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Bolsas europeias têm cautela diante de Grécia e China

Londres - As bolsas europeias operam de lado, com investidores cautelosos diante da persistente incerteza quanto à capacidade de se evitar o não pagamento (default) da Grécia e do sinal dado pela China de que manterá a política monetária apertada para controlar a inflação. Ao mesmo tempo, o mercado deparou-se com dados ruins sobre as […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2011 às 09h21.

Londres - As bolsas europeias operam de lado, com investidores cautelosos diante da persistente incerteza quanto à capacidade de se evitar o não pagamento (default) da Grécia e do sinal dado pela China de que manterá a política monetária apertada para controlar a inflação.

Ao mesmo tempo, o mercado deparou-se com dados ruins sobre as vendas no varejo em maio na zona do euro, reforçando o desânimo. O volume das vendas no varejo da zona do euro caiu 1,1% em maio em comparação a abril, a maior queda mensal desde abril de 2010, informou a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia. Em relação a maio de 2010, as vendas caíram 1,9%, a maior queda anual desde novembro de 2009. As quedas mensal e anual superaram a previsão dos economistas consultados pela Dow Jones, que previam retração de 0,8% e 0,3%, respectivamente.

"Os desapontadores números sobre as vendas do varejo, somados ao número composto de junho da atividade dos gerentes de compras (PMI), devem ser considerados uma evidência de que a recuperação econômica continua sendo lenta", disseram analistas do ING. "No entanto, é improvável que evitem que o Banco Central Europeu (BCE) eleve a taxa de juro na quinta-feira", acrescentaram.

A atividade do setor privado da zona do euro se desacelerou fortemente em junho, à medida que a Itália e a Espanha caíram novamente em contração. O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu para 53,3 em junho, de 55,8 em maio, segundo a Markit.

Às 8h55 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,11% e a Bolsa de Frankfurt operava em alta de 0,14%; a Bolsa de Paris caía 0,41%.

A Grécia, por sua vez, continua na liderança das preocupações, já que não se sabe ainda como um reescalonamento da dívida grega seria feito sem levar as agências de classificação de risco a classificar o evento como um não pagamento. As agências continuam dizendo que o modelo apresentado até o momento pelo setor privado francês - e considerado adequado, embora passível de ajustes, pelo setor privado alemão - levará a um default seletivo - dos títulos que tiverem seus vencimentos ampliados.

Mas ontem, segundo disse uma fonte ao Financial Times, o BCE sinalizou que só não aceitará os bônus gregos como garantia em suas linhas de empréstimos se as três grandes agências de rating (classificação de risco) considerarem que os papéis gregos estão em não pagamento (default).

A situação grega ainda gera desconforto, disseram os analistas do Lloyds Bank Corporate Markets. "No típico estilo político da zona do euro, a elite administrou a situação de modo a chutar a latinha grega para um pouco mais à frente até setembro", afirmaram.

Em relação a China, a perspectiva de novos apertos da política monetária entra no radar dos investidores, já que ontem o Banco do Povo da China (PBOC) disse que as pressões inflacionárias continuam elevadas, indicando que o controle dos preços é sua principal meta.

No noticiário corporativo, as ações de telecomunicações estiveram em foco após a Nomura rebaixar sua avaliação para o segmento de favorável para neutro, dizendo que as estimativas de consenso estão muito elevadas. As informações são da Dow Jones.

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Londres - As bolsas europeias operam de lado, com investidores cautelosos diante da persistente incerteza quanto à capacidade de se evitar o não pagamento (default) da Grécia e do sinal dado pela China de que manterá a política monetária apertada para controlar a inflação.

Ao mesmo tempo, o mercado deparou-se com dados ruins sobre as vendas no varejo em maio na zona do euro, reforçando o desânimo. O volume das vendas no varejo da zona do euro caiu 1,1% em maio em comparação a abril, a maior queda mensal desde abril de 2010, informou a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia. Em relação a maio de 2010, as vendas caíram 1,9%, a maior queda anual desde novembro de 2009. As quedas mensal e anual superaram a previsão dos economistas consultados pela Dow Jones, que previam retração de 0,8% e 0,3%, respectivamente.

"Os desapontadores números sobre as vendas do varejo, somados ao número composto de junho da atividade dos gerentes de compras (PMI), devem ser considerados uma evidência de que a recuperação econômica continua sendo lenta", disseram analistas do ING. "No entanto, é improvável que evitem que o Banco Central Europeu (BCE) eleve a taxa de juro na quinta-feira", acrescentaram.

A atividade do setor privado da zona do euro se desacelerou fortemente em junho, à medida que a Itália e a Espanha caíram novamente em contração. O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu para 53,3 em junho, de 55,8 em maio, segundo a Markit.

Às 8h55 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,11% e a Bolsa de Frankfurt operava em alta de 0,14%; a Bolsa de Paris caía 0,41%.

A Grécia, por sua vez, continua na liderança das preocupações, já que não se sabe ainda como um reescalonamento da dívida grega seria feito sem levar as agências de classificação de risco a classificar o evento como um não pagamento. As agências continuam dizendo que o modelo apresentado até o momento pelo setor privado francês - e considerado adequado, embora passível de ajustes, pelo setor privado alemão - levará a um default seletivo - dos títulos que tiverem seus vencimentos ampliados.

Mas ontem, segundo disse uma fonte ao Financial Times, o BCE sinalizou que só não aceitará os bônus gregos como garantia em suas linhas de empréstimos se as três grandes agências de rating (classificação de risco) considerarem que os papéis gregos estão em não pagamento (default).

A situação grega ainda gera desconforto, disseram os analistas do Lloyds Bank Corporate Markets. "No típico estilo político da zona do euro, a elite administrou a situação de modo a chutar a latinha grega para um pouco mais à frente até setembro", afirmaram.

Em relação a China, a perspectiva de novos apertos da política monetária entra no radar dos investidores, já que ontem o Banco do Povo da China (PBOC) disse que as pressões inflacionárias continuam elevadas, indicando que o controle dos preços é sua principal meta.

No noticiário corporativo, as ações de telecomunicações estiveram em foco após a Nomura rebaixar sua avaliação para o segmento de favorável para neutro, dizendo que as estimativas de consenso estão muito elevadas. As informações são da Dow Jones.

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