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Bovespa abre em baixa em meio a tensão externa

Por Marisa Castellani São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, influenciada pela tensão no Oriente Médio e no norte da África. A Líbia e o Marrocos, na sequência do Bahrein, tornaram-se focos de atenção e impõem cautela aos investidores. O feriado de hoje nos Estados Unidos […]

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 10h06.

Por Marisa Castellani

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, influenciada pela tensão no Oriente Médio e no norte da África. A Líbia e o Marrocos, na sequência do Bahrein, tornaram-se focos de atenção e impõem cautela aos investidores. O feriado de hoje nos Estados Unidos também reduz a liquidez dos negócios em todo o mundo. Às 11h05 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,32%, para 67.848 pontos.

Na Líbia, entidades de direitos humanos contam mais de 200 mortos e o filho do ditador Muamar Kadafi, Saif Al-Islam, chamou os protestos de "complô estrangeiro", ordenando às forças de segurança que restabeleçam a ordem "a qualquer custo". A revolta já chegou à capital, Trípoli, onde a polícia abriu fogo contra manifestantes, a sede da televisão estatal foi saqueada e foram queimados imóveis de entidades que apoiam o regime.

No Marrocos, até então visto como estável politicamente, os manifestantes querem reformas políticas e limitação dos poderes do rei. Os conflitos começam a causar receios também na China e o governo aumentou a segurança nas ruas no domingo, temendo um contágio. Entidades de direitos humanos também reportaram prisões de advogados e ativistas no país nos últimos dias.

Por conta disso, o petróleo dispara no mercado internacional e as bolsas europeias registram perdas. Para a Bovespa, no entanto, o sinal é duplo: se por um lado os conflitos políticos inspiram cautela, por outro a alta do petróleo pode ser usada para puxar os preços das ações da Petrobras, justamente em dia de vencimento de opções. "Só mesmo jogando búzios para saber o que vai acontecer hoje", brincou um operador.

A opção é um contrato que confere ao portador o direito de compra ou venda de um ativo a um preço predeterminado. O vencimento de opções é a data de validade desses contratos. A partir do dia seguinte, o detentor da opção não pode mais exercê-la. Por isso, no dia de vencimento das opções e nos dias imediatamente anteriores, o movimento da Bolsa pode sofrer distorções, com os investidores atuando de forma tal que os preços das ações se aproximem daqueles valores que mais os favorecem quando a opção for exercida.

No caso da Vale, pode pesar hoje negativamente a queda do Índice de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) do HSBC China, termômetro da atividade industrial no país, para 51,5 em fevereiro, ante 54,5 da leitura final de janeiro. O resultado mostra que o crescimento da atividade industrial desacelerou em fevereiro na China, depois de ter voltado a se acelerar no mês anterior.

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