelos grandes eventos da semana - previstos para quinta-feira na Europa e sexta-feira nos Estados Unidos - envolve de cautela os negócios com risco. Por volta das 10h05, o futuro do S&P 500 tinha leve baixa de 0,02%, antes da divulgação dos indicadores do dia.