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Bolsas europeias fecham com sinais contrários

Por Álvaro Campos Londres - As bolsas europeias fecharam em direções divergentes, com países periféricos registrando fortes perdas. Entretanto, os mercados de ações na Alemanha e no Reino Unido conseguiram obter leves ganhos, beneficiados pelos dados do nível de emprego nos EUA (payroll), que foi melhor do que o esperado em outubro. O índice pan-europeu […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 15h13.

Por Álvaro Campos

Londres - As bolsas europeias fecharam em direções divergentes, com países periféricos registrando fortes perdas. Entretanto, os mercados de ações na Alemanha e no Reino Unido conseguiram obter leves ganhos, beneficiados pelos dados do nível de emprego nos EUA (payroll), que foi melhor do que o esperado em outubro. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em leve alta de 1,14 ponto (0,42%), a 271,97 pontos.

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Diversos mercados europeus mostraram sinais de força no dia seguinte ao rali causado pela decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de comprar US$ 600 bilhões em dívidas do governo dos EUA nos próximos oito meses, para impulsionar a economia do país. "Nós teremos certa volatilidade nas próximas duas semanas, porque registramos um rali muito grande", comentou Lothar Mentel, executivo-chefe de investimentos da Octopus Investments.

O Departamento de Trabalho dos EUA informou hoje que em outubro a economia norte-americana criou empregos pela primeira vez desde maio. No mês passado, foram criados 151 mil postos de trabalho, bem acima da previsão dos analistas, de 60 mil.

Hoje o Banco da Espanha divulgou que o PIB do país ficou estável no terceiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior. Em termos anuais, a economia teve expansão de 0,2%. Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 174,70 pontos (1,65%), a 10.482,10 pontos.

Para Dermot O'Leary, economista-chefe da Goodbody Stockbrokers, o recente nervosismo do mercado sobre a Irlanda tem sido causado por fatores "que estão fora do controle do país, em especial o receio de que alguns países da Europa estão avaliando um mecanismo de reestruturação da dívida soberana de membros da zona do euro, que seria aplicado no futuro". O ministro das Finanças irlandês, Brian Lenihan, disse ontem que planeja mais cortes no Orçamento para assegurar a confiança dos investidores nos bônus do país, que têm estado sob pressão. O índice ISEQ, da Bolsa de Dublin, fechou em queda de 1,99%.

Londres

O índice FTSE-100, da Bolsa de Londres, avançou 12,56 pontos (0,21%) e fechou a 5.875,35 pontos, após uma sessão agitada. Investidores estão tentados a realizar lucros após o FTSE ter atingido o maior nível em dois anos esta semana. As mineradoras lideraram a alta (Vedanta +5,89%, Anglo American +2,16%, BHP Billiton +0,82%, Kazakhmys +2,39%, Rio Tinto +0,94%, Xstrata +1,35%). O HSBC perdeu 1,74%, após afirmar que seu lucro antes de impostos no terceiro trimestre cresceu mais lentamente do que na primeira metade do ano. Já o Royal Bank of Scotland recuou 4,54%. O banco divulgou um prejuízo líquido de 1,15 bilhão de libras no período de três meses encerrado no dia 30 de setembro. A Rolls-Royce teve retração de 4,91%. A companhia é a fabricante dos motores dos dois aviões da Qantas Airways que foram obrigados a realizarem pousos de emergência ontem e hoje.

Frankfurt

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX-30 fechou com ganho de 19,51 pontos (0,29%), a 6.754,20 pontos. Na semana que vem, nove dos componentes do índice divulgam balanço. Hoje, a fabricante de cimento Heidelberg subiu 2,23%, após seu principal acionista, Ludwig Merckle, aumentar a participação na empresa. O Commerzbank avançou 2,02% e o Deutsche Bank subiu 0,82%. A siderúrgica ThyssenKrupp teve alta de 1,11% e a mineradora Kali & Salz Beteiligungs registrou valorização de 1%.

Paris

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou praticamente estável, com leve retração de 0,05 ponto, a 3.916,73 pontos, após a forte alta de ontem. A ArcelorMittal avançou 2,34%. A seguradora AXA ganhou 2,08%. O gestor de fundos australiano AMP Ltda. retomou as conversas sobre uma oferta de US$ 10 bilhões para comprar a AXA Asia-Pacific, cujo acionista majoritário é a empresa francesa. A EADS registrou leve valorização de 0,82%, após assinar um contrato para a venda de 102 aviões para a China. A Alstom e a Lafarge, que divulgaram balanços decepcionantes, recuaram 3,97% e 1,59%, respectivamente.

Milão e Lisboa

O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, teve retração de 274,45 pontos (1,28%), a 21.194,74 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 fechou com perda de 120,88 pontos (1,50%), a 7.918,50 pontos. As informações são da Dow Jones.

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