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Bolsas europeias sobem, influenciadas por petróleo e EUA

As bolsas europeias terminaram em alta, após uma sessão agitada, devido a queda dos preços do petróleo e dados dos Estados Unidos

Bolsa de Frankfurt: mercados europeus passaram boa parte do dia voláteis (Daniel Roland/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 17h46.

São Paulo - As bolsas europeias terminaram em alta, após uma sessão agitada nesta quarta-feira, 4, ganhando um impulso no final do dia com a queda dos preços do petróleo e dados consistentes do setor de serviços dos Estados Unidos .

Os mercados europeus passaram boa parte do dia voláteis, com investidores digerindo indicadores mistos sobre a economia da região. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do bloco subiu para 53,3 em fevereiro, mas ficou abaixo dos 53,9 estimados por investidores.

Por outro lado, as vendas no varejo subiram 1,1% na região da moeda única em janeiro ante dezembro, um resultado que surpreendeu analistas, que esperavam alta de 0,1%.

Os investidores também preferiram guardar cautela nesta quarta-feira, à espera da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que acontece amanhã. É esperado que o BCE dê mais detalhes sobre o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) que começa este ano, e deve comprar até 1,1 trilhão de euros em ativos - principalmente, bônus soberanos - até setembro de 2016.

A cautela com a reunião também pesou sobre a cotação do euro, que chegou ao menor patamar desde setembro de 2003. "No final das contas, temos um Banco Central que está afrouxando agressivamente sua política monetária, e outro que deve elevar suas taxas, e isto movimenta os mercados", disse Peter Kinsella, estrategista de câmbio do Commerzbank em Londres.

Perto do fim do pregão, entretanto, as bolsas ganharam um impulso com o declínio dos preços do petróleo, que foram afetados pela divulgação dos estoques do Departamento de Energia dos Estados Unidos, que subiram em 10,3 milhões de barris na semana passada, ante uma previsão de alta de 4,6 milhões. Investidores também reagiram bem à divulgação dos PMIs de serviços nos EUA. O índice medido pela Markit subiu para 57,1 em fevereiro, de 54,2 em janeiro. Já o índice medido pelo ISM subiu a 56,9 em fevereiro, de 56,7 em janeiro.

Em Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,44%, aos 6.919,24 pontos, com destaque para as ações da ITV que ganharam 5,73% após a divulgação de seu último balanço, e da Standard Chartered, que avançaram 5,11%.

Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,99%, aos 4.917,35 pontos, enquanto em Frankfurt o índice DAX subiu 0,98%, aos 11.390,38 pontos. Analistas afirmam que a desvalorização do euro pode ajudar a competitividade da região. "O recuo significativo do euro, comparado a divisas como o dólar e a libra, pode beneficiar as fabricantes de automóveis, hotéis e indústrias químicas do bloco", escreveram analistas da Moody's.

Em Madri, o índice IBEX-35 fechou em alta de 0,33%, aos 11.051,30 pontos, enquanto em Milão o índice FTSE-Mib ganhou 0,65%, terminando aos 22.131,08 pontos. O índice PSI-20, da bolsa de Lisboa contrariou a tendência e fechou em baixa de 1,54%, aos 2.464,58 pontos. O resultado foi pressionado pelas ações do Banco Comercial Português (BCP), do Banco Português de Investimento (BPI) e da EDP, que recuaram, respectivamente, 0,94%, 2,63% e 3,04%.

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São Paulo - As bolsas europeias terminaram em alta, após uma sessão agitada nesta quarta-feira, 4, ganhando um impulso no final do dia com a queda dos preços do petróleo e dados consistentes do setor de serviços dos Estados Unidos .

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Por outro lado, as vendas no varejo subiram 1,1% na região da moeda única em janeiro ante dezembro, um resultado que surpreendeu analistas, que esperavam alta de 0,1%.

Os investidores também preferiram guardar cautela nesta quarta-feira, à espera da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que acontece amanhã. É esperado que o BCE dê mais detalhes sobre o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) que começa este ano, e deve comprar até 1,1 trilhão de euros em ativos - principalmente, bônus soberanos - até setembro de 2016.

A cautela com a reunião também pesou sobre a cotação do euro, que chegou ao menor patamar desde setembro de 2003. "No final das contas, temos um Banco Central que está afrouxando agressivamente sua política monetária, e outro que deve elevar suas taxas, e isto movimenta os mercados", disse Peter Kinsella, estrategista de câmbio do Commerzbank em Londres.

Perto do fim do pregão, entretanto, as bolsas ganharam um impulso com o declínio dos preços do petróleo, que foram afetados pela divulgação dos estoques do Departamento de Energia dos Estados Unidos, que subiram em 10,3 milhões de barris na semana passada, ante uma previsão de alta de 4,6 milhões. Investidores também reagiram bem à divulgação dos PMIs de serviços nos EUA. O índice medido pela Markit subiu para 57,1 em fevereiro, de 54,2 em janeiro. Já o índice medido pelo ISM subiu a 56,9 em fevereiro, de 56,7 em janeiro.

Em Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,44%, aos 6.919,24 pontos, com destaque para as ações da ITV que ganharam 5,73% após a divulgação de seu último balanço, e da Standard Chartered, que avançaram 5,11%.

Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,99%, aos 4.917,35 pontos, enquanto em Frankfurt o índice DAX subiu 0,98%, aos 11.390,38 pontos. Analistas afirmam que a desvalorização do euro pode ajudar a competitividade da região. "O recuo significativo do euro, comparado a divisas como o dólar e a libra, pode beneficiar as fabricantes de automóveis, hotéis e indústrias químicas do bloco", escreveram analistas da Moody's.

Em Madri, o índice IBEX-35 fechou em alta de 0,33%, aos 11.051,30 pontos, enquanto em Milão o índice FTSE-Mib ganhou 0,65%, terminando aos 22.131,08 pontos. O índice PSI-20, da bolsa de Lisboa contrariou a tendência e fechou em baixa de 1,54%, aos 2.464,58 pontos. O resultado foi pressionado pelas ações do Banco Comercial Português (BCP), do Banco Português de Investimento (BPI) e da EDP, que recuaram, respectivamente, 0,94%, 2,63% e 3,04%.

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