São Paulo - Investidores começaram a semana com elevado otimismo nesta segunda-feira, após as duas principais economias europeias prometerem um novo plano para combater a crise na zona do euro e frear a contaminação dos problemas ao sistema financeiro.

Reunidos no final de semana, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmaram que entragarão um novo e amplo pacote anticrise até novembro, que deverá incluir planos para recapitalizar bancos europeus, acelerar a coordenação econômica na zona do euro e lidar com os problemas da dívida da Grécia.  Os agentes aguardam ainda o relatório final de um grupo de inspetores internacionais sobre os esforços gregos para reduzir sua dívida e implantar medidas de austeridade. O ministro de Finanças do país, Evangelos Venizelos, disse que Atenas está finalizando as negociações com a "troika" sobre a parcela de empréstimos de que o governo precisa para evitar a bancarrota.

Em meio a um menor volume de negócios, devido a um feriado nos Estados Unidos, as bolsas de valores em Nova York cravaram altas em torno de 3 por cento. O Ibovespa teve um desempenho ainda melhor, disparando quase 4 por cento, valorização mais forte em dois meses.

O bom humor no exterior levou o dólar a cair quase 2 por cento durante a sessão, mas ajustes de posições reduziram o ímpeto de queda da moeda no fechamento.

Já os DIs apontaram para cima, especialmente os contratos médios e longos, com o clima positivo no cenário internacional favorecendo a redução em apostas de um corte da Selic acima de 0,5 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana.

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A pauta doméstica reservou o Relatório Focus do Banco Central (BC), que trouxe nova piora nas estimativas inflacionárias em 2012, enquanto a taxa para 2011 ficou estável. Ainda de acordo com o documento, os agentes preveem o dólar a 1,75 real neste ano e no próximo.

Na terça-feira, a agenda local trará a primeira prévia de outubro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo, bem como os dados relativos às vendas no varejo e ao emprego industrial, ambos de agosto.