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Bolsas europeias fecham em baixa com Espanha

Londres - As bolsas de valores europeias voltaram a fechar em queda, com as perdas acentuando-se nos minutos finais da sessão, quando veio à tona a notícia de que a agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's havia cortado a nota de crédito (rating) da Espanha para AA, com perspectiva negativa. O […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Londres - As bolsas de valores europeias voltaram a fechar em queda, com as perdas acentuando-se nos minutos finais da sessão, quando veio à tona a notícia de que a agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's havia cortado a nota de crédito (rating) da Espanha para AA, com perspectiva negativa. O rebaixamento da Espanha, ocorrido apenas um dia depois de a S&P ter cortado os ratings de Grécia e Portugal, repercutiu em mercados já atormentados com a persistência da crise grega.

Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 2,99%, fechando em 10.167,00 pontos, com as ações do BBVA perdendo 5% de seu valor após a divulgação do balanço do banco. O corte do rating da Espanha piorou o desempenho das ações na Europa em um dia no qual o mercado já vinha sendo afetado por comentários de um parlamentar alemão segundo o qual a ajuda financeira à Grécia poderia chegar à casa dos 120 bilhões de euros em três anos.

A Grécia negocia com a União Europeia (UE) e com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um pacote de resgate de 45 bilhões de euros, mas a ajuda ainda não se concretizou. "A situação está um pouco bagunçada agora, enquanto eles decidem (a ajuda à Grécia). O que o mercado mais odeia é incerteza", comentou Oliver Russa, gerente de carteira da Argonaut Asset Management. "Quanto mais eles demoram, mais nervoso o mercado fica."

Apesar disso, um dos poucos índices de ações a ter subido hoje na Europa foi o ASE, da Bolsa de Atenas, que fechou em alta de 0,6%, avançando a 1.707,35 pontos, uma vez que a comissão local de valores mobiliários proibiu o mercado de efetuar vendas a descoberto. As ações do Banco Nacional da Grécia subiram 2%. No geral, o setor financeiro europeu, que detém grande volume de títulos soberanos de dívida, apresentou quedas acentuadas, com o Fortis recuando 7,4% em Bruxelas e o ING caindo 3,9% em Amsterdã. "Se houver um calote de bônus, haverá real impacto sobre os ganhos", observou Russ. "Há oportunidades à vista, mas elas exigem muita fé", prosseguiu.

Depois de ter caído 3,1% na sessão de ontem, o índice pan-europeu perdeu mais 1,1% hoje, fechando em 258,82 pontos. As principais bolsas de valores do Velho Continente também fecharam em queda. O índice CAC-40, de Paris, caiu 1,50%, fechando em 3.787,00 pontos. Em Frankfurt, o índice Dax recuou 1,22%, terminando a sessão em 6.084,34 pontos. O índice FTSE-200, da Bolsa de Valores de Londres, perdeu 0,30%, encerrando o pregão em 5.586,61 pontos.

Enquanto isso, algumas companhias conseguiram faturar em cima de bons resultados financeiros. As ações da petrolífera Royal Dutch Shell subiram 2,3% depois do anúncio de que o lucro da companhia subiu 57%, para US$ 5,48 bilhões. Os papéis da farmacêutica GlaxoSmithKline avançaram 0,2%. As informações são da Dow Jones.

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