Bolsas europeias caem por impasse nos EUA e Itália
O governo americano corre o risco de ficar paralisado
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 14h41.
Londres - Os principais mercados acionários da Europa encerraram as negociações em baixa nesta segunda-feira, 20, pressionados tanto pelo impasse político nos Estados Unidos quanto pela intensificação da crise política na Itália.
No fim de semana, o ex-premiê italiano Silvio Berlusconi retirou seu apoio ao governo de Enrico Letta e ordenou a renúncia dos cinco ministros de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL). Três ministros relutaram em entregar os cargos, mas seguiram a determinação do ex-premiê.
Berlusconi retirou o apoio diante da possibilidade de perder o mandato no Senado, que irá avaliar sua expulsão por ter sido condenado pela Justiça no mês passado por fraude tributária. Letta enfrentará um voto de confiança no Parlamento na quarta-feira, 2, para determinar se o governo, de apenas cinco meses, conseguirá sobreviver.
A agência de classificação de risco Fitch alertou que o rating de crédito da Itália pode ser rebaixado se o potencial colapso da coalizão de governo dificultar o cumprimento das metas fiscais do país. Atualmente, a agência avalia a nota do país em BBB+, três níveis acima do grau especulativo.
Para agravar a situação dos mercados, os EUA também enfrentam um impasse político. O Congresso norte-americano deve aprovar até esta noite o projeto de financiamento para manter o governo funcionando, caso contrário será paralisado já nesta terça-feira, 1.
A Câmara dos Representantes aprovou no domingo, 29, com atraso de um ano, o projeto de lei de reforma da saúde, conhecido como Obamacare. O Senado deve votar o texto mais tarde, mas nas últimas votações a Casa controlada pelos democratas não concordou em retirar a proposta de financiamento para o Obamacare. O Senado deve retomar os trabalhos a partir das 15h (horário de Brasília).
Com isso, os indicadores econômicos tiveram pouco impacto nos mercados. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro registrou em setembro alta anual de 1,1%, a menor em três anos e meio, segundo dados preliminares da agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.
Justamente pela crise política, o índice FTSE Mib, da Bolsa de Milão, liderou as perdas da região, em queda de 1,20%, aos 17.434,86 pontos. Os bancos foram o destaque negativo, com a desvalorização de 2,37% das ações do Mediobanca, de 3,54% da Intesa Sanpaolo e de 4,10% do UBI Banca.
Em Londres, o índice FTSE 100 registrou perdas de 0,77% e atingiu os 6.462,22 pontos. Além das crises políticas na Itália e nos EUA, a Bolsa local sofreu com perdas das mineradoras, pressionadas por um indicador ruim da China. O índice dos gerentes de compras (PMI) do setor industrial medido pelo HSBC subiu para 50,2 em setembro, bem menor do que os 51,2 indicados nos números preliminares, há uma semana. As ações da Xstrata caíram 2,12%, assim como as da Anglo American perderam 1,43% e as da BHP Billiton recuaram 1,14%.
Na Alemanha, o índice DAX fechou com perdas de 0,77% e caiu para 8.594,40 pontos, diante das pressões vindas da Itália e dos EUA. Dentre as blue chips, destaque negativo para as ações da Infineon, em baixa de 2,36%, e para as da Continental e da E.ON, com desvalorizações de 1,99% e 1,98%, respectivamente.
Em Paris, o sentimento dos investidores não foi diferente e o índice CAC-40 registrou perdas de 1,03% e levou o índice para 4.143,44 pontos. No cenário corporativo, as maiores perdas foram das ações da Schneider Electric, em queda de 3,30%, cuja recomendação foi cortada para venda pela equipe de análise do UBS.
Os índices Ibex 35, de Madri, e PSI 20, de Lisboa, não fugiram à regra e fecharam com desvalorização. O primeiro marcou queda de 0,46%, para 9.186,10 pontos, e o segundo declinou 0,78%, a 5.953,51 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.
