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Bolsas europeias fecham sem direção comum

São Paulo - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam sem direção comum, mas ficaram perto da estabilidade em sua maioria, recebendo suporte do avanço nos papéis ligados aos setores financeiro e de matérias-primas, mas pressionados por indicadores fracos sobre a economia europeia e dos EUA. A Comissão Europeia divulgou hoje que […]

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2011 às 17h12.

São Paulo - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam sem direção comum, mas ficaram perto da estabilidade em sua maioria, recebendo suporte do avanço nos papéis ligados aos setores financeiro e de matérias-primas, mas pressionados por indicadores fracos sobre a economia europeia e dos EUA.

A Comissão Europeia divulgou hoje que o índice sobre o sentimento econômico da região caiu para 98,3 em agosto, de 103,0 em julho, enquanto analistas esperavam uma queda mais modesta, para 100,5. O índice da comissão que mede apenas o sentimento do consumidor da Europa teve queda superior a 5%, para -16,5, de -11,2 em julho.

"O nível atual do índice de sentimento econômico provavelmente indica que a recuperação da zona do euro está paralisada", afirmou o economista do ING, Peter Vanden Houte, em nota. Ele acrescentou que a região provavelmente vai enfrentar um longo período de "taxas de juros baixas e estáveis", pois essa seria a única forma de evitar uma nova recessão.

Nos EUA, dados mostraram que os preços das residências nas 20 maiores áreas metropolitanas dos EUA caíram 4,5% em junho ante o mesmo mês do ano passado e que o índice de confiança do consumidor dos EUA medido pelo Conference Board despencou de 59,2 em julho para 44,5 em agosto, o menor nível desde abril de 2009.

Segundo Mike Lenhoff, estrategista-chefe da Brewin Dolphin, o mercado de ações está nervoso porque esta semana será cheia de dados sobre a economia dos EUA, sendo o principal deles o relatório a respeito do mercado de trabalho norte-americano, que será publicado na sexta-feira.

"Essa semana realmente será comprida e o que realmente importa agora é o que está acontecendo nos EUA. Se tivermos números ruins, a perspectiva será de que a recessão está próxima. Se os números forem bons ou vierem perto das expectativas, o mercado aguentará firme." Ele acrescentou que atualmente "os mercados estão com liquidez muito baixa" e que não é preciso muita coisa para que haja mudanças bruscas para cima ou para baixo.

O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 2,36 pontos, ou 1,03%, para 230,64 pontos. Na Bolsa de Londres, que não abriu ontem por causa de um feriado, o FTSE 100 subiu 138,74 pontos, ou 2,70%, para 5.268,66 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 5,54 pontos, ou 0,18%, para 3.159,74 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em queda de 26,15 pontos, ou 0,46%, a 5.643,92 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 34,70 pontos, ou 0,23%, para 15.106,28 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, avançou 49,80 pontos, ou 0,59%, para 8.444,80 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve declínio de 7,29 pontos, ou 0,12%, para 6.173,20 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 48,47 pontos, ou 4,82%, para 958,12 pontos.

Entre os destaques da sessão, as ações do Royal Bank of Scotland subiram 8% em Londres depois de terem sua recomendação elevada para "comprar", de "manter", pelo Deutsche Bank, que citou um excesso de vendas de papéis do setor financeiro. Também avançaram Barclays (+6,7%) e Lloyds Banking Group (+7,8%).

As mineradoras também tiveram um bom desempenho. A BHP Billiton e a Rio Tinto fecharam em alta de 4,3% cada.

Já a Nestlé caiu 2,1% depois de a Sanford C. Bernstein cortar a avaliação dos papéis da companhia pela primeira vez, para "dentro da média" do mercado, de "acima da média". Segundo Andrew Wood, analista da Bernstein, o fato de a Nestlé ser um ativo duplamente seguro - pois pertence ao setor de bens de consumo básicos e também por seus papéis serem denominados em francos suíços - provocaram um aumento excessivo nos preços das ações da companhia. As informações são da Dow Jones.

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