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Bolsas europeias recuam afetadas por Portugal e China

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em queda, pressionados pelo fato de a agência de classificação de risco Moody's ter rebaixado ontem o rating (nota) da dívida soberana de Portugal em quatro graus. Com isso, o país caiu para o nível dos investimentos especulativos (junk). Outro fator que pesou […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2011 às 14h56.

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em queda, pressionados pelo fato de a agência de classificação de risco Moody's ter rebaixado ontem o rating (nota) da dívida soberana de Portugal em quatro graus. Com isso, o país caiu para o nível dos investimentos especulativos (junk). Outro fator que pesou sobre as bolsas foi o aumento de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros da China.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,30%, para 274,79 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 0,35%, para 6.002,92 pontos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 0,44%, para 3.961,34 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 0,11%, a 7.431,19 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 2,44%, para 19.783,21 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, recuou 1,22%, para 10.204,50 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 3,03%, para 7.126,29 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 1,75%, para 1.265,78 pontos.

As ações de bancos portugueses e italianos tiveram alguns dos declínios mais acentuados da sessão, pressionados pelo rebaixamento no rating de Portugal. Em Lisboa, o Banco Comercial Português caiu 6,9%, enquanto o Banco BPI e o Banco Espírito Santo tiveram queda ao redor de 6%. Em Milão, o UniCredit perdeu 7,1% e o UBI Banca fechou em baixa de 6,6%.

A decisão da Moody's afeta "não só as dívidas atuais, mas também a capacidade de Portugal para acessar futuros financiamentos", disse Duarte Caldas, analista do IG Markets em Lisboa. Ele acredita que outras agências de classificação de risco devem tomar medidas semelhantes às da Moody's.

Instituições financeiras como o BBVA, o Santander e o Banco Popular Español - que caíram mais de 2% cada hoje - detêm dívidas de bancos portugueses e parte dos títulos soberanos do país.

Caldas disse que ficará fora dos mercados de ações entre julho e agosto. "Não há necessidade de ter dinheiro investido diante de todos esses riscos. Não estamos só falando da dívida da Grécia, mas da situação na periferia europeia e dos índices de atividade econômica, que atingiram recentemente níveis de mínima."

Outros analistas acreditam que o mercado financeiro já absorveu o risco das dívidas soberanas. "Os problemas na Grécia, em Portugal e na Irlanda são esperados e, portanto, estão embutidos nos preços", disse Christoph Riniker, do Bank Julius Baer & Co. "Problemas podem surgir se houver contágio na Espanha e na Itália, algo que não esperamos", acrescentou.

Entre outros destaques da sessão, as ações do Crédit Agricole caíram quase 5% depois de o banco anunciar que seu executivo financeiro vai deixar o cargo. Em Londres, os papéis das mineradoras também perderam força, pressionados pelo aumento na taxa de juros da China. Kazakhmys perdeu 1,5% e Eurasian Natural Resources recuou 2,3%. As informações são da Dow Jones.

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Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em queda, pressionados pelo fato de a agência de classificação de risco Moody's ter rebaixado ontem o rating (nota) da dívida soberana de Portugal em quatro graus. Com isso, o país caiu para o nível dos investimentos especulativos (junk). Outro fator que pesou sobre as bolsas foi o aumento de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros da China.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,30%, para 274,79 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 0,35%, para 6.002,92 pontos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 0,44%, para 3.961,34 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 0,11%, a 7.431,19 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 2,44%, para 19.783,21 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, recuou 1,22%, para 10.204,50 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 3,03%, para 7.126,29 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 1,75%, para 1.265,78 pontos.

As ações de bancos portugueses e italianos tiveram alguns dos declínios mais acentuados da sessão, pressionados pelo rebaixamento no rating de Portugal. Em Lisboa, o Banco Comercial Português caiu 6,9%, enquanto o Banco BPI e o Banco Espírito Santo tiveram queda ao redor de 6%. Em Milão, o UniCredit perdeu 7,1% e o UBI Banca fechou em baixa de 6,6%.

A decisão da Moody's afeta "não só as dívidas atuais, mas também a capacidade de Portugal para acessar futuros financiamentos", disse Duarte Caldas, analista do IG Markets em Lisboa. Ele acredita que outras agências de classificação de risco devem tomar medidas semelhantes às da Moody's.

Instituições financeiras como o BBVA, o Santander e o Banco Popular Español - que caíram mais de 2% cada hoje - detêm dívidas de bancos portugueses e parte dos títulos soberanos do país.

Caldas disse que ficará fora dos mercados de ações entre julho e agosto. "Não há necessidade de ter dinheiro investido diante de todos esses riscos. Não estamos só falando da dívida da Grécia, mas da situação na periferia europeia e dos índices de atividade econômica, que atingiram recentemente níveis de mínima."

Outros analistas acreditam que o mercado financeiro já absorveu o risco das dívidas soberanas. "Os problemas na Grécia, em Portugal e na Irlanda são esperados e, portanto, estão embutidos nos preços", disse Christoph Riniker, do Bank Julius Baer & Co. "Problemas podem surgir se houver contágio na Espanha e na Itália, algo que não esperamos", acrescentou.

Entre outros destaques da sessão, as ações do Crédit Agricole caíram quase 5% depois de o banco anunciar que seu executivo financeiro vai deixar o cargo. Em Londres, os papéis das mineradoras também perderam força, pressionados pelo aumento na taxa de juros da China. Kazakhmys perdeu 1,5% e Eurasian Natural Resources recuou 2,3%. As informações são da Dow Jones.

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