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Bolsas de NY sobem novamente puxadas por indicadores

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA ampliaram os ganhos obtidos ontem e fecharam em alta, reagindo a um aumento significativo nas vendas das redes varejistas em novembro e a dados que mostraram um aumento nas vendas pendentes de imóveis residenciais no país. Também contribuiu para o […]

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 18h43.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA ampliaram os ganhos obtidos ontem e fecharam em alta, reagindo a um aumento significativo nas vendas das redes varejistas em novembro e a dados que mostraram um aumento nas vendas pendentes de imóveis residenciais no país.

Também contribuiu para o avanço das bolsas um rumor segundo o qual o Banco Central Europeu (BCE) estaria comprando dívidas de países da região que atualmente passam por dificuldades financeiras. Mais cedo, o presidente da instituição, Jean-Claude Trichet, disse que o BCE adiou os planos para encerrar o programa de suporte aos bancos e mercados de dívida soberana e continuará oferecendo liquidez ilimitada para as instituições financeiras até 12 de abril, pelo menos.

O Dow Jones subiu 106,63 pontos, ou 0,95%, para 11.362,41 pontos, puxado principalmente pelos componentes do setor bancário após o Goldman Sachs elevar a recomendação das ações do setor para "overweight" (acima da média). Os papéis do Bank of America tiveram ganho de 3,45% e os do JPMorgan avançaram 3,04%. O Nasdaq fechou em alta de 29,92 pontos, ou 1,17%, a 2.579,35 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 15,46 pontos, ou 1,28%, para 1.221,53 pontos.

As ações da PepsiCo caíram 0,66% depois de a companhia anunciar a compra de uma participação de 66% na Wimm-Bill-Dann Foods por cerca de US$ 3,8 bilhões.

As vendas das redes varejistas dos EUA cresceram 6% em novembro na comparação com igual período do ano passado, superando as estimativas de analistas, que esperavam um avanço de 3,6%, de acordo com dados da Thomson Reuters. Entre as empresas do setor, a Abercrombie & Fitch divulgou que suas vendas cresceram 22% durante o período, muito mais que a estimativa de 6,8% dos analistas, e registrou alta de 11,06% em suas ações.

Dados da Associação Nacional de Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês) também contribuíram para aumentar a confiança dos investidores, mostrando que as vendas pendentes de imóveis residenciais dos EUA cresceram 10,4% em outubro, contrariando as expectativas dos analistas, que esperam queda de 1,5%. O relatório impulsionou as ações de empresas ligadas à construção e bricolagem, como Lowe's (+4,93%), Home Depot (+5,54%), Lennar (+7,17%) e PulteGroup (+3,21%).

Segundo Tom Donino, codiretor de negociações da First New York Securities, o mercado estava sendo dominado no final de novembro por receios com as dívidas soberanas da zona do euro e por temores sobre a possibilidade de o índice S&P 500 passar a operar abaixo de 1.175 pontos - nível técnico de suporte. "Os dados econômicos das últimas duas semanas ficaram marginalmente melhores a cada vez que eram divulgados", disse Donino, acrescentando que o mercado deve gradualmente ganhar espaço para avançar com base nesses indicadores.

Amanhã o governo norte-americano deve divulgar dados sobre o desemprego do país, incluindo o relatório a respeito do saldo líquido de postos de trabalho criados ou perdidos pela economia dos EUA em novembro - o chamado payroll. As informações são da Dow Jones.

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