Bolsas americanas voltam a se reerguer e devem subir

Nova York - Depois de um péssimo início de semana, as bolsas nova-iorquinas começaram o pregão de hoje em alta, sem perder a cautela com a zona do euro e na expectativa com o nível de adesão dos credores privados ao acordo para troca da dívida da Grécia. Dados sobre emprego no setor privado dos Estados Unidos trazidos hoje pelo relatório da ADP/Macroeconomic Advisers vieram praticamente em linha com o esperado. Às 12h08, Dow Jones e Nasdaq subiam 0,24% e 0,48%, respectivamente.

Ontem, o Dow Jones teve o pior dia do ano, com queda de 1,57%, para 12.759,15 pontos, a primeira vez em que o índice perdeu mais de 200 pontos numa única sessão desde novembro do 2011. O Nasdaq caiu 1,36%, para 2.910,32 pontos, enquanto o S&P 500 teve declínio de 1,54%, para 1.343,36 pontos.

A pesquisa ADP é considerada um sinalizador do que pode vir no payroll, que engloba também o setor público e sai amanhã. O setor privado dos EUA criou 216 mil empregos em fevereiro, em comparação a janeiro, um pouco acima da estimativa de alta de 215 mil novas contratações.

Também hoje foi divulgada a produtividade da mão de obra nos EUA, que foi revisada para alta de 0,9% no quarto trimestre do ano passado, em vez de +0,7% como na leitura anterior. O custo da mão de obra cresceu 2,8%, também revisado para cima, de +1,2%. Os números vieram acima do esperado por analistas, que previam alta de 0,7% na produtividade e de 1,2% no custo.

Em relação à Grécia, aos poucos cresce o número de bancos e outras instituições privadas que aceitaram a adesão voluntária à troca da dívida grega. Segundo o Instituto para Finanças Internacionais (IIF, em inglês), os membros do Comitê de Investidores do Setor Privado para Grécia (PCIC), que representam 39,3%, ou 81 bilhões de euros, dos 206 bilhões de euros em bônus elegíveis concordaram em participar do acordo. O fim do prazo para adesão voluntária é amanhã.

O pré-candidato republicano Mitt Romney venceu ontem em seis dos dez Estados americanos onde foram realizadas as prévias e primárias do partido e desponta cada vez mais como o possível adversário do presidente Barack Obama nas eleições deste ano.