Londres - Os principais mercados acionários da Europa encerraram as negociações em baixa nesta segunda-feira, 20, pressionados tanto pelo impasse político nos Estados Unidos quanto pela intensificação da crise política na Itália.
No fim de semana, o ex-premiê italiano Silvio Berlusconi retirou seu apoio ao governo de Enrico Letta e ordenou a renúncia dos cinco ministros de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL). Três ministros relutaram em entregar os cargos, mas seguiram a determinação do ex-premiê.
Berlusconi retirou o apoio diante da possibilidade de perder o mandato no Senado, que irá avaliar sua expulsão por ter sido condenado pela Justiça no mês passado por fraude tributária. Letta enfrentará um voto de confiança no Parlamento na quarta-feira, 2, para determinar se o governo, de apenas cinco meses, conseguirá sobreviver.
A agência de classificação de risco Fitch alertou que o rating de crédito da Itália pode ser rebaixado se o potencial colapso da coalizão de governo dificultar o cumprimento das metas fiscais do país. Atualmente, a agência avalia a nota do país em BBB+, três níveis acima do grau especulativo.
Para agravar a situação dos mercados, os EUA também enfrentam um impasse político. O Congresso norte-americano deve aprovar até esta noite o projeto de financiamento para manter o governo funcionando, caso contrário será paralisado já nesta terça-feira, 1.
A Câmara dos Representantes aprovou no domingo, 29, com atraso de um ano, o projeto de lei de reforma da saúde, conhecido como Obamacare. O Senado deve votar o texto mais tarde, mas nas últimas votações a Casa controlada pelos democratas não concordou em retirar a proposta de financiamento para o Obamacare. O Senado deve retomar os trabalhos a partir das 15h (horário de Brasília).
Com isso, os indicadores econômicos tiveram pouco impacto nos mercados. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro registrou em setembro alta anual de 1,1%, a menor em três anos e meio, segundo dados preliminares da agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.
Justamente pela crise política, o índice FTSE Mib, da Bolsa de Milão, liderou as perdas da região, em queda de 1,20%, aos 17.434,86 pontos. Os bancos foram o destaque negativo, com a desvalorização de 2,37% das ações do Mediobanca, de 3,54% da Intesa Sanpaolo e de 4,10% do UBI Banca.
Em Londres, o índice FTSE 100 registrou perdas de 0,77% e atingiu os 6.462,22 pontos. Além das crises políticas na Itália e nos EUA, a Bolsa local sofreu com perdas das mineradoras, pressionadas por um indicador ruim da China. O índice dos gerentes de compras (PMI) do setor industrial medido pelo HSBC subiu para 50,2 em setembro, bem menor do que os 51,2 indicados nos números preliminares, há uma semana. As ações da Xstrata caíram 2,12%, assim como as da Anglo American perderam 1,43% e as da BHP Billiton recuaram 1,14%.
Na Alemanha, o índice DAX fechou com perdas de 0,77% e caiu para 8.594,40 pontos, diante das pressões vindas da Itália e dos EUA. Dentre as blue chips, destaque negativo para as ações da Infineon, em baixa de 2,36%, e para as da Continental e da E.ON, com desvalorizações de 1,99% e 1,98%, respectivamente.
Em Paris, o sentimento dos investidores não foi diferente e o índice CAC-40 registrou perdas de 1,03% e levou o índice para 4.143,44 pontos. No cenário corporativo, as maiores perdas foram das ações da Schneider Electric, em queda de 3,30%, cuja recomendação foi cortada para venda pela equipe de análise do UBS.
Os índices Ibex 35, de Madri, e PSI 20, de Lisboa, não fugiram à regra e fecharam com desvalorização. O primeiro marcou queda de 0,46%, para 9.186,10 pontos, e o segundo declinou 0,78%, a 5.953,51 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.