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Bovespa abre em baixa em busca de recuperação

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, numa nova tentativa de recuperação, após as recentes quedas. Nem mesmo o inesperado aumento nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos foi capaz de arrefecer os ganhos apontados em Nova York, onde tentam encerrar uma sequência de seis […]

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 10h26.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, numa nova tentativa de recuperação, após as recentes quedas. Nem mesmo o inesperado aumento nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos foi capaz de arrefecer os ganhos apontados em Nova York, onde tentam encerrar uma sequência de seis baixas consecutivas. No Brasil, a decisão amplamente precificada de novo aperto dos juros básicos desloca a atenção para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem. A ações da Brasil Foods também seguem em foco. Às 10h11 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,02%, aos 63.020 pontos.

"Hoje a Bolsa será pautada pelo exterior, que já dá sinais de melhora depois de uma início de dia meio de lado (estável)", avalia o diretor da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira. Segundo ele, a decisão do Copom de elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto porcentual (pp), para 12,25% ao ano, conforme esperado, não deve agitar os negócios locais.

Para Bandeira, o importante agora é ver se a alta vai confirmar a previsão de interromper o ciclo de aperto em julho, com mais um aumento de 0,25 pp, ou se haverá aumentos adicionais depois do mês que vem. "A inflação está desacelerando, mas ainda trabalha acima do teto da meta do Banco Central (BC)", ressalta. Ele se refere ao teto de 6,5% da meta oficial para a inflação, que é de 4,5%, com margem de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima.

De modo geral, especialistas afirmam que a volatilidade segue como tônica dos mercados acionários globais, em meio aos sinais de desaceleração econômica ao redor do mundo e à inconsistência para sanar a crise das dívidas na Europa.

Apesar disso, as bolsas norte-americanas e europeias ensaiam uma recuperação, passando ao largo do aumento de 1 mil pedidos de auxílio-desemprego feitos nos EUA, contrariando a previsão de queda de 5 mil solicitações. Já o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, usou o código de que pode voltar a subir os juros em julho, ao afirmar que é necessária "forte vigilância" para conter os riscos da alta dos preços.

Por aqui, as ações da Brasil Foods devem seguir em destaque, após terem cedido mais de 6% no pregão regular de ontem, com o terceiro maior giro da Bolsa. O mercado já estava fechado quando o relator do caso que avalia a fusão entre Sadia e Perdigão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Carlos Regazzo, fez um pronunciamento negativo e anunciou um voto contrário à operação. O conselheiro Ricardo Ruiz, que deveria votar na sequência, pediu mais tempo para ler o processo e solicitou prazo até o dia 15, quando será realizada a próxima sessão, para se pronunciar.

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