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Bovespa abre em busca de reabilitação

O movimento também ensaiado nos mercados internacionais deve sustentar essa tentativa de melhora dos ativos de risco no pregão

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 11h37.

São Paulo - Depois do forte tombo da véspera, a Bovespa abriu o pregão de hoje em busca de uma reabilitação, em alta de 0,87%. Às 11h08, o índice subia 0,95%, aos 65.734,10 pontos. O movimento também ensaiado nos mercados internacionais deve sustentar essa tentativa de melhora dos ativos de risco, com os números sobre o mercado de trabalho no setor privado norte-americano jogando a favor dos negócios.

O relatório da ADP/Macroeconomic Advisers informou que foram criados 216 mil postos de trabalho pelas empresas privadas nos EUA em fevereiro ante janeiro, resultado que ficou ligeiramente acima da previsão de 215 mil vagas. O número é considerado um indicador da direção do relatório de emprego (payroll), que sai na sexta-feira, e alimenta esperanças de que o documento oficial também será positivo. Após a divulgação do dado, os índices futuros das Bolsas de Nova York aceleram a alta.

O analista Gilberto Coelho lembra que dados econômicos dos EUA, sobretudo os que se referem ao emprego, levaram à forte recuperação das bolsas nos últimos meses. Para ele, o importante é verificar se as contrações na maior economia do mundo seguem em aceleração. "Caso contrário, pode ter um efeito baixista nas bolsas", ressalta.

O tombo da produção industrial brasileira no início de 2012, após o número decepcionante do PIB do País em 2011, também deve favorecer uma recuperação mais forte da Bovespa hoje. Isso porque a queda de 2,1% da indústria nacional em janeiro ante dezembro, bem pior que a previsão mais pessimista coletada pelo AE Projeções e no mais baixo desempenho desde dezembro de 2008, fortalece as apostas de um Banco Central (BC) mais agressivo hoje. No mercado futuro de DIs, crescem as apostas que a Selic já seja fixada em um dígito nesta noite, da atual taxa de 10,50%.

Na Bolsa, apesar da maior queda porcentual do ano ontem, o Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo e analistas gráficos ressaltam a importância de o índice à vista ter segurado o forte suporte em 65.050 pontos, testado durante a sessão. Para eles, essa defesa deixa o caminho aberto para superar novamente pontos acima dos 67 mil. Do contrário, pode haver uma queda livre aquém dos 64 mil.

Para Coelho, uma nova redução na taxa básica de juros brasileira tende a ser boa para o setor de consumo, mas ruim para bancos, "em tese". Ainda no âmbito corporativo, a Usiminas reportou uma queda de 72% no lucro líquido do quarto trimestre de 2011 ante igual período de 2010, para R$ 77,5 milhões, e uma perda acumulada de 74% no ano passado, para R$ 404,1 milhões.

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São Paulo - Depois do forte tombo da véspera, a Bovespa abriu o pregão de hoje em busca de uma reabilitação, em alta de 0,87%. Às 11h08, o índice subia 0,95%, aos 65.734,10 pontos. O movimento também ensaiado nos mercados internacionais deve sustentar essa tentativa de melhora dos ativos de risco, com os números sobre o mercado de trabalho no setor privado norte-americano jogando a favor dos negócios.

O relatório da ADP/Macroeconomic Advisers informou que foram criados 216 mil postos de trabalho pelas empresas privadas nos EUA em fevereiro ante janeiro, resultado que ficou ligeiramente acima da previsão de 215 mil vagas. O número é considerado um indicador da direção do relatório de emprego (payroll), que sai na sexta-feira, e alimenta esperanças de que o documento oficial também será positivo. Após a divulgação do dado, os índices futuros das Bolsas de Nova York aceleram a alta.

O analista Gilberto Coelho lembra que dados econômicos dos EUA, sobretudo os que se referem ao emprego, levaram à forte recuperação das bolsas nos últimos meses. Para ele, o importante é verificar se as contrações na maior economia do mundo seguem em aceleração. "Caso contrário, pode ter um efeito baixista nas bolsas", ressalta.

O tombo da produção industrial brasileira no início de 2012, após o número decepcionante do PIB do País em 2011, também deve favorecer uma recuperação mais forte da Bovespa hoje. Isso porque a queda de 2,1% da indústria nacional em janeiro ante dezembro, bem pior que a previsão mais pessimista coletada pelo AE Projeções e no mais baixo desempenho desde dezembro de 2008, fortalece as apostas de um Banco Central (BC) mais agressivo hoje. No mercado futuro de DIs, crescem as apostas que a Selic já seja fixada em um dígito nesta noite, da atual taxa de 10,50%.

Na Bolsa, apesar da maior queda porcentual do ano ontem, o Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo e analistas gráficos ressaltam a importância de o índice à vista ter segurado o forte suporte em 65.050 pontos, testado durante a sessão. Para eles, essa defesa deixa o caminho aberto para superar novamente pontos acima dos 67 mil. Do contrário, pode haver uma queda livre aquém dos 64 mil.

Para Coelho, uma nova redução na taxa básica de juros brasileira tende a ser boa para o setor de consumo, mas ruim para bancos, "em tese". Ainda no âmbito corporativo, a Usiminas reportou uma queda de 72% no lucro líquido do quarto trimestre de 2011 ante igual período de 2010, para R$ 77,5 milhões, e uma perda acumulada de 74% no ano passado, para R$ 404,1 milhões.

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