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Bovespa abre em alta de olho no exterior

Por Olívia Bulla São Paulo - A queda de 3,5% da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na semana passada deve abrir espaço para compras no curto prazo, ainda mais com o início da temporada de balanços das empresas brasileiras. Mas as incertezas no exterior não se dissiparam e a crescente tensão política no […]

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 10h17.

Por Olívia Bulla

São Paulo - A queda de 3,5% da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na semana passada deve abrir espaço para compras no curto prazo, ainda mais com o início da temporada de balanços das empresas brasileiras. Mas as incertezas no exterior não se dissiparam e a crescente tensão política no Egito, com riscos de contágio para o Oriente Médio, tende a inibir o apetite por ativos de risco. Às 11h15 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) avançava 0,48%, aos 67.016 pontos.

Para o economista da Legan Asset, Fausto Gouveia, o cenário global está bastante confuso. "Está difícil fazer uma análise, pois para cada notícia positiva, tem-se uma negativa", comentou. Segundo ele, o ambiente brasileiro, que já estava tenso por causa das preocupações com a inflação, passou a ser influenciado por um fator externo desfavorável - a turbulência no Egito, que eleva os preços do barril de petróleo. A crise reacende o temor com a alta dos preços em uma escala global, reduzindo o consumo. Somado a isso está a apreensão com o início do Ano Novo Lunar na China nesta semana, quando Pequim pode adotar novas medidas de aperto monetário.

No Brasil, o mercado financeiro elevou a previsão para o ciclo de alta da Selic (a taxa básica de juros da economia), com uma dose adicional de 0,25 ponto porcentual em junho. Isso levaria a um ajuste total de aperto de 1,75 ponto porcentual nos juros básicos em 2011, para 12,50% ao ano.

Para a Bovespa, analistas gráficos apontam que a velocidade acelerada com que o Ibovespa saiu da casa dos 70 mil pontos para abaixo dos 68 mil pontos, chegando num ponto de parada e iniciando um onda de vendas mais acentuada, abre brechas para um repique nos papéis. Entre os destaques, Gouveia, da Legan, aponta os bancos, que podem ter no balanço saudável do Bradesco um alívio momentâneo. O banco privado anunciou lucro líquido contábil de R$ 2,987 bilhões no último trimestre de 2010, o que representa uma alta de 37% ante igual período de 2009.

No acumulado de todo o ano passado, o Bradesco teve lucro de R$ 10,022 bilhões, com alta 25,1%. Este é o terceiro maior ganho da história entre os bancos brasileiros, segundo dados da Economática. Ainda no setor financeiro, persiste a novela envolvendo os problemas contábeis do banco Panamericano e a provável venda da instituição - talvez para o BTG Pactual.

Entre as ações de primeira linha, destaque para a informação de que a ExxoMobil contabilizou como perdas, em seu balanço do quarto trimestre de 2010, dois poços perfurados no pré-sal da Bacia de Santos, alegando que não contêm reservas comerciais de óleo ou gás natural. A gigante norte-americana e seus sócios parecem ter desistido de tentar encontrar óleo nesses locais, no que pode ser o primeiro grande fracasso na exploração do pré-sal brasileiro.

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