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Bolsas de NY recuam em meio a receio sobre China

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o dia em baixa, pressionados por ações de empresas ligadas aos segmentos de matérias-primas e energia, em meio a receios de que a China precisará apertar a política monetária para conter a inflação. Essa medida pode reduzir a […]

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2010 às 18h34.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o dia em baixa, pressionados por ações de empresas ligadas aos segmentos de matérias-primas e energia, em meio a receios de que a China precisará apertar a política monetária para conter a inflação. Essa medida pode reduzir a demanda do país por commodities.

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O índice Dow Jones recuou 0,80%, para 11.192,58 pontos, o Nasdaq caiu 1,46%, para 2.518,21 pontos, e o S&P 500 teve queda de 1,18%, para 1.199,21 pontos. No acumulado da semana, os três índices acumularam um recuo próximo de 2,2%.

Nos últimos dias, pesaram sobre as bolsas receios com potenciais impactos negativos trazidos pelo programa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de compra de Treasuries (títulos do Tesouro). Além disso, há preocupações com a situação fiscal dos países europeus com economias pequenas, como Portugal e Irlanda. Hoje, a perspectiva de que a China precisará elevar os juros novamente foi acrescentada a esse quadro.

"Nós digerimos os balanços do terceiro trimestre e agora os receios macroeconômicos estão voltando ao primeiro plano", disse Benny Lorenzo, presidente e executivo-chefe da Kaufman Brothers. Alguns investidores, no entanto, não demonstraram tanta preocupação com um eventual aumento dos juros chineses. "Eles estão adotando medidas prudentes para manter a inflação sob controle", disse Brian Peardon, consultor do Harrison Financial Group. "Isso não vai acabar com o crescimento, só mantê-lo sob controle."

As ações da Alcoa, que fazem parte do Dow Jones, caíram 2,32%. A Boeing também fechou em queda, de 3,49%, após a Bernstein Research reduzir a recomendação de investimento na companhia de "acima da média do mercado" para "média do mercado", citando riscos relacionados à aeronave 787.

A Walt Disney subiu 5,27% após ter divulgado ontem que seu lucro trimestral encolheu 6,7% no quarto trimestre fiscal, ante igual período do ano passado, devido a fatores extraordinários. "Os fundamentos estão bastante fortes excluindo esses itens", disse Lorenzo, da Kaufman Brothers. A Intel anunciou que seu conselho aprovou um aumento de 15% no pagamento de dividendos a partir do primeiro trimestre. Suas ações subiram 1,51%.

Na próxima semana, serão divulgados os balanços do Walmart e da Home Depot, que fazem parte do índice Dow Jones. Mais de 90% das companhias que integram o S&P 500 já divulgaram seus respectivos balanços trimestrais. Dentro desse grupo, 72% superaram as estimativas de Wall Street, enquanto 19% divulgaram números mais fracos que o previsto.

Num trimestre típico, 62% das empresas do índice superam as estimativas e 20% não conseguem corresponder às expectativas, embora nos últimos quatro trimestres essas taxas tenham sido de 76% e 16%, respectivamente. As informações são da Dow Jones.

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