Bovespa abre em alta puxada por China
Por Olívia Bulla São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, beneficiada pela volta do apetite ao risco no exterior. Dados animadores da China e a definição de novas regras para o sistema financeiro internacional, no fim de semana, impulsionam os negócios. No Brasil, as movimentações podem […]
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2010 às 07h15.
Por Olívia Bulla
São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, beneficiada pela volta do apetite ao risco no exterior. Dados animadores da China e a definição de novas regras para o sistema financeiro internacional, no fim de semana, impulsionam os negócios. No Brasil, as movimentações podem ficar concentradas em Petrobras e Vale: começa hoje o período de reserva de ações da estatal petrolífera, enquanto a mineradora tem o mercado chinês como seu principal cliente. Às 10h11 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) avançava 0,92%, aos 67.422 pontos.
Os investidores fizeram leituras positivas das informações divulgadas neste fim de semana. Na Suíça, as normas anunciadas ontem no encontro de Basileia trouxeram alívio ao setor financeiro. As medidas já eram esperadas e têm um prazo longo para implementação pelos bancos. Ao todo, o acordo de Basileia 3 pode ser resumido em seis grandes medidas. As principais são a elevação da exigência de capital mínimo dos bancos, de 2% para 7%, e a formação de "colchões" de capital para amortecer o impacto das turbulências no mercado.
No caso da China, a disparada da inflação em agosto, para 3,5%, base anual, ficou dentro do esperado. As inundações no país já sinalizavam um forte aumento dos preços dos alimentos, o que de fato ocorreu. No entanto, a atividade industrial chinesa segue vigorosa, com alta de 13,9% no mês passado - 1 ponto porcentual acima do previsto. A percepção é de que o gigante emergente segue avançando, mas caminha para um pouso suave da atividade, o que diminuiu as chances de um aumento dos juros. A repercussão no mercado internacional dos indicadores da economia chinesa é positivo, com avanços das commodities (matérias-primas), sobretudo as metálicas.
Hoje, começa ainda o período de reserva na oferta de ações da Petrobras, tanto para os acionistas com direito de preferência como para o público em geral. Com base nesta segunda data de corte (dia 17 de setembro), o prazo limite para o ajuste de posições, na prática, é amanhã, uma vez que a liquidação das operações em Bolsa ocorre três dias após a realização da transação, o chamado D+3.