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Bovespa abre em queda, ante impasse nos EUA

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, em meio à persistente indefinição sobre a elevação do teto da dívida nos Estados Unidos. Além disso, uma nova medida cambial anunciada nesta manhã pelo governo brasileiro para conter a desvalorização do dólar também deve reverberar nos negócios com ações. Por […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2011 às 10h33.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, em meio à persistente indefinição sobre a elevação do teto da dívida nos Estados Unidos. Além disso, uma nova medida cambial anunciada nesta manhã pelo governo brasileiro para conter a desvalorização do dólar também deve reverberar nos negócios com ações. Por fim, os balanços de bancos, além da Vivo e da Fibria, trazem um fator a mais de agitação para o mercado brasileiro. Às 10h08, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,78%, aos 58.876 pontos.

O Diário Oficial da União de hoje trouxe um decreto que penaliza o contribuinte que tomar o empréstimo externo com tempo médio superior a 720 dias e que antecipar a sua liquidação antes do prazo final. A pena seria de juros moratórios e multa. O jornal oficial traz ainda a autorização para que o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleça condições específicas para negociação de contrato de derivativos. As novas determinações entram em vigor hoje.

Por enquanto, a medida ainda está sendo digerida pelos agentes financeiros. Os efeitos dessa nova tentativa de mitigar a valorização do real ainda não foram totalmente mensurados. "Inicialmente, tem-se duas leituras antagônicas. A primeira é de que um maior fôlego do dólar pode atrapalhar o controle da inflação no País, que tem sido o principal fator prejudicial para o desempenho da Bolsa", avalia o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista.

Em contrapartida, o especialista aponta que uma perda de força do real pode atrair mais investidores estrangeiros, tornando a Bolsa "menos cara". "Tem muita coisa que vai bater na cabeça dos investidores e ainda não dá para medir o peso", conclui.

No exterior, as negociações sobre o endividamento dos EUA continuam causando tremores nos mercados internacionais, e o dólar segue como principal vítima do persistente impasse em Washington. Os republicanos adiaram em um dia, para amanhã, a votação na Câmara dos Representantes da proposta de lei para elevar o teto da dívida norte-americana, após o Escritório de Orçamento do Congresso (COB) ter concluído que o plano reduziria o déficit em proporção inferior ao previsto pelos líderes da oposição. O pacote prevê US$ 1,2 trilhão em cortes de gastos em 10 anos e aumento do teto da dívida norte-americana em US$ 1 trilhão por seis meses.

Já na agenda econômica dos EUA, as encomendas à indústria contrariaram a previsão de alta de 0,4%, e caíram 2,1% em junho, em bases ajustadas sazonalmente, sendo que o avanço do indicador em maio foi revisado para baixo. Já a atividade no meio-oeste norte-americano caiu 0,1% em junho ante maio. Ainda por lá, Boeing, ConocoPhillips, Dow Chemical e Delta Air Lines publicam seus resultados trimestrais.

Na safra brasileira de balanços, os investidores analisam o desempenho do Bradesco no segundo trimestre deste ano, de R$ 2,785 bilhões, que ficou em linha com as estimativas dos analistas, bem como suas projeções para o ano. Já o Banco Santander anunciou que seu lucro líquido no padrão contábil BR Gaap foi de R$ 1,824 bilhões no primeiro semestre de 2011, o que representa uma queda de 10,5% sobre o resultado registrado nos seis primeiros meses de 2010.

Ontem, a Cielo informou lucro líquido de R$ 423,6 milhões entre abril e junho de 2011, com queda de 7,5% ante igual período de 2010. Segundo um analista do setor financeiro que preferiu não ser identificado, o que chama a atenção nos demonstrativos financeiros dessas três companhias é que todos "indicam um aumento do endividamento interno da população", o que pode ser preocupante.

Além do setor financeiro, o mercado também repercutirá hoje os resultados de Fibria, Telesp e Vivo.

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São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, em meio à persistente indefinição sobre a elevação do teto da dívida nos Estados Unidos. Além disso, uma nova medida cambial anunciada nesta manhã pelo governo brasileiro para conter a desvalorização do dólar também deve reverberar nos negócios com ações. Por fim, os balanços de bancos, além da Vivo e da Fibria, trazem um fator a mais de agitação para o mercado brasileiro. Às 10h08, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,78%, aos 58.876 pontos.

O Diário Oficial da União de hoje trouxe um decreto que penaliza o contribuinte que tomar o empréstimo externo com tempo médio superior a 720 dias e que antecipar a sua liquidação antes do prazo final. A pena seria de juros moratórios e multa. O jornal oficial traz ainda a autorização para que o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleça condições específicas para negociação de contrato de derivativos. As novas determinações entram em vigor hoje.

Por enquanto, a medida ainda está sendo digerida pelos agentes financeiros. Os efeitos dessa nova tentativa de mitigar a valorização do real ainda não foram totalmente mensurados. "Inicialmente, tem-se duas leituras antagônicas. A primeira é de que um maior fôlego do dólar pode atrapalhar o controle da inflação no País, que tem sido o principal fator prejudicial para o desempenho da Bolsa", avalia o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista.

Em contrapartida, o especialista aponta que uma perda de força do real pode atrair mais investidores estrangeiros, tornando a Bolsa "menos cara". "Tem muita coisa que vai bater na cabeça dos investidores e ainda não dá para medir o peso", conclui.

No exterior, as negociações sobre o endividamento dos EUA continuam causando tremores nos mercados internacionais, e o dólar segue como principal vítima do persistente impasse em Washington. Os republicanos adiaram em um dia, para amanhã, a votação na Câmara dos Representantes da proposta de lei para elevar o teto da dívida norte-americana, após o Escritório de Orçamento do Congresso (COB) ter concluído que o plano reduziria o déficit em proporção inferior ao previsto pelos líderes da oposição. O pacote prevê US$ 1,2 trilhão em cortes de gastos em 10 anos e aumento do teto da dívida norte-americana em US$ 1 trilhão por seis meses.

Já na agenda econômica dos EUA, as encomendas à indústria contrariaram a previsão de alta de 0,4%, e caíram 2,1% em junho, em bases ajustadas sazonalmente, sendo que o avanço do indicador em maio foi revisado para baixo. Já a atividade no meio-oeste norte-americano caiu 0,1% em junho ante maio. Ainda por lá, Boeing, ConocoPhillips, Dow Chemical e Delta Air Lines publicam seus resultados trimestrais.

Na safra brasileira de balanços, os investidores analisam o desempenho do Bradesco no segundo trimestre deste ano, de R$ 2,785 bilhões, que ficou em linha com as estimativas dos analistas, bem como suas projeções para o ano. Já o Banco Santander anunciou que seu lucro líquido no padrão contábil BR Gaap foi de R$ 1,824 bilhões no primeiro semestre de 2011, o que representa uma queda de 10,5% sobre o resultado registrado nos seis primeiros meses de 2010.

Ontem, a Cielo informou lucro líquido de R$ 423,6 milhões entre abril e junho de 2011, com queda de 7,5% ante igual período de 2010. Segundo um analista do setor financeiro que preferiu não ser identificado, o que chama a atenção nos demonstrativos financeiros dessas três companhias é que todos "indicam um aumento do endividamento interno da população", o que pode ser preocupante.

Além do setor financeiro, o mercado também repercutirá hoje os resultados de Fibria, Telesp e Vivo.

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