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Borges diz que rebaixamento do rating foi injusto

O ministro interino refutou ideia de que manobras da política fiscal, consideradas por analistas como "contabilidade criativa", sejam motivo para o rebaixamento


	Fachada do MDIC: o ministro interino da pasta, Mauro Borges Lemos, descartou possibilidade de rebaixamento afetar comércio internacional do Brasil
 (Divulgação)

Fachada do MDIC: o ministro interino da pasta, Mauro Borges Lemos, descartou possibilidade de rebaixamento afetar comércio internacional do Brasil (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 16h02.

Rio - O rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de risco Standard & Poor's (S&P), para BBB-, de BBB, foi uma decisão injusta, na opinião do ministro interino de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Mauro Borges Lemos.

"Foi evidentemente injusto. O crescimento da economia brasileira, que foi um dos critérios importantes para essa medida, está acima da média mundial, se você exclui um fenômeno totalmente fora da curva, que é a China", afirmou Lemos, após participar de reunião com representantes da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), no Rio.

Segundo Lemos, tanto a relação entre dívida bruta e PIB como entre dívida líquida e PIB seguem "cadentes". O ministro interino refutou a ideia de que manobras da política fiscal, consideradas por analistas como "contabilidade criativa", sejam motivo para o rebaixamento.

"Em qualquer critério objetivo o Brasil tem superávit primário nestes três anos. Esse é o dado que interessa. Fomos um dos poucos países do mundo a manter superávit primário. Isso mostra a solidez da política fiscal brasileira", disse Lemos.

O ministro interino descartou a possibilidade de o rebaixamento afetar o comércio internacional do Brasil.

"O câmbio continua estabilizado e nossa política cambial é totalmente previsível. O nível de volatilidade do câmbio brasileiro, em que pese a instabilidade mundial, caiu significativamente, com a política consistente do Banco Central de dar liquidez ao mercado", completou Lemos.

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