Bolsas recuam na Europa de olho em Washington
Os investidores buscam mais clareza sobre os acontecimentos em Washington
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2013 às 09h34.
São Paulo - Os mercados de ações da Europa operam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, 16, enquanto os investidores buscam mais clareza sobre os acontecimentos em Washington. Na noite de ontem, depois de aparentes avanços, as negociações sobre a elevação do teto da dívida dos EUA voltaram a um impasse.
Os congressistas dos EUA ainda não conseguiram chegar a um acordo e o Tesouro norte-americano já afirmou que esgotará seus poderes de conceder empréstimos emergenciais amanhã e ficará com apenas cerca de US$ 30 bilhões para pagar suas contas - o suficiente para durar uma semana ou duas.
Os líderes do Partido Republicano na Câmara dos Representantes abandonaram ontem a ideia de apresentar uma proposta própria para elevar o teto da dívida do país e reabrir totalmente o governo federal. Os líderes republicanos passaram a tarde em busca de apoio para sua proposta, que elevaria o teto da dívida até o dia 7 de fevereiro e colocaria um fim na paralisação parcial do governo até 15 de Dezembro.
Contudo, sem o apoio da bancada, os esforços dos republicanos na Câmara fracassaram e, consequentemente, a atenção deve se voltar novamente para o Senado. O líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, e o líder dos republicanos, Mitch McCnnell, retomaram as negociações e se mostraram otimistas com relação a um acordo, segundo assessores. De acordo com os assessores, um acordo no Senado pode ser anunciado nesta quarta-feira, mas o projeto ainda não será formalmente apresentado porque precisará ser votado pela Câmara.
Devido ao impasse nos EUA, a agência de classificação de risco Fitch Ratings colocou o rating AAA do país em revisão para possível rebaixamento, elevando ainda mais as tensões nos mercados. A perspectiva do rating dos EUA já era negativa. A Fitch afirmou que espera finalizar a revisão até, no máximo, o fim do primeiro trimestre de 2014, mas frisou que isso vai depender dos próximos acontecimentos e da duração de um acordo sobre o teto da dívida norte-americana.
Em outro fator potencialmente negativo para as bolsas europeias, o Partido Verde da Alemanha disse que não vê um terreno comum suficiente para formar um novo governo estável com a coalizão da chanceler Angela Merkel, o que pode forçar o grupo a negociar com o maior partido de oposição, o Partido Social Democrata (SPD). A decisão dos Verdes teve como foco a divergência sobre muitos assuntos, incluindo a demanda do partido para introduzir um salário mínimo obrigatório e aumentar os impostos para os ricos.
Entre os indicadores divulgados hoje, o superávit comercial da zona do euro subiu para 7,1 bilhões de euros em agosto, em comparação com o superávit de 4,6 bilhões de euros registrado no mesmo mês do ano passado. O resultado positivo, provocado pelo aumento das exportações somado à estagnação das importações, foi o maior para um mês de agosto desde 2002.
Também na zona do euro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,5% em setembro, na comparação com agosto, e 1,1% em relação a setembro do ano passado. A alta anual foi a menor em três anos e meio. A desaceleração da inflação anual na zona do euro, em boa parte causada pela fraqueza da demanda, deixou a taxa bem abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), que é de pouco menos de 2,0%.
Às 7h58 (pelo horário de Brasília), Londres caia 0,53%, Frankfurt recuava 0,17%, Paris cedia 0,83%, Madri perdia 0,24% e Lisboa operava em abaixa de 0,22%. Por outro lado, Milão subia 0,60%. O governo da Itália apresentou o projeto orçamentário para 2014 nesta semana e ontem o primeiro-ministro, Enrico Letta, disse que "esse é o primeiro orçamento sem aumento de impostos ou cortes sociais em anos". No mercado de câmbio, o dólar subia para 98,34 ienes, de 98,18 ienes no fim da tarde de ontem, e o euro avançava para US$ 1,3547, de US$ 1,3524.
