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Bovespa abre em alta após anúncio na China

Por Olívia Bulla São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve respirar aliviada hoje, após os sinais emitidos pela China de que a preocupação do gigante asiático é com a alta dos preços - e não com a expansão econômica robusta. O aumento do compulsório bancário chinês, pela sexta vez neste […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 10h10.

Por Olívia Bulla

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve respirar aliviada hoje, após os sinais emitidos pela China de que a preocupação do gigante asiático é com a alta dos preços - e não com a expansão econômica robusta. O aumento do compulsório bancário chinês, pela sexta vez neste ano, pode deixar os mercados globais mais tranquilos quanto a uma medida ainda mais agressiva, de aumento dos juros básicos no país. Por isso, às 11h09 (horário de Brasília), o índice Ibovespa avançava 0,92%, para 68.504 pontos.

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Pouca horas depois de anunciar aumentos recordes na importação e na exportação de produtos em novembro, a China entrou em cena para aumentar novamente o compulsório dos bancos em 0,50 ponto porcentual, mesmo após ter elevado a taxa duas vezes no mês passado e outras três vezes ao longo do ano. A decisão reforça a política de controle das pressões inflacionárias e de restrição ao crédito, o que pode acalmar os investidores em relação à alta dos juros no país. Em outubro, a China elevou a taxa básica de juros pela primeira vez em quase três anos.

"Acho pouco provável um aumento dos juros (chineses) em breve após esse novo aumento do compulsório", avalia o economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante. Para ele, a China vem tomando todas as medidas necessárias para amenizar a alta dos preços, sem ter que ser mais incisiva, com um aumento da taxa básica de juros. "Assim como o Banco Central brasileiro fez", acrescentou, referindo-se às medidas macroprudenciais anunciadas pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, na última sexta-feira, dias antes de optar pela manutenção da Selic (a taxa básica de juros da economia) em 10,75% ao ano.

Porém, analistas avaliam que ainda há uma leitura dividida sobre a condução da política monetária, tanto na China quanto no Brasil. "A China mandou um recado, mas a interpretação dessa mensagem ainda deixa os ativos na defensiva", diz Amarante, lembrando que hoje o país asiático anunciará dados de primeira grandeza sobre a economia, entre eles os números de inflação. Além disso, a partir de hoje, começa a reunião de três dias do Partido Comunista para definir a política monetária e fiscal para 2011.

O comportamento das commodities, por sua vez, se destoa dos mercados mundo afora, com os aumentos de 26% e de 29% nas importações de minério de ferro e de cobre, respectivamente, pela China no mês passado, ante o mês anterior, e o crescimento de 31% nas compras externas de petróleo, na mesma base de comparação, embalando os negócios e podendo afetar positivamente as empresas brasileiras exportadoras de matérias-primas. "Hoje tem espaço para se descolar positivamente do exterior, pois a corrente de insegurança emocional em que os mercados estavam por causa da China tende a ser menor", conclui o especialista da Senso.

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