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Bovespa abre em queda de olho na Grécia

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inicia a semana ainda de olho nos problemas econômicos da Grécia. O impasse entre as lideranças da Europa quanto ao desembolso de recursos para o país europeu filtra novas incertezas entre os investidores, o que deprecia os ativos de risco e eleva a pressão […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 10h18.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inicia a semana ainda de olho nos problemas econômicos da Grécia. O impasse entre as lideranças da Europa quanto ao desembolso de recursos para o país europeu filtra novas incertezas entre os investidores, o que deprecia os ativos de risco e eleva a pressão no pregão local, já esperada por causa do vencimento de opções sobre ações. Às 10h06 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,39%, aos 60.823 pontos.

Os ministros de Finanças europeus frustraram as expectativas dos mercados e encerraram o encontro do fim de semana sem um acordo com relação à Grécia. Não houve consenso sobre a liberação de mais uma parcela do pacote já existente, nem sobre a criação de um novo resgate financeiro. As autoridades condicionaram a injeção de recursos à aprovação de medidas mais duras de austeridade fiscal, às vésperas do voto de confiança que o primeiro-ministro do país, George Papandreou, enfrenta no Parlamento.

E em dia de agenda econômica esvaziada mundo afora, a Grécia continua sendo o principal mote para os mercados globais. Hoje, qualquer notícia vinda sobre Atenas pode ter impacto na performance dos ativos.

Contudo, especialistas comentam que depois de acumular perdas de quase 6% em junho até o dia 17 e retroceder à marca dos 60 mil pontos, o Ibovespa deve ficar oscilando no intervalo atual - com compras atrativas nesses níveis impedindo quedas acentuadas. Eles destacam que a renda variável continua perdendo terreno para a renda fixa, diante do cenário turvo sobre inflação e juros no País.

Sobre ele, é importante ressaltar que o mercado continua dando sinais de descrença quanto à capacidade do Banco Central de convergir a inflação ao centro da meta em 2012. Segundo a pesquisa Focus, divulgada nesta manhã pela autoridade monetária, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano que vem subiu de 5,13% para 5,18%, pela segunda vez seguida. Para 2011, houve ligeira queda na projeção, de 6,19% para 6,18%. As projeções para a taxa básica de juros (Selic) e o Produto Interno Bruto (PIB), em ambos os períodos, permaneceram estáveis.

Mas a Bolsa tem no vencimento de opções sobre ações um fator adicional de pressão. Operadores contam que o exercício de hoje não deve reservar surpresas, com as ações da Vale se concentrando bem no meio dos strikes, embora Petrobras ainda forneça algum jogo na opção a R$ 24,00. Os papéis da estatal petrolífera carregam a expectativa com relação à divulgação do plano de investimentos para o período de 2011 a 2015.

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São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inicia a semana ainda de olho nos problemas econômicos da Grécia. O impasse entre as lideranças da Europa quanto ao desembolso de recursos para o país europeu filtra novas incertezas entre os investidores, o que deprecia os ativos de risco e eleva a pressão no pregão local, já esperada por causa do vencimento de opções sobre ações. Às 10h06 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,39%, aos 60.823 pontos.

Os ministros de Finanças europeus frustraram as expectativas dos mercados e encerraram o encontro do fim de semana sem um acordo com relação à Grécia. Não houve consenso sobre a liberação de mais uma parcela do pacote já existente, nem sobre a criação de um novo resgate financeiro. As autoridades condicionaram a injeção de recursos à aprovação de medidas mais duras de austeridade fiscal, às vésperas do voto de confiança que o primeiro-ministro do país, George Papandreou, enfrenta no Parlamento.

E em dia de agenda econômica esvaziada mundo afora, a Grécia continua sendo o principal mote para os mercados globais. Hoje, qualquer notícia vinda sobre Atenas pode ter impacto na performance dos ativos.

Contudo, especialistas comentam que depois de acumular perdas de quase 6% em junho até o dia 17 e retroceder à marca dos 60 mil pontos, o Ibovespa deve ficar oscilando no intervalo atual - com compras atrativas nesses níveis impedindo quedas acentuadas. Eles destacam que a renda variável continua perdendo terreno para a renda fixa, diante do cenário turvo sobre inflação e juros no País.

Sobre ele, é importante ressaltar que o mercado continua dando sinais de descrença quanto à capacidade do Banco Central de convergir a inflação ao centro da meta em 2012. Segundo a pesquisa Focus, divulgada nesta manhã pela autoridade monetária, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano que vem subiu de 5,13% para 5,18%, pela segunda vez seguida. Para 2011, houve ligeira queda na projeção, de 6,19% para 6,18%. As projeções para a taxa básica de juros (Selic) e o Produto Interno Bruto (PIB), em ambos os períodos, permaneceram estáveis.

Mas a Bolsa tem no vencimento de opções sobre ações um fator adicional de pressão. Operadores contam que o exercício de hoje não deve reservar surpresas, com as ações da Vale se concentrando bem no meio dos strikes, embora Petrobras ainda forneça algum jogo na opção a R$ 24,00. Os papéis da estatal petrolífera carregam a expectativa com relação à divulgação do plano de investimentos para o período de 2011 a 2015.

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