São Paulo - Os mercados de ações da Europa operam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, 16, enquanto os investidores buscam mais clareza sobre os acontecimentos em Washington. Na noite de ontem, depois de aparentes avanços, as negociações sobre a elevação do teto da dívida dos EUA voltaram a um impasse.
Os congressistas dos EUA ainda não conseguiram chegar a um acordo e o Tesouro norte-americano já afirmou que esgotará seus poderes de conceder empréstimos emergenciais amanhã e ficará com apenas cerca de US$ 30 bilhões para pagar suas contas - o suficiente para durar uma semana ou duas.
Os líderes do Partido Republicano na Câmara dos Representantes abandonaram ontem a ideia de apresentar uma proposta própria para elevar o teto da dívida do país e reabrir totalmente o governo federal. Os líderes republicanos passaram a tarde em busca de apoio para sua proposta, que elevaria o teto da dívida até o dia 7 de fevereiro e colocaria um fim na paralisação parcial do governo até 15 de Dezembro.
Contudo, sem o apoio da bancada, os esforços dos republicanos na Câmara fracassaram e, consequentemente, a atenção deve se voltar novamente para o Senado. O líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, e o líder dos republicanos, Mitch McCnnell, retomaram as negociações e se mostraram otimistas com relação a um acordo, segundo assessores. De acordo com os assessores, um acordo no Senado pode ser anunciado nesta quarta-feira, mas o projeto ainda não será formalmente apresentado porque precisará ser votado pela Câmara.
Devido ao impasse nos EUA, a agência de classificação de risco Fitch Ratings colocou o rating AAA do país em revisão para possível rebaixamento, elevando ainda mais as tensões nos mercados. A perspectiva do rating dos EUA já era negativa. A Fitch afirmou que espera finalizar a revisão até, no máximo, o fim do primeiro trimestre de 2014, mas frisou que isso vai depender dos próximos acontecimentos e da duração de um acordo sobre o teto da dívida norte-americana.
Em outro fator potencialmente negativo para as bolsas europeias, o Partido Verde da Alemanha disse que não vê um terreno comum suficiente para formar um novo governo estável com a coalizão da chanceler Angela Merkel, o que pode forçar o grupo a negociar com o maior partido de oposição, o Partido Social Democrata (SPD). A decisão dos Verdes teve como foco a divergência sobre muitos assuntos, incluindo a demanda do partido para introduzir um salário mínimo obrigatório e aumentar os impostos para os ricos.
Entre os indicadores divulgados hoje, o superávit comercial da zona do euro subiu para 7,1 bilhões de euros em agosto, em comparação com o superávit de 4,6 bilhões de euros registrado no mesmo mês do ano passado. O resultado positivo, provocado pelo aumento das exportações somado à estagnação das importações, foi o maior para um mês de agosto desde 2002.
Também na zona do euro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,5% em setembro, na comparação com agosto, e 1,1% em relação a setembro do ano passado. A alta anual foi a menor em três anos e meio. A desaceleração da inflação anual na zona do euro, em boa parte causada pela fraqueza da demanda, deixou a taxa bem abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), que é de pouco menos de 2,0%.
Às 7h58 (pelo horário de Brasília), Londres caia 0,53%, Frankfurt recuava 0,17%, Paris cedia 0,83%, Madri perdia 0,24% e Lisboa operava em abaixa de 0,22%. Por outro lado, Milão subia 0,60%. O governo da Itália apresentou o projeto orçamentário para 2014 nesta semana e ontem o primeiro-ministro, Enrico Letta, disse que "esse é o primeiro orçamento sem aumento de impostos ou cortes sociais em anos". No mercado de câmbio, o dólar subia para 98,34 ienes, de 98,18 ienes no fim da tarde de ontem, e o euro avançava para US$ 1,3547, de US$ 1,3524.